quinta-feira, 21 de outubro de 2010

LUIS OTÁVIO – O convite de Michele Campos

Registro e agradeço, sinceramente sensibilizado, o convite de Michele Campos para a defesa de sua dissertação de mestrado em Artes Cênicas na Unirio, no Rio de Janeiro, prevista para a tarde desta sexta-feira, 22, a partir das 16 horas. A dissertação de Michele Campos tem por tema “Performance da Plenitude e Performance da Ausência: Vida/obra de Luis Otávio Barata na cena de Belém”. Um dos mais respeitados e polêmicos intelectuais de sua geração, Barata (foto)viveu boa parte de sua vida em Belém, mas morreu em São Paulo, em 2006, aos 66 anos, fulminado por um enfarte.
Autor e diretor teatral, Barata foi também cenógrafo e figurinista, além de jornalista e artista plástico. Ele fez também incursões na música, como letrista, em algumas composições com Guilherme Coutinho, músico cuja banda marcou época em Belém, particularmente nos anos 70 do século XX. Homossexual, Barata foi um transgressor por excelência e, por isso, acabou malsinado pelo status quo. Mas ao mesmo tempo inspirou admiração e respeito, entre outros tantos, por sua coragem moral e sua generosidade, intelectual e material.
Em um trabalho de fôlego, Michele Campos fez um comovente resgate histórico sobre a vida e a obra de Luís Otávio Barata. Ela inclusive já colocou no ar, na internet, um blog, O Palhaço de Deus – Luis Otávio Barata emCena (http://opalhacodedeus.wordpress.com/ ), com o resgate preliminar do exaustivo levantamento feito sobre Barata. É esse personagem, capaz de sobrepor princípios ao pão sem nenhum vacilo, que Michele Campos de Miranda resgata do esquecimento, em uma empreitada que só merece colaboração e aplausos. Trata-se de um resgate histórico que bem poderia ser transformada em livro. No blog figura o e-mail de Michele, michelemadalenas@yahoo.com.br , para viabilizar contatos e eventuais colaborações de quem possa contribuir com a pesquisa.

3 comentários :

Anônimo disse...

Grande Luis Otávio.
Certa vez, no bar do parque, claro, eu tentei trocar duas palavras acerca da política e do socialismo.
Ele, com a sinceridade peculiar, disse-me.
Porra, psw, eu tenho medo do povo no poder.
Naquele instante tomei aquilo de forma negativa, não compreendia a dimensão estética a que referia. Algum tempo depois, talvez, lendo Arendt, As origens do totalitarismo, percebi que a força constituinte da tradição não pode ser cindida em nome de uma tal revolução.
A revolução, aquela que renova o espírito, é o profundo mergulho em direção da alma infinita.

Anônimo disse...

um dos mais completos artistas que essa terra ja teve. Mas estava muito alem do seu tempo nascido numa terra de provincianismo hipócrita. Sorte nossa, o teatro paraense nunca mais foi o memso depois dele.Esper oque esse trabalho traga à cena, o grande artista que foi, que os jovens, Barata, nao conhecem e é impossivel falar de arte em Belem se nao falar de Luiz Octavio Castelo Branco Barata. Merda pra voce, Luiz!

Lucinha disse...

Vai ter festa no céu! Bj, Luis. Parabéns, Michele.