segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

BELÉM – Apesar de tudo, o amor que perdura

Belém, aos 399 anos: beleza que perdura, apesar dos seus algozes.


        Belém chega aos seus 399 anos com pouco a festejar, apesar das fanfarras do prefeito Zenaldo Coutinho. Na falta de realizações significativas, ele investe perdulariamente na propaganda enganosa, em detrimento de demandas prioritárias, e faz a festa dos gigolôs do erário, no que repete seu patrono político, o governador Simão Jatene, exímio no estelionato midiático. Em termos de IDHM, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, Belém figura em penúltimo lugar dentre as 16 regiões metropolitanas analisadas pelo Pnud, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Superando apenas Maranhão e Alagoas, o Pará é o 24º em IDHM. Esses números são ilustrativos do sucateamento de setores vitais, como educação, saúde, saneamento e segurança pública, corolário da continuada inépcia administrativa, que agrava mazelas históricas. Jatene e Zenaldo, diga-se, não são meros herdeiros da clássica herança maldita. Por atos e omissões, ambos patrocinaram e coonestaram, por exemplo, um dos maiores predadores da história recente de Belém, o ex-prefeito Duciomar Costa, o nefasto Dudu, eleito e reeleito na esteira do poder econômico e da utilização da máquina administrativa. E ambos, no exercício do poder, optaram pela prestidigitação eleitoreira, materializada no assistencialismo, deletério porque torna o homem refém da pobreza, ao invés de dela libertá-lo.
        Mas, apesar disso tudo, felizmente perdura aquele amor visceral, que permite, aos que se pautam por princípios, defender Belém de seus algozes, independentemente da legenda partidária destes. Essa determinação, por vezes materializada naquilo que Milton Nascimento etiquetou de ira santa, é o que impede o naufrágio de nossas esperanças e serve de combustível para a convicção de que vale a pena ousar lutar. E não nos faltam motivos para tanto. Bastar um olhar que alcance nossas extasiantes belezas naturais; a inebriante imponência dos nossos casarões que sobreviveram a especulação imobiliária e ao descaso do poder público; o encanto dos túneis de mangueiras que ainda nos restam, protegendo-nos do sol inclemente e ainda nos aquinhoando com suas deliciosas mangas; a grandiosidade da nossa Praça da República.
        Um povo que inunda sua cidade com a colossal pororoca de fé que é o Círio de Nossa Senhora de Nazaré certamente merece ter esperança. É um povo que merece voltar a exercer a hospitalidade e resgatar a postura fraternal de outrora, predicados soterrados pelo medo diante da escalada da criminalidade, que banaliza a violência e estimula a indiferença. É um povo que, tanto quanto sua cidade, clama por um olhar de generosidade.
        De resto, no que me cabe, é repetir a declaração de amor eternizada pelo saudoso Ruy Barata: “Tudo que eu amei estava aqui.”

        Feliz aniversário, amada Belém.

INTOLERÂNCIA – Basta!

RODRIGO BRUM

2015 – A esperança que se renova


BLOG - Boas festas

        Problemas técnicos e de saúde impediram-me de fazê-lo em tempo hábil, por isso, com atraso, mas nem por isso com menor consideração e apreço, agradeço e retribuo os votos de boas festas, inclusive dos anônimos, tão importantes, com suas denúncias, para que o Blog do Barata perdure cumprindo sua proposta basilar, de democratizar a informação, privilegiar o contraditório e se constituir em um espaço de debate democrático.

        De resto, reafirmo o compromisso do Blog do Barata com a liberdade de expressão, respeitados os limites éticos. Dessa luta fica a lição de que é indispensável a coragem, sobretudo moral, para nos opormos ao mal, ou seremos responsáveis pelo triunfo deste.

BLOG – De volta

        Retomo a atualização do Blog do Barata, ainda em ritmo algo precário, por conta das circunstâncias.

        Assim que estiver instalado em meu apartamento, poderei retomar, minimamente, minha rotina de trabalho.

BLOG – A Cadmo e sua equipe, minha gratidão

        Não há como falar em Blog do Barata sem citar Cadmo Bastos de Melo Júnior, um profissional de competência, probidade e experiência reconhecidas, e a talentosa banca de advogados da qual faz parte. Mais que advogado, um amigo fraterno, para além das eventuais divergências ideológicas que possam separar-nos, atam-nos a luta em comum pela justiça social, o compromisso inarredável com a probidade e a intransigente defesa da liberdade de expressão.

        A Cadmo, demais advogados e estagiários da banca de advocacia na qual ele atua, meu mais sincero e comovido obrigado, mas muito obrigado, mesmo.

BARRA – Ao mestre, minha admiração e respeito

        Agradeço, em especial, a terna mensagem do jornalista Guilherme Barra, o mestre Barra, e filhos. Em relação ao mestre Barra, exemplo de profissional de competência e probidade comprovadas, além de paradigma de ser humano da melhor qualidade, lamento que as atribulações de 2014 não tenham permitido-me dedicar-lhe a atenção que ele merece. Seja como for, perdura a amizade da qual tanto orgulho-me, por sabê-la recíproca.

AGRADECIMENTO – Aos meus dedicados médicos

        Para além da competência profissional de cada um deles, registro e agradeço, comovido, a dedicação dos médicos que me acompanham desde o final de 2014 – os doutores Fernando Ribeiro, Luizete Holanda e Josefa Antunes. Sem esquecer, naturalmente, a doutora Nazaré Loureiro, que vim a conhecer por terceiros e ajudou-me a superar, pelas mãos de médicos que são seus amigos, uma dolorosa crise gástrica.

        A cada um deles, meu mais terno agradecimento.

MINHA GRATIDÃO – Dedicação e solidariedade

        Impossível deixar de assinalar a minha gratidão pelo desvelo, comigo, da minha irmã, Tereza Christina, comoventemente incansável em zelar pelo meu bem-estar, com a generosidade mais própria de uma mãe, contando com a retaguarda do meu cunhado, Pedro, e dos meus sobrinhos, Lauro e Andréa. Generosidade que também mereço de Egídia, minha cunhada, e Fernando, meu irmão, assim como da filha deles, Mariângela, que secundaram Tereza Christina na preocupação com minha saúde e qualidade de vida.
        Agradeço ainda, ao expressar minha gratidão, a terna preocupação dos meus filhos, Carol e Thiago, este mesmo de longe. Agradeço, particularmente, a minha filha e meu genro, Daniel, que tão generosamente acolheram-me em seu apartamento, enquanto aguardo a conclusão da reforma do meu apartamento. Sem esquecer de agradecer a solidariedade de Dolores Coelho, minha ex-mulher, mãe dos meus filhos e avó dos meus netos, e do meu ex-sogro, seu Wilton. Assim como a Rosa Linhares, que acompanha há 30 anos, como fiel escudeira de Dolores, meus filhos e netos. Também agradeço a gentil Nilda, que serve Dolores profissionalmente.

        De resto, minha gratidão aos amigos, com ênfase para Ione e Ieda, cuja lealdade já foi testada em algumas das adversidades que amarguei.

EDYR PROENÇA – Uma belíssima mensagem

        Merece registro, inclusive por sua terna beleza, a mensagem natalina de Edyr Proença, jornalista e escritor de reconhecido talento, que figura dentre os mais brilhantes intelectuais de sua geração.

        As limitações do notebook do qual excepcionalmente sirvo-me, enquanto não retomo a posse do meu minúsculo, mas aconchegante apartamento, lamentavelmente impedem-me de compartilhar o belíssimo poema de Fernando Pessoa, declamado com rara sensibilidade pelo próprio Edyr. Uma performance previsível, em se tratando de quem exibe uma marcante passagem pelo rádio, ao lado do pai, o saudoso mestre Edyr Proença, e o irmão, Edgar Augusto.