SOB CENSURA, POR DETERMINAÇÃO DOS JUIZES TÂNIA BATISTELO, JOSÉ CORIOLANO DA SILVEIRA, LUIZ GUSTAVO VIOLA CARDOSO, ANA PATRICIA NUNES ALVES FERNANDES, LUANA SANTALICES, ANA LÚCIA BENTES LYNCH, CARMEN CARVALHO, ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO E BETANIA DE FIGUEIREDO PESSOA BATISTA - E-mail: augustoebarata@gmail.com
“A baixa popularidade da
presidente, ancorada às incertezas econômicas e aos desdobramentos da Operação
Lava Jato, retroalimenta-se na crise com o Congresso Nacional, que, por sua
vez, recupera algum prestígio no imaginário da população.” Esta, pelo menos, é
a leitura feita, a respeito da pesquisa do Datafolha publicada pela Folha de S. Paulo, sobre a avaliação
popular do governo Dilma, pelos diretores geral e de pesquisas do instituto,
respectivamente, Mauro Paulino e Alexandre Janoni.
O mais relevante, na análise feita por
Paulino e Janoni, é a repercussão dos protestos populares e seus efeitos sobre
o PT e seu ícone, o ex-presidente Lula. “E não é
apenas o futuro de Dilma e o do PT que estão em jogo. Cada vez mais, menos
brasileiros citam Lula como o melhor presidente da história do Brasil”,
assinalam na análise, que pode ser acessada pelo link abaixo:
A pesquisa Datafolha revela que é
decrescente o percentual dos que consideram Lula o melhor presidente que o
Brasil já teve. Esse percentual, que era de 71% em 2010, é hoje de 50%.
Segundo a edição online da Folha de S. Paulo deste sábado, 11, citando pesquisa do
Datafolha, 63% dos brasileiros afirmam que, considerando tudo o que se sabe até
agora a respeito daOperação Lava
Jato, deveria ser aberto um processo de impeachment contra a presidente
Dilma Rousseff. O desconhecimento a respeito do que aconteceria depois disso,
porém, é grande, sublinha a reportagem, ao revelar os resultados da pesquisa, finalizada
na sexta-feira, 10, dois dias antes das manifestações contra a
presidente programadas para este domingo, 12, e na qual foram ouvidas 2.834 pessoas, com uma
margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
A matéria da Folha assinala que no grupo dos que defendem a abertura de um
processo que, no fim, poderia resultar na cassação da petista, só 37% sabem que
o cargo de presidente ficaria com o vice. Quando instados a mencionar o nome do
vice, metade desse subgrupo erra. “Conclusão: só 12% dos eleitores brasileiros que
são a favor de um processo de impeachment contra Dilma estão conscientes de que
o vice assumiria o cargo e sabem que o vice é Michel Temer (PMDB)”, destaca a
matéria.
Segue a transcrição, na íntegra, da matéria
da Folha de S. Paulo sobre a pesquisa
do Datafolha segundo a qual quase dois terços do povo brasileiro apoia o
impeachment da presidente petista Dilma Rousseff:
Maioria apoia abertura de processo de impeachment, mostra Datafolha
RICARDO MENDONÇA
EDITOR-ADJUNTO
DE PODER
11/04/2015 16h05
Quase dois terços dos brasileiros (63%)
afirmam que, considerando tudo o que se sabe até agora a respeito daOperação Lava
Jato, deveria ser aberto um processo de impeachment contra a presidente
Dilma Rousseff.
O desconhecimento a
respeito do que aconteceria depois disso, porém, é grande.
No grupo dos que
defendem a abertura de um processo que, no fim, poderia resultar na cassação da
petista, só 37% sabem que o cargo de presidente ficaria com o vice. Quando
instados a mencionar o nome do vice, metade desse subgrupo erra.
Conclusão: só 12%
dos eleitores brasileiros são a favor de um processo de impeachment contra
Dilma, estão conscientes de que o vice assumiria o cargo e sabem que o vice é Michel
Temer (PMDB).
As conclusões são
de pesquisa Datafolha finalizada na sexta-feira (10), dois dias antes das
manifestações programadas contra a presidente para este domingo. O instituto
ouviu 2.834 pessoas. A margem de erro é de dois pontos.
Dilma não é
investigada pela Operação Lava Jato, que descobriu a existência de um vasto
esquema de corrupção na Petrobras, mas o Ministério Público Federal afirma que
parte da propina paga pelas empresas que participaram do esquema foi repassada
na forma de doações ao PT.
Embora o maior
grupo da população apoie a abertura do processo de impeachment –posição que
nenhum partido relevante defende explicitamente até agora–, a maioria (64%) não
acredita no afastamento de Dilma. Menos de um terço (29%) acham que a presidente
seria afastada.
O apoio aos
protestos contra a presidente é alto (75%), assim como a taxa de eleitores que
associam Dilma ao escândalo de corrupção na Petrobras, objeto da investigação
da Operação Lava Jato.
Para 57%, Dilma
sabia da corrupção na estatal e deixou acontecer. Outros 26% opinam que ela
sabia, mas nada poderia fazer para impedir.
A pesquisa mostra
também que a Lava Jato pode estar alterando a percepção dos brasileiros a
respeito dos problemas do país. Pela primeira vez, o tema corrupção aparece
empatado com saúde na liderança do ranking de maiores preocupações. Para 23%, o
maior problema é a saúde. Para 22%, corrupção.
O instituto apurou
um empate também –este no limite da margem de erro– ao simular uma nova eleição
presidencial. Se Dilma fosse cassada e novas eleições fossem convocadas hoje, o
senador Aécio Neves (PSDB-MG) alcançaria 33% das intenções de voto contra 29%
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
De cada 10 brasileiros, 8 acreditam que a
presidente Dilma Rousseff sabia da corrupção que acontecia na Petrobras,
investigada pela força-tarefa daOperação Lava
Jato. É o que mostra pesquisa Datafolha feita nos dias 16 e 17 em
todo o país, segundo revela a Folha de S.
Paulo. A pesquisa do Datafolha foi realizada com 2.842 entrevistas em 172
municípios, e a margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou menos,
acrescenta a matéria da Folha de S. Paulo, que pode ser acessada pelo link
abaixo:
De acordo com a pesquisa, 61% acham que a
presidente, além de ter conhecimento do esquema, deixava que ele operasse
livremente. Outros 23% dizem que, apesar de saber, Dilma "não poderia
fazer nada" para impedir.
Os resultados, assinala a Folha de S. Paulo,
são parecidos entre os entrevistados de todas as divisões socioeconômica,
faixas etárias e preferências partidárias, inclusive entre eleitores da
petista.
Ainda segundo a pesquisa do Datafolha, no
grupo dos que declararam voto em Dilma no segundo turno da eleição do ano
passado, 74% acham que ela sabia do esquema. Outros 19% acreditam que ela não
tinha conhecimento e 8% não souberam responder.
Dos que votaram no senador tucano Aécio
Neves (MG) para a Presidência, 94% têm convicção de que Dilma sabia da
corrupção na Petrobras; 3% acham que ela não sabia; outros 3% não souberam
responder à pergunta.
A pesquisa do Datafolha também
investigou se os brasileiros acreditam que o esquema desbaratado pela Operação
Lava Jato irá prejudicar a Petrobras, a maior empresa do país, salienta ainda a
matéria da Folha de S. Paulo.
A maioria, 51%,
acredita que a Petrobras será prejudicada "por muito tempo", e isso
"coloca o futuro da empresa em risco". Os que acreditam, em menor ou
maior grau, que a petroleira foi prejudicada pelo escândalo somam 88%.
Apenas 6% acreditam que a Petrobras não
será prejudicada pela Operação Lava Jato. Outros 7% não souberam ou não
opinaram sobre a pergunta.
Segundo revela a Folha de S. Paulo, com menos de três
meses cumpridos de seu segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff atingiu a
mais alta taxa de reprovação de um mandatário desde setembro de 1992, véspera
do impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello. De acordo com a
pesquisa, feita entre segunda e terça pelo Datafolha e cuja margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, 62% dos brasileiros classificam a gestão
de Dilma como ruim ou péssima. Há 22 anos, quando Collor estava prestes a cair,
sua reprovação era de 68%, assinala a Folha
de S. Paulo, citando o Datafolha.
Com indicadores de expectativa
econômica batendo recordes negativos, a reprovação de Dilma subiu 18 pontos
desde fevereiro, revela ainda a pesquisa do Datafolha. A pesquisa ouviu 2.842
eleitores logo após as manifestações de domingo contra Dilma, que levaram
milhares às ruas.
A matéria da Folha de S. Paulo, reproduzida na postagem subseqüente, também pode
ser acessada pelo link abaixo:
Em seguida, a transcrição, na íntegra, da
matéria da Folha de S. Paulo:
No 3º mês do novo mandato, 62% já desaprovam Dilma
RICARDO MENDONÇA
EDITOR-ADJUNTO
DE PODER
18/03/201502h00
Com menos de três meses
cumpridos de seu segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff atingiu a mais
alta taxa de reprovação de um mandatário desde setembro de 1992, véspera do
impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello.
Conforme
pesquisa Datafolha feita entre segunda e terça, 62% dos brasileiros classificam
sua gestão como ruim ou péssima. Há 22 anos, quando Collor estava prestes a
cair, sua reprovação era de 68%.
Com
indicadores de expectativa econômica batendo recordes negativos, a reprovação
de Dilma subiu 18 pontos desde fevereiro.
A
pesquisa foi feita com 2.842 eleitores logo após as manifestações de domingo,
atos contra Dilma que levaram milhares às ruas.
Conforme
a série do Datafolha, é a primeira vez que a petista enfrenta insatisfação da
maioria da população em relação ao seu governo.
No
sentido oposto, a taxa de aprovação chegou ao ponto mais baixo desde o início
de seu primeiro mandato. Os que julgam sua gestão como boa ou ótima somam 13%.
Este
patamar só é comparável com os piores momentos dos ex-presidentes Itamar Franco
(12% de aprovação em novembro de 1993, época do escândalo do Orçamento, na
Câmara) e Fernando Henrique Cardoso (13% em setembro de 1999, quando a
população sentia os efeitos da desvalorização do Real). Além do próprio Collor
na fase pré-impeachment (9%).
Durante
os dois mandatos do ex-presidente Lula, a pior taxa de aprovação foi de 28%, em
dezembro de 2005, logo após a cassação do mandato parlamentar de José Dirceu
(PT-SP) na Câmara, acusado de corrupção no mensalão.
Com
dois pontos percentuais de margem de erro, o levantamento do Datafolha mostra
deterioração da popularidade de Dilma em todos os segmentos sociais analisados
pelo instituto.
As
taxas mais altas de rejeição estão nas regiões Centro-oeste (75%) e Sudeste
(66%), nos municípios com mais de 200 mil habitantes (66%), entre os eleitores
com escolaridade média (66%) e no grupo dos que têm renda mensal familiar de 2
a 5 salários mínimos (66%).
Já a
maior taxa de aprovação está na região Norte, a menos populosa, com 21%.
No
Nordeste, onde a presidente obteve expressiva votação por sua reeleição, em
outubro de 2014, só 16% aprovam seu governo atualmente.
Nas
pesquisas de avaliação de governo, o Datafolha costuma pedir para os
entrevistados atribuírem uma nota de 0 a 10 ao mandatário objeto do
levantamento.
A atual
nota média de Dilma é 3,7, também a pior desde sua chegada à Presidência, em
2011. Em fevereiro a nota média era 4,8. No primeiro mandato, a pior média
apurada foi 5,6, em pesquisas feitas em junho e julho de 2014.
O
Datafolha também perguntou aos entrevistados sobre o engajamento em atos a
favor e contra Dilma: 4% disseram ter participado de algum evento contra ela no
domingo, o que, projetado sobre o eleitorado, dá 5,7 milhões de pessoas. Outros
3% confirmaram participação em atos a favor dela neste ano, algo como 4,3
milhões de pessoas.
CONGRESSO
NACIONAL
Ainda pior que a popularidade
de Dilma é a avaliação que a população faz do trabalho do Congresso. A pesquisa
mostra que só 9% consideram ótimo ou bom o desempenho dos deputados e
senadores.
Para
metade da população (50%), a atuação dos congressistas é ruim ou péssima. A
taxa só é comparável com as do fim de 1993, período em que a reprovação aos
parlamentares oscilou em torno de 56%.
Os
presidentes da Câmara e do Senado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Renan Calheiros
(PMDB-AL), estão entre os investigados da Operação Lava Jato.