sexta-feira, 22 de outubro de 2010

SUCESSÃO – A balela das 40 mil casas populares

Ao mesmo tempo, aparentemente obcecado em ridicularizar Ana Júlia, Jatene acabou por se expor desnecessariamente. Ao recordar a frustração de Belém ter sido preterida como uma das cidades-sede da Copa do Mundo de 2014, por exemplo, Jatene foi confrontado, pela governadora petista, com um dos mais constrangedores episódios de sua passagem pelo governo. Quando o Pará perdeu o pólo siderúrgico, Jatene trombeteou que, como compensação, a Vale construiria 40 mil casas populares, uma promessa que jamais foi cumprida. “O que o senhor tem a dizer a respeito?”, fustigou Ana Júlia, acentuando que conseguira trazer o investimento de volta para o nosso Estado.
A justificativa de Jatene foi digna de conversa de bêbado para delegado. O álibi, para a sua constrangedora balela, foi a conjuntura econômica mundial, que teria favorecido a Vale optar por voltar a investir no Pará. Uma explicação digna de Rolando Lero, o personagem cômico que o talento do saudoso ator Mário Cardoso tornou célebre. Tão célebre como a desfaçatez de Jatene.

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