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quarta-feira, 21 de março de 2012

CELPA – O calote dos barões da comunicação

        Habitualmente intransigentes com os deslizes éticos na esfera pública, pelo menos quando assim lhes é conveniente, também no Pará os barões da comunicação costumam ser condescendentes com seus próprios tropeços na matéria. Esta é a inevitável conclusão na qual se desemboca, se confirmada a denúncia feita ao Blog do Barata sobre o ranking dos principais devedores da Rede Celpa, liderado pelos dois maiores grupos de comunicação do Estado, de propriedade das famílias Maiorana e Barbalho, cuja disputa comercial se estende à política, o que acabou por torná-las inimigas figadais uma da outra. O elenco de inadimplentes da Rede Celpa inclui da Delta Publicidade S/A, que edita os dois principais jornais dos Maiorana, O Liberal e o Amazônia Jornal, e o Diário do Pará Ltda, razão social do Diário do Pará, o jornal dos Barbalho. E passa pela Televisão Liberal Ltda, a razão social da TV Liberal, dos Maiorana, afiliada da Rede Globo, e pela Rede Brasil Amazônia de Televisão Ltda, a TV RBA, dos Barbalho, afiliada da Rede Bandeirantes.
        A relação dos principais inadimplentes da Rede Celpa – cujos débitos somados chegam a R$ 16.463.918,70 - surpreendentemente ainda inclui, porque nominalmente, como pessoa física, Romulo Maiorana Júnior (foto), o Rominho, presidente executivo das ORM, Organizações Romulo Maiorana, o grupo de comunicação dos Maiorana. Pessoalmente rico, como permite entrever sua faraônica mansão no Lago Azul, Rominho é, hoje, um inimigo implacável do senador e ex-governador Jader Barbalho, o patriarca da nova geração dos Barbalho e o morubixaba do PMDB no Pará. A mais longeva liderança política da história do Estado, Jader carrega o estigma de político corrupto, no rastro de uma inexplicável evolução patrimonial, que fez dele um homem subitamente rico, mácula sempre recordada pelos Maiorana nos seus entreveros com os Barbalho. Rominho, além de responder na Justiça a acusação de ter sido beneficiário de falcatruas na Sudam, a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia, vive sob o espectro do passado, como contrabandista, do pai, o jornalista e empresário Romulo Maiorana, já falecido, antes de tornar-se um próspero comerciante do ramo de vestuário, com a cadeia de lojas RM Modas, e posteriormente um bem-sucedido empresário da comunicação, com o grupo Liberal, hoje ORM. Essa passagem nada lisonjeira da biografia do patriarca dos Maiorana é frequentemente evocada pelo Diário do Pará, dos Barbalho, nas eventuais trocas de insultos com Rominho, sempre que este achincalha Jader, valendo-se da força de O Liberal,
        A hostilidade mútua entre os Maiorana e os Barbalho recrudesceu, inclusive com trocas de insultos através dos respectivos jornais, depois do ressurgimento político de Jader, responsável pela engenharia política que defenestrou o PSDB do governo na sucessão estadual de 2006, quando a ex-governadora petista Ana Júlia Carepa derrotou o ex-governador Almir Gabriel. Um condimento a mais, na disputa entre as duas famílias, foi o Diário do Pará, o jornal dos Barbalho, superar, em vendagem, O Liberal, o principal diário dos Maiorana. É também obviamente incômodo aos Maiorana em geral, e a Rominho em particular, a composição política entre o governador tucano Simão Jatene, que hoje lidera o PSDB no Pará, e Jader Barbalho, contemplado com um expressivo quinhão de secretarias no atual governo. De resto, o presidente executivo das ORM se ressente, mas sem poder esbravejar, como é do seu temperamento, do grupo de comunicação dos Maiorana não mais ser privilegiado com a fatia do leão na partilha da verbas publicitária neste segundo mandato do governador Simão Jatene, tal qual ocorreu nos 12 anos de sucessivos governos do PSDB, entre 1995 a 2006. Esse período de 12 anos corresponde aos dois mandatos consecutivos do ex-governador Almir Gabriel, de 1995 a 1998 e de 1999 a 2002, e ao primeiro mandato do governador Simão Jatene, que vai de 2003 a 2006. Neste seu segundo mandato como governador, a ser cumprido de 2011 a 2014, Jatene – por implicações políticas, que passam por sua aliança com Jader Barbalho – se viu compelido a promover uma divisão mais equânime da verba publicitária do governo.

CELPA – Os débitos dos Maiorana e dos Barbalho

        Do elenco de principais devedores da Rede Celpa, a Televisão Liberal Ltda, a razão social da TV Liberal, dos Maiorana, afiliada da Rede Globo, é quem acumula o maior débito, R$ 4.618.978,39. A ela se segue A Delta Publicidade S/A, também dos Maiorana e que edita os jornais O Liberal e Amazônia Jornal, cuja dívida alcança R$ 2.943.969,48. A Rede Brasil Amazônia de Televisão Ltda, a TV RBA, dos Barbalho, tem um débito de R$ 2.677. 382,50. O Diário do Pará Ltda, a razão social do Diário do Pará, o jornal dos Barbalho, deve R$ 1.324.541,73. Fly Açai do Pará Indústria e Comércio de Alimentos e Bebidas S/A, empresa apenas de Romulo Maiorana Júnior e Ronaldo Maiorana, deve à Rede Celpa R$ 1.112.245,39. O débito da Rádio Liberal Ltda, dos Maiorana, é de R$ 479.856,07. A dívida da Rádio Clube do Pará PRC5 Ltda, dos Barbalho, é de R$ 292.497,53. A ORM Cabo Ananindeua deve R$ 17.730,27.
        Um capítulo à parte, no imbróglio dos principais devedores da Rede Celpa, refere-se a Romulo Maiorana Júnior, o Rominho, presidente executivo das ORM, Organizações Romulo Maiorana, o grupo de comunicação dos Maiorana. A despeito de ser pessoalmente rico e de residir em uma mansão faraônica no Lago Azul, o condomínio que abriga alguns dos endinheirados do Pará, o débito de Rominho junto a Rede Celpa, como pessoa física, chega a R$ 135.959,70. A informação, que carece de confirmação, é de que a dívida decorre do elevado consumo de energia da sua mansão no Lago Azul.

CELPA – O elenco dos inadimplentes

        Segue, abaixo, a relação dos principais devedores da Rede Celpa, segundo a informação fornecida ao blog.

Delta Publicidade S/A

Débito estimado – R$ 1.239.445, 64

Débito confirmado - R$ 1.239.445, 64

Delta Publicidade S/A

Débito estimado – R$ 1.704.523,84

Débitos confirmados – R$ 193.066,01, mais R$ 1.511.457,83

Diário do Pará Ltda

Débito estimado – R$ 1.324.541,73

Débitos confirmados – R$ 521.786,31, mais R$ 802.755,42

Televisão Liberal Ltda

Débito estimado – R$ 4.618.978,39

Débito confirmado - R$ 4.618.978,39

Rede Brasil Amazônia de Televisão Ltda

Débito estimado – R$ 2.677.382,50

Débitos confirmados – R$ 1.691.644,20, mais R$ 985.738,30

Rádio Liberal Ltda

Débito estimado – R$ 479.856,07

Débito confirmado – R$ 479.856,07

Rádio Clube do Pará PRC5 Ltda

Débito estimado – R$ 292.497,53

Débito confirmado – R$ 292.497,53

ORM Cabo Ananindeua ltda

Débito estimado – R$ 17.730,27

Débito confirmado - R$ 17.730,27

Fly Açaí do Pará Indústria e Comércio de Alimentos e Bebidas

Débito estimado – R$ 1.112.245,39

Débito confirmado – R$ 1.112.245,39

Romulo Maiorana Júnior

Débito estimado – R$ 135.959,70

Débito confirmado – R$ 135.959,70

Fundação Aquarela

Débito estimado – R$ 30.036,30

Débito confirmado – R$ 30.036,30

Amazon Catfish Ltda

Débito estimado – R$ 740.819,75

Débito confirmado – R$ 740.819,75

Pará Alimentos do Mar Ltda

Débito estimado – R$ 326.126,23

Débito confirmado – R$ 326.126,23

Associação Via Amazônia

Débito estimado – R$ 195.256,33

Débito confirmado – R$ 195.256,33

Curuá Energia S/A

Débito estimado – R$ 981.907,34

Débito confirmado – R$ 981.907,34

Companhia dos Portos e Hidrovias do Estado do Pará

Débito estimado – R$ 121.371,97

Débito confirmado – R$ 121.371,97

Eletricidade Paraense S/A

Débito estimado – R$ 137.937,28

Débito confirmado - R$ 137.937,28

Buriti Energia S/A

Débito estimado – R$ 327.302,44

Débito confirmado - R$ 327.302,44

quinta-feira, 15 de março de 2012

CELPA – Interventor participou da privatização

        De Eliete Ramos (foto) sobre a indicação do engenheiro Vilmus Grunvald para ser o administrador judicial da Celpa no período de concordata da empresa, em texto enviado ao blog e abaixo transcrito, na íntegra.

Interventor da Celpa participou da privatização em 98

        Causou estranheza ao Sindicato dos Urbanitários do Pará a nomeação do engenheiro Vilmus Grunvald para ser o administrador judicial da Celpa (interventor), no período de concordata da empresa. Essa nomeação aconteceu na quarta-feira, 29, no despacho do Tribunal de Justiça no pedido de recuperação judicial da Celpa.
        Para quem não conhece ou não lembra, Vilmus é pessoa de extrema confiança do governador Simão Jatene. Os dois, juntos, na Secretaria de Estado de Planejamento, em 1995 iniciaram e concluíram em 1998 o processo de privatização da então estatal Celpa. Vilmus era empregado da Celpa. Quando Almir Gabriel foi eleito governador, em 1994, ele foi cedido para o governo do Estado. Passada a privatização, em 98, ele foi nomeado por Almir como diretor geral da Arcon, uma agência que fora criada para fiscalizar o serviço da privatizada Celpa, fiscalização que não aconteceu, pois se a Celpa está nessa situação é também por omissão da Arcon e da Aneel!
        Depois, Vilmus foi secretário de Estado de Jatene e agora estava como presidente do Conselho de Administração da Cosanpa. Atualmente presta consultoria ao Governo do Estado.
        Quer dizer, Grunvald estruturou a Celpa para ser "vendida". Foi para a função de fiscalizar o serviço. E não fiscalizou. Agora volta como aquele que deve botar ordem na casa? Mas que ordem é essa? Vai beneficiar quem afinal? Vamos ficar de olho nos próximos passos dele

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

CELPA – A recorrente queixa dos penalizados

“Boa tarde, Barata. Admiramos muito seu blog aqui em Santarém e precisamos divulgar essa comunidade, para chamar a atenção dos grandes da Celpa. É que por aqui, na região oeste do Pará, permanecemos à mercê de constantes apagões”, salienta . “Por favor: ajuda nós ai com a nossa comunidade no facebook. desde já agradecemos a você”, acrescenta o internauta, remetendo ao endereço eletrônico os demais leitores.




sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

REDE CELPA – Descaso no limite do escárnio

Recentemente os moradores da passagem Santa Catarina, no bairro da Sacramenta, ficaram sem energia elétrica por cinco dias, a despeito da Rede Celpa ser insistentemente acionada.
O martírio só não foi maior, porque, por acaso, um caminhão da Rede Celpa trafegou pela passagem, sendo parado pelos moradores, em busca de uma solução para o problema. Como um dos moradores da passagem já prestou serviços à Rede Celpa, coube a ele resolver o problema, valendo-se das ferramentas necessárias para o conserto, fornecida pelos funcionártios da Rede Celpa.
Trata-se do descaso no limite do escárnio. Não fosse o imponderável, até quando os esquecidos moradores da passagem teriam permanecido sem energia, à mercê da desídia da Rede Celpa?