sexta-feira, 22 de outubro de 2010

SUCESSÃO – Caso do acelerador linear cala tucano

Quando Simão Jatene questionou o claudicante desempenho da atual administração em matéria de educação, Ana Júlia Carepa não perdeu tempo e tratou de suscitar o imbróglio do acelerador linear de última geração, cujo custo é avaliado em mais de um milhão de dólares e que é vital para o tratamento dos pacientes com câncer. A menção a esse episódio deixou o ex-governador tucano algo aparvalhado, balbuciando justificativas para o injustificável, para depois ser compelido a se calar E não poderia ser diferente, diga-se, porque o imbróglio é emblemático da inépcia administrativa do governo Simão Jatene, particularmente na área da saúde pública.
O acelerador linear de última geração, destinado ao Hospital Ophir Loyola, referência no tratamento de câncer, chegou a Belém em 2004, no segundo ano do mandato de Jatene como governador. Desde então permaneceu encaixotado, no almoxarifado da Sespa, a Secretaria de Estado de Saúde Pública. O acelerador lenear, cuja instalação dependia da construção de um anexo compatível com o seu porte e com as condições indispensáveis ao seu funcionamento, só deixou o almoxarifado da Sespa no início do governo Ana Júlia Carepa, em 2007, quando a médica Laura Rossetti assumiu a presidência do Ophir Loyola. Ao tornar-se secretária de saúde, Laura Rossetti deu início às obras do anexo indispensável para a instalação do acelerador linear, agilizadas após denúncia deste blog sobre o imbróglio. O acelerador linear entrou em funcionamento, enfim, no início deste ano.
No governo Simão Jatene a área de saúde tornou-se feudo do DEM, sucedâneo do PFL, representado pela então vice-governadora, Valéria Vinagre Pires Franco, que era também a secretária especial de Promoção Social. Valéria tem como marido e mentor político o deputado federal Vic Pires Franco, então presidente regional do DEM no Pará. Por indicação do casal, o secretário executivo de Saúde Pública era o médico Fernando Dourado, amigo pessoal e ex-sócio de Valéria e Vic Pires Franco em uma agência de turismo. Hoje vereador de Belém pelo DEM, Dourado protagonizou uma gestão pontuada por denúncias e suspeitas de corrupção, que se estenderam ao Presença Viva, um programa supostamente destinado à interiorização da assistência médica, mas que na verdade se destinava, prioritariamente, ao proselitismo eleitoral do casal Pires Franco.

6 comentários :

Anônimo disse...

o que ana não justifica é ter instalado o acelerado só em 2008!!! por que? se já estava no almoxarifado?

Anônimo disse...

faltava espaço, voce tem ideia do tamanho daquele troço? e nao é qualquer espaço. Mas ja ta feito,demorou, mas ta feito.

Anônimo disse...

Dragão do Norte,

Baratinha, tu não lestes nem assististe o debate,
JATENE DEU UMA VERDADEIRA PO...... NA ANA JULIA.

Entra num blog da rede social para conferir.

A Usina do Marabá NÃO EXISTE, é promessa, poderá até ser construída, mas parece que já está funcionando. Aí Ana Julia coloica todos os empregos que não gerou no seu governo.
Tu não percebestes que os 14 milhões foram criados em momento de um claro crescimento da economia Brasileira.
As commodities meu caro, Elas são as que dinamizaram a economia.
Abçs,

Anônimo disse...

Querido anônimo das 11:07... não culpe Ana Judas pelos desvaneios de Jateve:
Ele preferiu pescar e beber do que instalar o acelerador;
Ele preferiu pescar e beber do que reformar as escolas e melhorar a educação;
Ele preferiu pescar e beber do que instalar internet gratuita;
Ele preferiu pescar e beber do que constuir 40 mil casas pupulares;
Ele preferiu pescar e beber do que segurar a ALPA no Pará;
Ele preferiu pescar e beber do que reformar delegacias;
Ele preferiu pescar e beber do que dar reajustes aos servidores públicos;
Ele preferiu pescar e beber do que ir a reunião dos governadores com o LULA, e defendaer o Pará diante do que chamou e simulou de complô da Super Zona Franca;
Em fim, o melhor é pescar e beber do que trabalhar pelo povo do PA.

Anônimo disse...

Carta ao ex-governador;

Dr. Simão Jatene:

Naquele dia que você sentiu fortes dores no peito e passou muito mal, imediatamente o primeiro desejo foi pegar um jatinho e voar para São Paulo, buscar atendimento num hospital com tecnologia de ponta e atendimento especializado; não foi? as suas chances de sobreviver ao mal súbito seriam melhores.

Mas a situação era delicada e você foi recomendado a ficar por aqui mesmo, sendo atendido no hospital P.D., há alguns anos estabelecido nesta capital e cujo dono tem investido dinheiro e dedicado muitos esforços num empreendimento com enderêço fixo, referência para vários problemas de saúde. E assim você foi atendido e salvaram sua preciosa vida, tanto que, ao viajar depois para São Paulo, a turma de lá elogiou os procedimentos feitos aqui.

Tenha temor a Deus e humildade para admitir que jamais entraria num dos nossos hospitais públicos numa ocasião daquelas. Porque melhor do que ninguém você sabia que as suas chances seriam bem menores - ainda que na qualidade de ex-governador. Porque ao contrário dos donos do H.P.D., os donos do governo estadual costumam pulverizar os recursos da saúde pública com tudo aquilo que - acima de tudo - satisfaça os interesses politiqueiros, de caixa-2, de negociatas, etc, etc, etc.

Ao defender em seu programa eleitoral de 2.010 o assim chamado "Presença VIVA" (VI de Vic e VA de Valéria), você está dando sinais que se eleito governador de novo, vai escancarar mais uma vez as portas da SESPA para os interesses políticos do casal, pior ainda, talvez renomeando o Dr. Dourado, para juntos novamente pulverizarem os recursos da saúde numa caravana proselitista político-eleitoral de atendimentos médicos ocasionais e aleatórios, descontínuos, sem capacitação para integralizar a assistência e o que é pior: só quando o carro passa.

Ponha-se no lugar da gente pobre e sofrida deste estado, sentindo fortes dores no peito, sem dinheiro sequer para apanhar um táxi e procurando hospitais totalmente defasados, porque o dinheiro da saúde pública no pará (e tome dinheiro) foi empregado pra montar a "caravana médica" dos políticos e o caríssimo suporte de mídia eleitoral. E nem cite números, porque aí então piora a sua situação e vão achar que Ana Júlia tem toda razão em dizer que você se preocupa com números e não com o povo.

Anônimo disse...

Só quem trabalhou na antiga SETEPS é que sabe, o presença viva só fazia encher os bolsos de alguns privilegiados.Eram semanas viajando somente para ganhar dinheiro para beneficio propio de alguns seletos funcionarios, é meus amigos esses mesmo querem de novo a mamata, mas o povo não dormi mais.
Como a Ana Júlia acabou com isso,ela não fez nada.´
Meus amigos só o senhor preguiça tem que olhar mais para seu umbigo...que também é podre...muito podre.
Que mais uma vez o pará vença esse bando de oportunbistas.