sexta-feira, 30 de setembro de 2016

ELEIÇÕES – O vale-tudo eleitoral


MURAL – Queixas & Denúncias


ÁGUA MINERAL – Refri, Naturale, Água Viva e Belfonte, as marcas do escárnio aos consumidores paraenses



Refri, Naturale, Água Viva e Belfonte. Anote, se for preciso, para não esquecer. Essas são as marcas de água mineral cujas empresas foram interditadas em operação da Sespa, a Secretaria de Estado de Saúde do Pará, em parceria com a Vigilância Sanitária e o Procon do Pará.
De acordo com a Sespa, as empresas estavam atuando sem licença de funcionamento, além dos ambientes exibirem péssimas condições de higiene e a utilização de corantes proibidos. Pior, muito pior, é a revelação de que uma das empresas, localizada no bairro do Marco, estava envasando água da torneira e vendendo para os consumidores.

Pela sua gravidade, aguarda-se os desdobramentos do episódio, que escancara o escárnio de empresários inescrupulosos em relação aos consumidores.

ELEIÇÕES – No derradeiro debate, a evidência do desespero de Zenaldo na tentativa de obter a reeleição



Gratuitamente agressivo e tergiversando diante de questionamentos incômodos, o prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB) corroborou a imagem de um candidato desarvorado, na esteira das recorrentes críticas irrespondíveis à sua administração, feitas, direta ou indiretamente, por todos os demais candidatos, no debate promovido pela TV Liberal, afiliada da Rede Globo, reunindo os postulantes à Prefeitura de Belém. Conduzido com segurança e discrição pela jornalista Zuleide Silva, da TV Globo, o debate foi a derradeira oportunidade dos candidatos desfilarem suas propostas, antes da eleição deste próximo domingo, 2, e teve como destaque a ex-deputada Regina Barata (PT), ironicamente uma candidata de desempenho pífio nas pesquisas de intenção de voto. Isso acabou favorecendo o deputado federal Edmilson Rodrigues (PSOL), líder nas pesquisas de intenção de voto, ao qual a petista inclusive privilegiou no desfecho do debate, ao escolhê-lo como destinatário da pergunta a que teria direito. Edmilson, convém recordar, foi um militante histórico do PT, do qual se retirou para fundar o PSOL, no rastro do escândalo do mensalão, atestado da falência ética petista. Por obra do imponderável, ele ainda teve o privilégio de ser o último a falar, a quando da palavra final dos candidatos, arrematando o debate com uma exortação ao voto consciente.
A primeira cutilada em Zenaldo foi desfechada pelo deputado federal Éder Mauro (PSD), ao acentuar que coube a ele fixar em exorbitantes 10 reais a passagem da lancha que fazia, por via fluvial, o percurso Belém-Icoaraci-Belém, de responsabilidade de uma empresa particular, algo que o prefeito tucano omitiu. A esta crítica à atual administração municipal se seguiram outras tantas, que pontuaram as perguntas que os demais candidatos formularam uns aos outros e ao próprio Zenaldo. “Doze anos do mesmo jeito, não dá!”, disparou, por exemplo, Regina Barata, em golpe devastador para Zenaldo, ao nivelar sua gestão com a desastrosa administração do ex-prefeito Duciomar Costa (PTB), o nefasto Dudu, eleito em 2004 e reeleito em 2008 com o apoio do atual prefeito. Duciomar Costa, recorde-se, protagonizou uma gestão caótica, pontuada por robustos indícios de corrupção.
Por sua própria condição de líder nas pesquisas de intenção de voto, Edmilson Rodrigues mostrou-se claramente empenhado em se preservar, evitando ceder às tentativas de provocação de Zenaldo Coutinho, mas sem dispensar as oportunidades de criticar, e criticar acidamente, o atual prefeito. Edmilson só não foi convincente ao deixar sem resposta a indagação, feita por Zenaldo, sobre o porquê de ter reajustado a tarifa de ônibus 50% acima da inflação, quando prefeito. Das provocações de Zenaldo, às vezes no limite da agressão gratuíta, foram também alvo Éder Mauro e Carlos Maneschy (PMDB). Este, ao ser etiquetado de “candidato dos Barbalho”, por Zenaldo, reagiu com ironia. “Sou candidato dos Barbalho, dos Silva, dos Souza e até dos Coutinho, porque serei eleito”, revidou, ao criticar o caos na saúde municipal e desmentir a declaração do prefeito, segundo o qual teria fechado, quando reitor da UFPA, a Universidade Federal do Pará, 72 leitos no Hospital Universitário João de Barros Barreto.
Um dos momentos marcante do debate foi, certamente, a exortação de Úrsula Vidal (Rede) por uma campanha propositiva, a pretexto de criticar o tom irônico da campanha de Carlos Maneschy. Sem permitir-se ser mais explícita, a candidata da Rede fez uma clara referência à disputa, comercial e política, que travam os dois maiores grupos de comunicação do Pará, das famílias Barbalho, identificada com o PMDB, e Maiorana, porta-voz do PSDB, por cujos governos o Sistema Romulo Maiorana de Comunicação é historicamente privilegiado.

Na derradeira investida contra Edmilson Rodrigues, Zenaldo Coutinho trouxe para o debate local a política nacional, ao questionar a postura do PSOL contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, na patética tentativa de indispor o candidato do PSOL com parcela do eleitorado. Ácido, Edmilson retrucou reportando-se à arbitrária exoneração de 308 servidores municipais, em ano eleitoral, sucedida pela nomeação de indicados por políticos associados ao prefeito, o que configuraria crime eleitoral. Subsequentemente, Edmilson Rodrigues e Regina Barata defenderam ardorosamente a realização de concursos públicos como critério para a admissão de servidores públicos, em contundente crítica subliminar a Zenaldo, notoriamente refratário a concursados, uma peculiaridade do PSDB no Pará.

ELEIÇÕES – O desafio de abdicar das ilusões e optar por um compromisso mínimo com as necessidades imediatas

Em sentido horário, Edmilson Rodrigues, Éder Mauro e Zenaldo Coutinho,
principais protagonistas da disputa eleitoral, de acordo com as pesquisas.

Nas campanhas eleitorais vendem-se sonhos, mas no exercício do poder é indispensável apresentar resultados, o que exige uma intimidade mínima com os problemas a administrar. É sob essa perspectiva que o eleitor de Belém vai às urnas neste domingo, 2, para fazer sua opção diante do vasto elenco de postulantes a inquilino do Palácio Antônio Lemos. Uma disputa na qual destaca-se o deputado federal Edmilson Rodrigues (PSOL), líder nas pesquisas de intenção de voto e credenciado pela experiência de quem já esteve à frente da Prefeitura de Belém por dois mandatos consecutivos, para a qual foi eleito em 1996 e reeleito em 2000, pelo PT, do qual bateu em retirada na esteira do escândalo do mensalão, que esfarinhou a bandeira ética do partido.

A Edmilson Rodrigues se somam, no pelotão de candidatos eleitoralmente cacifados para a disputa, o também deputado federal Éder Mauro (PSD) e o atual prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB). Éder Mauro foi catapultado para o proscênio político como um controvertido delegado de polícia, tido como implacável e algo truculento no combate à criminalidade, chegando à Câmara Federal em 2014 como o deputado mais votado no Pará, com 265.983 votos. No bonde dos favoritos ainda figura o atual prefeito, Zenaldo Coutinho (PSDB), protagonista de uma administração desastrosa, cujas chances são turbinadas por obras eleitoreiras, pelas facilidades oferecidas a quem detém o comando da máquina administrativa e, obviamente, pelo poder econômico.

ELEIÇÕES – A dúvida sobre Edmilson Rodrigues

Edmilson Rodrigues, do PSOL: desafio de novo mandato.

Em relação a Edmilson Rodrigues, o desafio é saber o que a experiência presumivelmente acumulada no exercício do poder e pela sua passagem pela Câmara Federal agregaram positivamente ao seu mapa de crenças, originalmente contaminado por um autoritarismo presunçoso, que no passado foi capaz de fazê-lo tomar críticas como agravos imperdoáveis. A vaidade intelectual, nota-se logo, perdura incólume, traduzida no tom professoral, próprio de quem não fala, mas sentencia, na presunção de uma suposta relevância que dispensa o reconhecimento dos eventuais interlocutores. Trata-se de um traço da personalidade do candidato disfarçado pela aparente urbanidade no trato pessoal, que nem sempre revelou no plano político, sobretudo quando se viu investido da autoridade de prefeito.

Se superar sua postura imperial, no exercício do poder, Edmilson Rodrigues muito ajudará a si próprio, primeiramente, e por extensão a Belém. Caso novamente eleito para a Prefeitura de Belém, ele vai necessitar sobrepor realizações a retórica, até aqui sua maior arma, inclusive em seus dois mandatos como prefeito, entre 1997 e 2004, quando, em um surto megalômano, pretendeu desconhecer o legado histórico do intendente Antônio Lemos. As demandas da população são tantas e tamanhas que propaganda enganosa nenhuma será capaz de escamoteá-las, a despeito da fé devotada no estelionato eleitoral pelos marqueteiros de grandes contas e nenhum escrúpulo.

ELEIÇÕES – Éder Mauro, mensageiro da simplificação

Deputado Éder Mauro, do PSD: claras dificuldades em lidar com ideias.
No cenário que se apresenta, fica cristalino que Éder Mauro desponta como o mensageiro das simplificações, com claras dificuldades de lidar com ideias, maiores até que aquelas que enfrenta no uso do vernáculo. Falta ao candidato aquela intimidade mínima com soluções capazes de aplacar os problemas da cidade, para além das prestidigitações eleitoreiras. Nada mais natural do que concluir que desse desconhecimento esteja contaminado seu entorno, refletido no discurso do candidato, ou reflexo da estultícia deste.

De resto, para quem postula administrar uma cidade problemática como Belém, os antecedentes e o discurso do candidato do PSD não sugerem aquele equilíbrio indispensável a um prefeito. Ameaça, falsidade ideológica, estelionato e até crime de tortura, por exemplo, constam das suspeitas que recaem sobre Éder Mauro, réu em duas ações penais (989 e 967) e investigado em um inquérito (4191), detalhados pelo site Congresso em Foco. “Quero dizer a você, paraense, que tudo o que fiz como polícia e que faço até hoje foi para defender você, foi para defender a sua família, foi para defender o cidadão de bem”, justificou-se, a propósito, em um vídeo postado na sua página no Facebook. “Bandido é bandido e eu sempre tratei bandido como bandido”, acrescentou no mesmo vídeo, em uma declaração que está longe de afastar as suspeitas que sobre ele recaem.

ELEIÇÕES – Zenaldo Coutinho, a falácia recorrente

Zenaldo, do PSDB: político profissional, que jamais trabalhou na vida.

Zenaldo Coutinho, o prefeito candidato à reeleição, dispensa apresentações. Vereador de Belém, deputado estadual, quando chegou a ser presidente da Assembleia Legislativa, deputado federal e depois prefeito da capital paraense, ele se notabiliza por jamais ter tido um emprego na vida. Ou seja, fez carreira como vagabundo profissional, sem ostentar sequer o mérito de revelar-se um administrador minimamente competente. Às vésperas das eleições, ele deflagrou uma avalancha de frentes de trabalho, para dissimular o imobilismo que marcou sua administração na Prefeitura de Belém, apostando na prestidigitação eleitoral, turbinada pela utilização da máquina administrativa estadual pelo seu patrono político, o governador tucano Simão Jatene, a quem almeja suceder.
Para além dos percalços históricos que herdou, agravados pelos desmandos do seu antecessor, o ex-prefeito Duciomar Costa (PTB), o nefasto Dudu, uma linha auxiliar do PSDB, Zenaldo muito colaborou para o sucateamento que colocou Belém como a terceira pior cidade para se viver em termos de qualidade de vida, dentre as capitais brasileiras, atrás apenas de Macapá e Porto Velho, segundo critérios que consideram mobilidade urbana, condições ambientais e habitacionais, infraestrutura e serviços coletivos urbanos. A classificação está em um estudo do Instituto Observatório das Metrópoles, revelado com exclusividade pela jornalista Luiza Mello, correspondente em Brasília do Diário do Pará, o jornal do grupo de comunicação da família do senador Jader Barbalho, o morubixaba do PMDB no Pará. A matéria foi publicada na edição desta última quarta-feira, 28, do Diário do Pará.

A desfaçatez de Zenaldo Coutinho em postular a reeleição, a despeito da pífia administração que protagonizou como prefeito, é compatível com sua vida pregressa. Afinal, ele é capaz de manter com recursos públicos o Instituto Helena Coutinho, supostamente voltado para fins sociais, mas que acaba servindo, ao fim e ao cabo, como um comitê de campanha permanente, a serviço de suas conveniências políticas.

ELEIÇÕES – Maneschy, o factoide dos Barbalho

Carlos Maneschy, do PMDB: recurso para lustrar a imagem do partido.

As eleições municipais deste ano ainda incluíram um personagem que, a despeito do currículo aparentemente respeitável, prestou-se a servir de factoide dos Barbalho, com o objetivo de lustrar a imagem do PMDB no Pará e, em particular, a do ministro Helder Barbalho, da Integração Nacional, filho e herdeiro político do senador Jader Barbalho, cuja imagem é associada a recorrentes suspeitas de corrupção, estigma que, por extensão, terminou por contaminar o partido. Ex-reitor da UFPA, a Universidade Federal do Pará, que comandou por sete anos,  o professor Carlos Maneschy é o candidato a prefeito pelo PMDB, apresentando-se como ficha limpa e jactando-se de aos 60 anos estar a salvo de qualquer suspeita de improbidade.
A curiosidade, em relação a Maneschy, é saber a contrapartida por abreviar o término de seu mandato como reitor, já que seus percentuais de intenção de voto jamais permitiram conferir maior capilaridade eleitoral à sua candidatura. Há outros aspectos inusitados, ainda, em torno da candidatura peemedebista. Afinal, soa inusitado o candidato, que tanto exalta a probidade pessoal, ter como avalista eleitoral Jader Barbalho, cuja súbita evolução patrimonial justifica, por si só, as suspeitas que aderiram, indelevelmente, ao seu nome, ainda que não seja possível ignorar sua sagacidade, que fez dele a mais longeva liderança política da história do Pará.

De resto, restam controvérsias sobre a trajetória de Maneschy. Ao deixar a Fadesp, da qual foi diretor executivo, a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa estava inadimplente no SIAF, o Sistema Integrado de Administração Financeira, sem poder movimentar novos recursos, por causa de um recurso do Fundo Nacional de Saúde utilizado indevidamente. Em sua gestão como reitor, embora a pós-graduação tenha atingido patamares próximos da excelência, na graduação, em 82 cursos observados, mais de 80% dos cursos da UFPA exibiam nota abaixo de 3, numa escala de 1 a 5, segundo os números do Inep, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. Também em sua administração como reitor, perdurou o sucateamento do Hospital Universitário João de Barros Barreto. Sem esquecer as denúncias sobre a existência de ilustres fantasmas patrocinados por Maneschy, registradas na época pelo Blog do Barata.

ELEIÇÕES – Ilustres figurantes

Úrsula Vidal, da Rede: desempenho frustou as expectativas suscitadas. 
Regina Barata, do PT: previsivelmente mirando nas eleições estaduais.

No cenário desenhado pelas pesquisas de intenção de voto, a maioria dos candidatos à Prefeitura de Belém surge como ilustres figurantes. Inclusive a jornalista Úrsula Vidal, da Rede, cujo perfil e desenvoltura suscitaram expectativas frustradas pelo discurso como candidata. Uma jovem e bela mãe de família, com um olhar presumivelmente crítico, sugerido pela própria profissão, e articulada, ela não mostrou-se convincente em detalhar soluções palpáveis, factíveis, para os dramas de Belém.
Ex-vereadora e ex-deputada, Regina Barata, do PT, que exibiu um bom desempenho parlamentar em suas passagens pela Câmara Municipal de Belém e Assembleia Legislativa, pareceu mirar mais no objetivo de manter-se em evidência, possivelmente para tentar novamente seu retorno ao Palácio Cabanagem, depois dos sucessivos tropeços eleitorais que amargou em 2010 e 2014, quando tentou voltar à Alepa. O discurso de campanha, este ano, incorporou o mantra petista, que tenta apresentar como golpe o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, escamoteando os desmandos e corrupção de um governo notoriamente inepto, contaminado pela corrupção na qual submergiu o PT, como ilustram os escândalos do mensalão e do petrolão. Previsivelmente, a candidata omitiu o verdadeiro golpe, patrocinado pelo PT, com a conivência do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal - a votação do impeachment ser fatiada, na contramão do que determina expressamente a Constituição, para manter os direitos políticos de Dilma Rousseff. No mais, restou o natural empenho de Regina Barata em reeleger o marido, Amaury de Sousa Filho, o Amaury da APPD, vereador pelo PT. A APPD, incorporada ao nome político do vereador petista, é a Associação Paraense das Pessoas com Deficiência, uma espécie de feudo político do casal.

Lélio Costa, deputado estadual pelo PC do B, cumpriu o script possível, dentro do que se poderia esperar de uma candidatura inexpressiva, em se tratando da disputa pela Prefeitura de Belém. Não fosse o mandato parlamentar, e certamente poderia ser incluído no pelotão dos candidatos que têm sido meros traços nas pesquisas de intenção de voto.

ELEIÇÕES – Perguntas sem respostas

O deputado Éder Mauro, do PSD, e Carlos Maneschy, do PMDB, ignoraram o inicialmente acordado depois que lhes foram remetidas as respectivas pautas e desistiram de falar ao Blog do Barata. Remetidas as pautas das entrevistas, as jornalistas Claudiane Santiago, assessora de Éder Mauro, e Cleo Soares, assessora de Maneschy, não retornaram as ligações do blog, dentro do figurino da fidelidade servil.

A PAUTA DE ÉDER MAURO

Considerando que o senhor cumpriu apenas metade do seu mandato parlamentar, o que o motivou a sair candidato a prefeito, além do previsível estímulo de ter sido eleito como o deputado federal mais votado nas eleições de 2014?

Resposta - 

Embora tenha optado pela candidatura própria, na disputa pela Prefeitura de Belém, o seu partido integra a coligação pela qual se elegeu o governador tucano Simão Jatene. Diante disso, pergunta-se: apesar do discurso de tom crítico, sua candidatura não seria, ao fim e ao cabo, uma espécie de reserva de contingência para o PSDB, na eventualidade de naufragar o projeto de reeleição do prefeito Zenaldo Coutinho?

Resposta -

O fato da sua esposa ser vice na chapa do coronel Neil, candidato do PSD à Prefeitura de Ananindeua, significa que está em curso um projeto político-familiar?

Resposta -

Aliás, a candidatura de sua esposa suscitou a suspeita de burla à Justiça Eleitoral, já que soa inusitado um casal ter domicílios eleitorais distintos. O que o senhor tem dizer a respeito dessa suspeita?

Resposta -

Por curiosidade, ainda que o tema possa soar periférico: porque sua esposa, cujo nome é Alessandra Souza Pereira, apresenta-se, como candidata a vice, como Alessandra Sá?

Resposta -

O senhor é réu em um processo criminal, no qual é acusado pelo Ministério Público de, quando delegado, ter forjado um flagrante e torturado pessoas em abordagem policial no Pará, além de ter ameaçado uma menor de idade e o pai. O senhor também é acusado de, juntamente com outros cinco policiais, ter torturado, ameaçado e extorquido uma senhora, a pedido do então prefeito de Santa Izabel do Pará Mário Kato, do PMDB. Quais as suas versões, diante das graves acusações que lhe são feitas, e qual, na sua avaliação, pode ser a eventual repercussão dessas suspeitas nessa reta final de campanha?

Resposta -

A segurança pública tem sido o mote da sua candidatura a prefeito de Belém. O que o senhor pretende fazer de prático, para conter a escalada da violência em nossa cidade, e quais seus planos concretos, efetivamente exequíveis, em outras áreas igualmente vitais, como saúde, educação, saneamento e transportes coletivos?

Resposta -

Como o senhor pretende implementar suas propostas, diante da escassez de recursos, com a arrecadação municipal previsivelmente em queda, devido a conjuntura recessiva, em um município que muito depende do repasse de recursos da União e do estado, com o agravante de ter amargado três sucessivas administrações ruinosas?

Resposta -

Pesquisas eleitorais, sabe-se, são radiografias de um momento. Mas, ainda assim, como sua avaliação sobre a mais recente pesquisa do Ibope, segundo a qual seu principal adversário, até o momento, o deputado federal Edmilson Rodrigues, caiu apenas um ponto percentual, enquanto o senhor caiu quatro e o prefeito Zenaldo Coutinho cresceu nove pontos percentuais?

Resposta -

Ainda que isso soe, hoje, a uma possibilidade remota, na eventualidade de não chegar ao segundo turno, o senhor se manteria equidistante da disputa, ou estaria inclinado a apoiar algum dos candidatos?

Resposta - 

A PAUTA DE CARLOS MANESCHY

O senhor exibe um respeitável currículo acadêmico, que culminou com sua eleição e nomeação para reitor da UFPA. O que o levou, aos 60 anos, presumivelmente realizado profissionalmente, a enveredar pela política e sair candidato a prefeito de Belém, embora com chances ínfimas de vitória?

Resposta -

Em sua propaganda eleitoral, o senhor jacta-se de ser ficha limpa e poder exibir um passado limpo. Não lhe constrange sair candidato por um partido que no Pará é comandado por alguém como o senador Jader Barbalho, cujo nome é associado a recorrentes denúncias de corrupção e cuja súbita evolução patrimonial justifica as suspeitas que aderiram ao nome dele?

Resposta -

O senhor exalta sua experiência como educador e administrador, cujo ápice foi chegar a reitor da UFPA e gerir, como sua própria propaganda eleitoral sublinha, o terceiro maior orçamento do estado. Mas ao deixar a Fadesp, a fundação estava inadimplente no SIAF, o Sistema Integrado de Administração Financeira, sem poder movimentar novos recursos, por causa de um recurso do Fundo Nacional de Saúde utilizado indevidamente. Em sua gestão como reitor, embora a pós-graduação tenha atingido patamares próximos da excelência, na graduação, em 82 cursos observados, mais de 80% dos cursos da UFPA exibiam nota abaixo de 3, numa escala de 1 a 5, segundo os números do Inep, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. Também em sua administração como reitor, perdurou o sucateamento do Hospital Universitário João de Barros Barreto. Isso posto, fica a interrogação: como o senhor justifica esses tropeços administrativos e o que se pode esperar do senhor, como administrador, se eventualmente eleito prefeito de Belém?

Resposta -

Nas eleições vendem-se sonhos, mas no exercício do poder exige-se resultados. Como candidato a prefeito, o senhor exibe propostas ousadas, algumas das quais soam mirabolantes, diante da escassez de recursos e da extensão dos graves problemas acumulados por Belém nos últimos 12 anos. O senhor realmente acredita nas propostas com as quais acena para o eleitorado, ou se trata do proselitismo próprio dos candidatos que, sem chances reais de vitória, buscam apenas marcar posição, ganhar visibilidade e se cacifar para próximos embates eleitorais?

Resposta -

Se eventualmente eleito, como o senhor pretende implementar suas propostas, diante da escassez de recursos, com a arrecadação municipal previsivelmente em queda, devido a conjuntura recessiva, em um município que muito depende do repasse de recursos da União e do estado, com o agravante de ter amargado três sucessivas administrações ruinosas?

Resposta -

Quais suas propostas de gestão mais imediatas, diante das demandas mais prementes em áreas vitais, tais como educação, saúde, segurança, saneamento e transporte público?

Resposta -

Belém, há muito, é uma cidade precariamente iluminada, sobretudo na periferia. Ao mesmo tempo, o volume dos recursos arrecadados com a taxa de iluminação e sua destinação tornou-se uma caixa-preta. Se eleito, o que o senhor pretende fazer a respeito?

Resposta -


terça-feira, 27 de setembro de 2016

PETRALHAS – Minha Casa Minha Vida


CORONEL NEIL – Candidato, deputado usa um PM da Alepa como segurança da esposa e para coagir desafetos

Coronel Neil: flagrado usando PM da Alepa como segurança da esposa
e para coagir desafetos, na esteira da disputa pela herança do sogro.
Marcela Arrais (à esq., com Marcus Arrais), cujo funcionário foi alvo da
truculência da PM, a serviço dos interesses pessoais do coronel Neil.

Candidato à Prefeitura de Ananindeua pelo PSD, o deputado estadual Neil Duarte de Sousa, o coronel PM Neil, é, decididamente, um personagem controvertido, para dizer o mínimo. Juntamente com o governador Simão Jatene (PSDB), ele é réu em uma ação por improbidade administrativa, ajuizada pelo Ministério Público Estadual, por possíveis irregularidades nas promoções de oficiais e praças da Polícia Militar do Pará, e também figura como ilustre personagem de um imbróglio que escancara a escandalosa utilização de PMs lotados no Gabinete Militar da Alepa, a Assembleia Legislativa do Pará, em flagrante desvio de função. Segundo denúncia do promotor de Justiça Militar Armando Brasil, o sargento Varley Botelho dos Santos e soldado Caio de Menezes Belo, da Polícia Militar, são acusados de falsificação de documentos e prevaricação, a serviço do deputado, beneficiado pelo foro privilegiado. Mais que isso, a denúncia revela que um PM lotado no Gabinete Militar da Alepa é utilizado como segurança para a esposa do coronel Neil, Danielle Arrais de Sousa, e também para coagir eventuais desafetos do parlamentar e sua mulher, com a criminosa cumplicidade de colegas de corporação. O episódio escancara ainda o aspecto mais perverso do desvio de função na PM, que não só priva a população de policiais que deveriam estar nas ruas garantindo a segurança pública, além de colocar a instituição a reboque de conveniências escusas.

O estopim do escândalo em cujo epicentro figura o coronel Neil, candidato a prefeito de Ananindeua, foi a disputa pelo espólio de Marcus Arrais, proprietário da empresa Marcus V. Arrais Representações Limitadas, pai da mulher do deputado, Isa Danielle Arrais de Sousa. O contencioso envolve Marcela Santana Arrais, que foi casada por cinco anos com Marcus Arrais, falecido a 3 de outubro de 2015 e que deixou a viúva como legítima sócia da empresa Marcus V. Arrais Representações Limitadas. Em relato ao Ministério Público Estadual, Marcela Santana Arrais desabafou que se sente perseguida pela mais velha das enteadas, Isa Danielle Arrais de Sousa, e pelo marido desta, coronel Neil Duarte de Sousa, que é também deputado estadual, desde que iniciou sua relação com Marcus Arrais, do qual é viúva. De acordo com a denúncia, Marcela Santana Arrais chegou a ser advertida por alguns amigos, cujos nomes evitou declinar por receio de represálias, que deveria tomar cuidado, diante de eventuais retaliações do coronel Neil.

CORONEL NEIL – Funcionário é coagido por PMs

Marcela Santana Arrais relata que a 5 de outubro de 2015, dois dias após a morte do marido, determinou que um funcionário da Marcus V. Arrais Representações Limitadas, . Osvaldo de Nazaré Bezerra da Silva, fosse à agência da Pedreira do banco HSBC fazer algumas operações bancárias de interesse da empresa. Na agência, Osvaldo Bezerra se deparou com Isa Danielle Arrais de Sousa, esposa do coronel Neil, juntamente com as irmãs, Manuelle Farias Arrais e Ana Gabrielle Farias Arrais, acompanhadas do soldado da PM Caio de Menezes Belo, lotado na Assessoria Militar da Alepa, à disposição do gabinete do Deputado Neil Duarte de Sousa, o coronel Neil. Algum tempo depois, o funcionário da da Marcus V. Arrais Representações Limitadas, Osvaldo de Nazaré Bezerra da Silva, foi abordado e revistado por uma guarnição da Polícia Militar, sob a justificativa de que estavam “cumprindo ordens”.

Inquirido sobre o episódio, Osvaldo de Nazaré Bezerra da Silva, funcionário da Marcus V. Arrais Representações Limitadas, confirmou que encontrava-se na agência da Pedreira do banco HSBC quando avistou as irmãs Isa Danielle Arrais de Sousa, esposa do coronel Neil, Manuelle Farias Arrais e Ana Gabrielle Farias Arrais, acompanhadas do soldado da PM Caio de Menezes Belo, lotado na Assessoria Militar da Alepa, à disposição do gabinete do deputado Neil Duarte de Sousa, o coronel Neil. Momentos depois, ele foi abordado por uma viatura da PM, comandada pelo sargento Varley Botelho dos Santos, tendo como patrulheiro o soldado José Clodoaldo de Oliveira Junior, pelos quais foi indagado se estava armado, o que o funcionário da Marcus V. Arrais Representações Limitadas negou. A despeito disso, o veículo de Osvaldo de Nazaré Bezerra da Silva foi revistado, sem que fosse encontrada nenhuma arma. Osvaldo de Nazaré Bezerra da Silva acrescenta que chegou a questionar a arbitrariedade, declarando que só permitiria a revista em uma delegacia de polícia, momento no qual interveio o soldado da PM Caio de Menezes Belo - lotado na Assessoria Militar da Alepa, à disposição do gabinete do deputado Neil Duarte de Sousa, o coronel Neil – pelo qual foi xingado de “moleque”. Subsequentemente, o sargento Varley Botelho dos Santos determinou que o soldado Caio de Menezes Belo se retirasse, liberando Osvaldo de Nazaré Bezerra da Silva, após submetê-lo a uma revista pessoal.

CORONEL NEIL – Desdém e versão graciosa

Convocados a depor, o deputado Neil Duarte de Sousa, o coronel Neil, assim como as irmãs da mulher do parlamentar, Manuelle Farias Arrais e Ana Gabrielle Farias Arrais, reagiram com desdém, ou seja, “não demonstraram interesse em colaborar com a elucidação dos fatos”, conforme a denúncia.

Já Isa Danielle Arrais de Sousa, a mulher do deputado Neil Duarte de Sousa, o coronel Neil, optou por oferecer uma versão graciosa. Por escrito, confirmou que realmente se encontrava na agência da Pedreira do HSBC a 5 de outubro de 2015, juntamente com suas irmãs, Manuelle Farias Arrais e Ana Gabrielle Farias Arrais, a fim de comunicar a morte do pai, Marcus Arrais, e requerer o extrato bancário deste. Negou, porém, ter visto, na agência, Osvaldo de Nazaré Bezerra da Silva, funcionário da Marcus V. Arrais Representações Limitadas, a despeito do mesmo ter sido inclusive insultado pelo soldado Caio de Menezes Belo - lotado na Assessoria Militar da Alepa, à disposição do gabinete do deputado Neil Duarte de Sousa, o coronel Neil, com o qual é casada -, pelo qual se fazia acompanhar, em horário no qual o PM deveria estar cumprindo seu expediente na Alepa.

CORONEL NEIL – A lambança do sargento Varley

O sargento Varley Botelho dos Santos, que juntamente com o soldado José Clodoaldo de Oliveira Junior coagiu e constrangeu Osvaldo de Nazaré Bezerra da Silva, funcionário da Marcus V. Arrais Representações Limitadas, também oferece um relato gracioso. Inquirido, o sargento Varley Botelho dos Santos alega que, a 5 de outubro de 2015, encontrava-se de serviço, no comando de uma viatura, juntamente com o soldado José Clodoaldo de Oliveira Junior, quando, ao trafegar em frente à agência do HSBC, teria sido abordado pelo major PM Franco, que encontrava-se à paisana e solicitou-lhe apoio para a abordagem de um suspeito de estar portando ilegalmente uma arma de fogo. O sargento, em sua versão, relata que após revistar o suspeito, a quem determinou que levantasse a camisa, tratou de liberá-lo, tendo avistado no local soldado Caio de Menezes Belo, lotado na Assessoria Militar da Alepa, à disposição do gabinete do deputado Neil Duarte de Sousa, o coronel Neil.

A respeito, o Ministério Público salienta que o sargento relata, no boletim de ocorrência, que o episódio decorreu de uma “denúncia anônima”, omitindo os fatos tal qual relatados quando inquirido, o que configura omissão dolosa. O promotor de Justiça Militar Armando Brasil também destaca que, “de forma bastante insólita”, o sargento Varley Botelho dos Santos não comunicou o ocorrido ao CIOP, o Centro de Operações Integradas, órgão que gerencia as ocorrências e o deslocamento de viaturas, “evitando assim que seus superiores hierárquicos tomassem conhecimento dos fatos”.

CORONEL NEIL – O cinismo do soldado Belo

A versão do soldado Caio de Menezes Belo, lotado na Assessoria Militar da Alepa, à disposição do gabinete do deputado Neil Duarte de Sousa, o coronel Neil, a respeito da coação a Osvaldo de Nazaré Bezerra da Silva, funcionário da Marcus V. Arrais Representações Limitadas, é um primor de cinismo. Inquirido, disse que sua tarefa era proteger o prédio da Alepa e, nos dias de folga, ficava à disposição de qualquer parlamentar. A 5 de outubro de 2015, disse, recebeu um telefonema do coronel Neil, pedindo-lhe que fosse buscar um documento com a esposa do parlamentar, Isa Danielle Arrais de Sousa, que se encontrava na agência da Pedreira do HSBC.

Ao chegar na agência bancária, segundo sua versão, o soldado teria feito contato com a esposa do coronel Neil, chegando a ver o major Franco. Ele nega qualquer contato com Osvaldo de Nazaré Bezerra da Silva, funcionário da Marcus V. Arrais Representações Limitadas, a despeito dos relatos em sentido contrário. “As afirmações do denunciado contradizem os documentos expedidos pelo Gabinete Militar da Alepa juntados as fls. 69/71. No ofício nº 041/Gab. Cmdº/GM/AL, o chefe do Gabinete Militar, Cel. PM. Fernando Noura, informa que o depoente encontra-se lotado no Gabinete Militar no apoio à segurança do deputado Neil Duarte de Sousa e não a qualquer parlamentar, como afirmou o denunciado”, observa o promotor de Justiça Militar Armando Brasil.

CORONEL NEIL – Soldado Júnior coonesta farsa

O soldado PM José Clodoaldo de Oliveira Junior, inquirido, evidenciou a cascata de contradições dos envolvidos na coação a Osvaldo de Nazaré Bezerra da Silva, funcionário da Marcus V. Arrais Representações Limitadas. Ele diz que acompanhava o sargento PM Varley Botelho dos Santos, na função de patrulheiro da viatura, quando um transeunte, a quem não reconhece, teria advertido que haveria um homem armado nas proximidades. Nisso, prossegue o soldado Júnior, ele teria avistado o major Franco, que reiterou o relato feito pelo desconhecido. Foi quando ambos, o sargento Santos e o soldado Júnior, teriam abordado o suspeito, Osvaldo de Nazaré Bezerra da Silva, liberado depois que foram dissipadas as suspeitas.

Na tentativa de oferecer um script palatável, soldado PM José Clodoaldo de Oliveira Junior afirma ter visto no local o soldado PM Caio de Menezes Belo, lotado na Assessoria Militar da Alepa, à disposição do gabinete do deputado Neil Duarte de Sousa, o coronel Neil. Na ocasião, arrematou, soube que a esposa do coronel Neil, Isa Danielle Arrais de Sousa, encontrava-se na agência do HSBC.

CORONEL NEIL – A desfaçatez do major Franco

O major PM Leonardo Franco Costa, o tal major Franco citado por diversos personagens do imbróglio, também cultiva a desfaçatez, com a clara preocupação de poupar o coronel Neil. Inquirido, ele declarou que passava pelas proximidades da agência no HSBC quando avistou uma abordagem a uma viatura da PM e se dirigiu à esposa do coronel Neil, Isa Danielle Arrais de Sousa, e uma irmã desta, Ana Gabrielle Farias Arrais, para saber se poderia ser útil, ocasião na qual viu o soldado PM Caio de Menezes Belo à paisana, trajando terno e gravata. Acrescentou que viu ainda no local o sargento PM Varley Botelho dos Santos, além de outro PM, cuja identidade desconhece.

O major PM Leonardo Franco Costa, o tal major Franco, sublinhou, a propósito do episódio da truculência da qual foi vítima Osvaldo de Nazaré Bezerra da Silva, funcionário da Marcus V. Arrais Representações Limitadas, que não foi avisado pelo coronel Neil que sua esposa e cunhadas encontravam-se no local.

CORONEL NEIL – A conclusão de Armando Brasil

Armando Brasil, promotor de Justiça Militar: denúncia esfarinha farsa.

Não poderia ser mais devastadora a conclusão do promotor de Justiça Militar, Armando Brasil, diante da farsa encenada na tentativa de mascarar a utilização da Polícia Militar para constranger e coagir desafetos do coronel Neil, que é também deputado estadual e candidato a prefeito de Ananindeua, e da esposa do parlamentar, Isa Danielle Arrais de Sousa. “Em razão dos fatos acima expostos, lastreados no conjunto probatório trazido à colação, há de se estranhar que a abordagem feita por uma guarnição da PM ao sr. Osvaldo Bezerra, funcionário da empresa Marcus Arrais Ltda, fora da agência do HSBC, tenha coincidido com a presença das sras. Isa Arrais de Sousa e suas irmãs Gabrielle e Manuelle, que estavam na mesma agencia, local dos fatos. Está comprovado Exa. que há um entrevero familiar entre a sra. Isa Arrais de Sousa, esposa do deputado Neil, e suas irmãs com a viúva de seu genitor Marcus Arrais, sra. Marcela Arrais, patroa do sr. Osvaldo Bezerra, razão pela qual há fortes indícios de que a sra. Isa e suas irmãs, por meio do deputado e cel. PM. R/R Neil Duarte de Sousa tenham comunicado falsamente a existência de crime de porte ilegal de armas ao acionar uma VTR da PM, valendo do prestígio de parlamentar com o objetivo de constranger o sr. Osvaldo Bezerra. Este tipo penal encontra-se transcrito no art. 340 do CPB”, fulmina o promotor.
“Não menos estranho também, Exa., porém acima de tudo ilegal, pautaram-se as condutas dos denunciados”, prossegue o promotor de Justiça Militar Armando Brasil. “O sgt. PM. Varley, como já explanado acima, omitiu dolosamente em documento público declaração de que ele devia constar, fato este que atentou contra a administração militar, bem como não comunicou a ocorrência em tela ao CIOP, objetivando preservar interesse pessoal. Por conseguinte, o denunciado infringiu os tipos penais previstos nos arts. 311 e 319 do Código Penal Militar”, salienta.
“O sd. PM. Caio de Menezes Belo encontrava-se no dia dos fatos fazendo a segurança da sra. Isa Arrais de Sousa de forma ilegal, atentando contra o disposto no art. 2º do decreto legislativo 29/954, o qual não prevê como missão do gabinete militar da Alepa segurança a familiares de parlamentares”, prossegue Armando Brasil. “Convém destacar também que não há notícias de que a esposa do deputado Neil Duarte de Sousa esteja sofrendo ameaças que lhe justificasse a extensão de proteção policial destinada aos membros do parlamento estadual por parte do Gabinete Militar da Alepa. Além disso, Exa., há de se destacar que o PM Belo ainda interferiu ilegalmente na ocorrência policial conduzida pelo sgt. PM. Varley e sd. PM. J. Junior, conforme descreveu o sr. Osvaldo Bezerra. Portanto, entendo que o sd.PM. Belo infringiu o disposto no art. 319 do Código Penal Militar”, conclui o promotor de Justiça Militar.

Com isso, o promotor de Justiça Armando Brasil requereu o recebimento da denúncia e notificação das vítimas e testemunhas, o que já fora acatado pelo juiz auditor militar, estando o processo em tramitação na Auditoria Militar do Estado. Quanto às falsas comunicações de crimes – art. 340 do Código Penal Brasileiro -, o promotor de Justiça Armando Brasil iria encaminhando à Polícia Civil pedido de abertura de inquérito policial, excluído o deputado Neil Duarte de Souza, o coronel Neil, beneficiado pelo foto privilegiado.

CORONEL NEIL – Celeuma em torno da vice

Alessandra Sá, ou Alessandra Souza Pereira, esposa do delegado
Éder Mauro e vice de Neil: suspeita de burlar a Justiça Eleitoral.

Além de estar envolvido no episódio da coação e constrangimento a Osvaldo de Nazaré Bezerra da Silva, funcionário da Marcus V. Arrais Representações Limitadas, na esteira de um contencioso familiar que inclui sua esposa, Isa Danielle Arrais de Sousa, e de ser réu em uma ação por improbidade administrativa,  o deputado estadual Neil Duarte de Sousa, o coronel PM Neil, também é suspeito de coonestar uma suposta farsa destinada a driblar a Justiça Eleitoral. Candidato a prefeito de Ananindeua pelo PSD, ele tem como vice a advogada Alessandra Sá, cuja real identidade seria Alessandra Souza Pereira. Alessandra Sá, ou Alessandra Souza Pereira, vem a ser esposa do delegado Éder Mauro, também deputado federal pelo PSD e candidato à Prefeitura de Belém.

A candidatura da mulher do deputado federal Éder Mauro, como vice do coronel Neil, suscitou a suspeita de que o casal esteja burlando a Justiça Eleitoral. Afinal, como explicar um casal com domicílios eleitorais distintos? Esta é a pergunta que não quer calar e que inclui o coronel PM Neil no epicentro de outro imbróglio, dessa vez envolvendo a Justiça Eleitoral.

LAVA JATO - A casa caiu!


MURAL – Queixas & Denúncias


ELEIÇÕES – “Confio na vitória e que a soberania popular não será fraudada”, declara, enfático, Edmilson Rodrigues


Edmilson Rodrigues: "Seguimos conscientizando os eleitores a
rejeitarem e denunciarem toda forma de corrupção eleitoral".
Líder das pesquisas de intenção de voto, o deputado federal Edmilson Rodrigues (PSOL) revela-se, previsivelmente, confiante na vitória na disputa pela Prefeitura de Belém, cacifado pela experiência acumulada em dois mandatos como prefeito da capital paraense, para os quais foi sucessivamente eleito em 1996 e 2000, quando ainda no PT, do qual foi militante histórico e dele se retirou na esteira do escândalo do mensalão. A despeito disso, ele não subestima as ameaças que representam o uso da máquina administrativa e a interferência do poder econômico, das quais foi vítima em 2012, quando no segundo turno acabou derrotado pelo atual prefeito, Zenaldo Coutinho (PSDB), candidato à reeleição e protagonista de uma administração caótica, sustentada pela propaganda enganosa. “Sobre o uso da máquina, como você ressalta, ela é capaz sim de influenciar no resultado da eleição. Por isso, seguimos conscientizando os eleitores a rejeitarem e também a denunciarem toda forma de corrupção eleitoral, pois R$ 50 reais no bolso hoje, não paga a vida do parente perdida por falta de atendimento de saúde, amanhã, ou mesmo a falta de iluminação pública que vá facilitar um assalto, por exemplo”, observa Edmilson, em entrevista ao Blog do Barata. Por isso seu otimismo. “Tenho confiança na vitória e que a soberania popular não será fraudada”, sublinha.
Ao clamor público diante da escalada da criminalidade em Belém, Edmilson responde com a promessa de criação de uma Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção da Violência. “Sabemos que a segurança pública é competência do estado, mas o município não pode se omitir. O meu primeiro ato administrativo será a criação da Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção da Violência. Vamos ampliar o efetivo da Guarda Municipal por meio da realização de concurso público e vamos implementar uma política municipal de segurança”, proclama. Sem esquecer de salientar suas prioridades, em matéria de saúde, educação e saneamento. “Destaco entre as pautas prioritárias, na saúde, o funcionamento 24 horas de uma unidade básica em cada distrito. Na educação, vamos implantar o tempo integral. No saneamento, vamos concluir a macrodrenagem do Tucunduba e da Estrada Nova, além de fazer a manutenção da macrodrenagem da Bacia do Uma”, acrescenta.
Seja porque encontra-se na zona de conforto, com as pesquisas de intenção de voto que apontam seu favoritismo, seja porque reviu suas idiossincrasias, o candidato do PSOL, hoje, revela-se a uma distância abissal do prefeito do passado, que mostrava-se irascível diante de questionamentos incômodos. Assim, por exemplo, indagado sobre a condenação por improbidade administrativa, em primeira instância, Edmilson reage com tranquilidade, embora limitando-se a respondê-la apenas parcialmente. Ao abordar a acusação de ter patrocinado a compra, feita sem licitação, de mais de 14 mil exemplares de livros, supostamente pagos sem ter sido entregues; e desvio de finalidade de verbas do FNDE, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, ele tenta justificar-se. “Sobre a inexigibilidade de licitação é permitida em determinadas situações. No caso, os livros foram adquiridos após análise técnica da Coordenadoria de Educação da Semec, tendo o respaldo da Carta de Exclusividade emitida pela Câmara Brasileira do Livro, CBL, órgão competente para atestar que uma obra intelectual não possui similaridade com outra”, afirma. “O TCU já firmou entendimento que é lícita a aquisição direta de livros, por inexigibilidade de licitação, quando feita junto a editoras que possuam contratos de exclusividade com os autores”, pondera. “A minha história não se confunde com a dos corruptos. Tenho plena confiança na Justiça e que a verdade vencerá”, acentua, na entrevista concedida ao Blog do Barata, que segue abaixo.

Embora despontando como favorito, segundo as pesquisas de intenção de voto, o senhor é candidato por um partido de parca densidade eleitoral, em uma coligação com legendas eleitoralmente inexpressivas. Na possibilidade de um segundo turno, o senhor não teme que o apoio das máquinas administrativas estadual e municipal ao seu eventual adversário – seja o delegado Éder Mauro, seja o prefeito Zenaldo Coutinho – possa favorecer o candidato do status quo, tal qual ocorreu em 2012?

O PSOL é um partido cada vez mais respeitado e em franca ascensão no país. Como se sabe, quantidade não significa necessariamente qualidade. A votação anual dos jornalistas setorizados no Senado Federal e na Câmara dos Deputados e também a votação aberta ao público na internet, promovidas pela revista Congresso em Foco, vem confirmando os parlamentares do PSOL como os melhores do Brasil, todos os anos. Assim como constam na lista dos "cabeças" do Congresso, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, o DIAP. Tenho muito orgulho de fazer parte de uma bancada corajosa, bem preparada e antenada com os principais anseios do povo brasileiro. Esse é o nosso maior patrimônio.
No que tange à coligação, fizemos as alianças possíveis para o momento eleitoral e que nos parecem relevantes sob o ponto de vista da representação no Congresso.
A coligação "Juntos pela Mudança" (PSOL, PDT, PV e PPL) reúne 31 deputados federais (6% do total de vagas dentre os 27 partidos com representação) e quatro senadores (4,9% das cadeiras dentre os 18 partidos com representação). Com todo esse esforço, entretanto, conseguimos pouco tempo de propaganda eleitoral gratuita, com apenas 42 segundos de televisão, por exemplo, já que a reforma eleitoral aprovada pelo notório Eduardo Cunha veio favorecer sobremaneira os partidos que se perpetuam no poder em detrimento dos novos e bons partidos, como o PSOL, que têm lutado por um país mais justo e democrático.
Sobre o uso da máquina, como você ressalta, ela é capaz sim de influenciar no resultado da eleição. Por isso, seguimos conscientizando os eleitores a rejeitarem e também a denunciarem toda forma de corrupção eleitoral. Pois, R$ 50 reais no bolso hoje, não paga a vida do parente perdida por falta de atendimento de saúde, amanhã, ou mesmo a falta de iluminação pública que vá facilitar um assalto, por exemplo. Tenho confiança na vitória e que a soberania popular não será fraudada.

O senhor acaba de ser condenado por improbidade administrativa, em uma sentença da qual ainda cabe recurso. Qual a sua versão, diante das denúncias feitas, que remontam à sua passagem pela Prefeitura de Belém: a compra, feita sem licitação, de mais de 14 mil exemplares de livros, pagos sem ter sido entregues; e desvio de finalidade de verbas do FNDE, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação?

Não há condenação transitada em julgado contra mim. A decisão de primeiro grau referida na sua pergunta já está com seus efeitos suspensos. Como se sabe, decisões judiciais estão sujeitas a erros. Causou estranheza uma decisão judicial divulgada a poucos dias do início da campanha eleitoral, ainda mais sobre supostas irregularidades de mais de 12 anos atrás.
Sobre a inexigibilidade de licitação é permitida em determinadas situações. No caso, os livros foram adquiridos após análise técnica da Coordenadoria de Educação da Semec, tendo o respaldo da Carta de Exclusividade emitida pela Câmara Brasileira do Livro, CBL, órgão competente para atestar que uma obra intelectual não possui similaridade com outra. O TCU já firmou entendimento que é lícita a aquisição direta de livros, por inexigibilidade de licitação, quando feita junto a editoras que possuam contratos de exclusividade com os autores para editoração e comercialização das obras (acórdão n.º 3.290/2011-plenário, TC-030.180/2010-4, relator ministro José Jorge, 7.12.2011).
Mesmo que não tendo diretamente conduzido a licitação ou realizado o controle de material da Semec, cumpri a obrigação de gestor ao adquirir os livros didáticos para os alunos da rede pública municipal. Não houve dolo ou má fé. A minha história não se confunde com a dos corruptos. Tenho plena confiança na Justiça e que a verdade vencerá.

"Não há condenação transitada
em julgado contra mim. O TCU já
firmou entendimento que é lícita
a aquisição direta de livros, por
inexigibilidade de licitação, quando
as editoras possuam contratos de
exclusividade com os autores.”

Embora dela ainda caiba recurso, essa sentença, no calor da campanha, sobretudo na eventualidade de um segundo turno e sob os desdobramentos do escândalo do petrolão, não poderá conspirar contra sua candidatura?

Não acredito, pois prevalecerá a vontade de mudança de cerca de 80% de nossa população e no apoio decidido que recebo todos os dias de pessoas das mais diversas profissões e segmentos sociais. Isso se reflete nas pesquisas realizadas por variados e respeitados institutos de pesquisa, que me apontam em primeiro lugar nas intenções de voto em Belém, sinalizam que nossas propostas têm recebido crescente apoio, como é o caso das unidades de saúde 24 horas em todos os distritos e a construção do Hospital Municipal Materno Infantil.

É natural que os vencedores governem com os seus. Tanto quanto é natural buscar a sustentação parlamentar cooptando setores da oposição, o que implica na partilha de cargos pelo Executivo. Se eleito, como o senhor pretende garantir o apoio dos seus aliados e dos vereadores em geral, para suas propostas de gestão, sem ceder à tentação do aparelhamento da administração municipal?

A aliança política tem como base o programa de governo que foi democraticamente construído pela sociedade de Belém. É em torno dessa proposta de mudança e de participação que devem se reunir todos aqueles dispostos a colaborar com um novo tempo para nossa capital. Nossas alianças serão pautadas dentro dos princípios da ética e do respeito com o erário, princípios estes que sempre nortearam a minha vida pública e também a privada. Quem me conhece, já sabe que o diálogo comigo sempre se dará nesses termos. Não há possibilidade de ser diferente.

“Destaco como prioritária, na saúde, o
o funcionamento 24 horas de uma unidade
em cada distrito. Na educação, vamos
implantar o tempo integral. No saneamento,
vamos concluir a macrodrenagem
do Tucunduba e da Estrada Nova, 
além de fazer a manutenção
da macrodrenagem da Bacia do Una.”

O senhor é novamente candidato à Prefeitura de Belém com propostas ousadas, que privilegiam a segurança pública, a educação e a saúde. Como o senhor pretende implementar suas propostas, diante da escassez de recursos, com a arrecadação municipal previsivelmente em queda, devido a conjuntura recessiva, em um município que muito depende do repasse de recursos da União e do estado, com o agravante de ter amargado três sucessivas administrações ruinosas?

É verdade que há muito trabalho a ser feito por Belém e que, obviamente, estaremos lutando contra as limitações orçamentárias. As nossas propostas serão implementadas ao longo dos próximos quatro anos. Teremos uma gestão transparente e participativa.
Destaco entre as pautas que considero prioritárias, na saúde, o funcionamento 24 horas de uma unidade básica de saúde em cada distrito; médicos, remédios e insumos em todas as unidades para garantir o atendimento à população; implantação do programa Saúde em Casa, que levará profissionais de saúde até às residências para o atendimento preventivo; e a construção do Hospital Municipal Materno Infantil. Na educação, vamos implantar gradualmente o tempo integral, com atividades de esporte, lazer, cultura e artes no turno alternativo ao curso regular; e implantar os Centros de Esporte em cada distrito, para estimular a prática de variadas modalidades esportivas a todos os segmentos sociais. No saneamento, vamos concluir, em cooperação com o estado, a macrodrenagem do Tucunduba e da Estrada Nova, além de fazer a manutenção da macrodrenagem da Bacia do Una, combatendo os pontos críticos de alagamento; e fazer um mutirão emergencial de coleta de lixo e de entulhos e implantação gradual da coleta seletiva.

Entre suas propostas de gestão figura a criação de uma secretaria municipal de segurança, para conter a escalada da violência, o problema que mais preocupa a população de Belém, conforme revelam as pesquisas de opinião. O que o senhor pretende fazer de prático, para pelo menos aplacar a escalada da criminalidade em Belém? Seus planos incluem o aumento do contingente da Guarda Municipal? O senhor pretende estabelecer alguma parceria com os governos estadual e federal? Cogita, por exemplo, solicitar o auxílio da Força Nacional de Segurança Pública?

Sabemos que a segurança pública é competência do estado, mas o município não pode se omitir. O meu primeiro ato administrativo será a criação da Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção da Violência. Vamos ampliar o efetivo da Guarda Municipal por meio da realização de concurso público e vamos implementar uma política municipal de segurança, cuja participação de especialistas, de representantes de outras esferas de poder (governos federal e estadual), da sociedade e dos representantes dos trabalhadores do setor estará garantida no conselho que vai avaliar e deliberar sobre essa política.
Sim, diante do atual descalabro não se pode descartar qualquer recurso, inclusive um eventual pedido de apoio da Força Nacional, se este for o consenso entre todas as esferas governamentais envolvidas. Mas não se resolverá a questão da segurança sem um forte investimento social. Isto é essencial nesse processo. Queremos dar oportunidade para adolescentes e jovens através de atividades de esporte, lazer e cultura nas escolas e nos centros de esporte, como citei anteriormente. Ainda, especificamente aos jovens, vamos garantir a oportunidade de trabalho com cursos de formação técnica e também capacitação e crédito para microempreendimentos.
Outro serviço simples, mas que vem sendo negligenciado, sobretudo nas periferias de Belém, é a iluminação pública, apesar do recolhimento regular da contribuição de iluminação pública. A iluminação pode contribuir para a redução da criminalidade. Faremos a manutenção adequada e ampliaremos esse serviço e iremos instalar, caso seja necessário, mais câmeras de monitoramento nas principais vias públicas e logradouros.

“Não se resolverá a questão da segurança
sem um forte investimento social. Vamos
implementar uma política municipal de
segurança, cuja participação de especialistas,
de outras esferas de poder, da sociedade
e dos representantes dos trabalhadores
do setor estará garantida.”

Belém, há muito, é uma cidade precariamente iluminada, sobretudo na periferia. Ao mesmo tempo, o volume dos recursos arrecadados com a taxa de iluminação e sua destinação tornou-se uma caixa-preta. Se eleito, o que o senhor pretende fazer a respeito?

Não só a ampliação e a melhoria da manutenção da iluminação pública, mas também da rede de câmeras de monitoramento nas ruas de Belém, são importantes para apoiar o combate à violência e que constam em meu programa de governo. Certamente, é inaceitável que um cidadão pague a contribuição de iluminação pública, mas não tenha o serviço na rua em que mora.
Com o amplo processo de participação social em cada distrito administrativo, vamos aproximar a administração municipal dos cidadãos elaborando os planos de bairro, que apontarão obras e serviços prioritários com participação popular, tais como serviços de manutenção da rede elétrica e de ruas, mas também assistência social, educação, saúde, coleta de entulho, manutenção de praças, canteiros e parques, conforme consta em nosso programa de governo.