Sobre as atuações dos ministros Ricardo Lewandowsk e Dias Toffoli no julgamento do mensalão, reveladoras do jaez
de ambos, o jornalista Guilherme Fiuza é devastador. “A cena dos dois ministros
teleguiados conchavando na corte pela causa petista, como super-heróis partidários
debaixo de suas capaz pretas, não deixa dúvidas: é a dupla Batman e Robin do
fisiologismo. Santa desfaçatez”, fulmina, na crônica “Batman e Robin no Supremo”.
“Os ministros do Supremo Tribunal Federal
Ricardo Lewandowsk e Dias Tofolli são a prova viva de que a
revolução companheira triunfará. Dois advogados medíocres, cultivados à sombra
do poder petista para chegar onde chegaram, eles ainda poderão render a Luiz
Inácio da Silva o Nobel de Química: possivelmente seja o primeiro caso
comprovado de juízes de laboratório”, prossegue o jornalista. “No julgamento do
mensalão, a atuação das duas criaturas do PT vem provar, ao vivo, que o Brasil
não precisa ter a menor inveja do chavismo”, ironiza.
Guilherme Fiuza
é tanto mais ácido ao comentar a acintosa suspeição escandalosamente ignorada
por Dias Toffoli. “Alguns inocentes chegaram a acreditar que Dias Toffoli se
declararia impedido de votar no processo do mensalão, por ter advogado para o
PT por anos a fio. Participar do julgamento seria muita cara de pau, dizia-se
nos bastidores. Ora, essa é justamente a especialidade da casa. Como é que um
sujeito que só chegou à corte suprema para obedecer a um partido iria, na hora H,
abandonar sua missão fisiológica?”, sublinha, demolidor, o jornalista.
“A desinibição do companheiro não é pouca.
Quando se deu o escândalo do mensalão, Dias Toffoli era nada menos que subchefe
da assessoria de José Dirceu na Casa Civil. Os empréstimos fictícios e
contratos-fantasmas pilotados por Marcos Valério, que segundo o processo eram
coordenados exatamente na Casa Civil, estavam portanto sob as barbas
bolivarianas de Dias Toffoli”, continua Guilherme Fiuza. “O ministro está
julgando um processo no qual poderia até ser réu”, acrescenta na crônica
reproduzida no livro “Não é a Mamãe – Para entender a era Dilma”.
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