Ninguém, em sã
consciência, por mais apaixonado que possa ser, desconhece que,
individualmente, o Paysandu tem, hoje, um time superior ao do arquirrival Remo.
Por isso, certamente, os remistas continuem saboreando a classificação do Leão
Azul para a decisão da Copa Verde, obtida diante do adversário histórico, em
circunstâncias atípicas, por conta do imponderável que alimenta a paixão pelo
futebol. Trata-se de uma euforia ilustrada pelo vídeo acima, que circula na
internet desde domingo, com a gozação azulina pelo fracasso daquele que era
apontado como o favorito no clássico que faz pulsar com intensidade a paixão
despertada por Remo e Paysandu. Um bom exemplo de como a paixão do torcedor
pode ficar circunscrita aos limites toleráveis da gozação ao adversário, condimento
que turbina a paixão clubística.
A edição do vídeo faz
rir os remistas e, no máximo, deixar levemente abespinhados os bicolores, até
porque a zoação, no universo do chamado esporte bretão, é rua de
mão dupla. E está a uma distância abissal de despertar a intolerância, a porta
de entrada da truculência, que nenhuma paixão futebolística justifica.
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