Helenilson Pontes com Fernando Yamada (à dir.): dobradinha eleitoral. |
Ex-vice-governador, cargo que exerceu no
segundo mandato do tucano Simão Jatene como governador, de 2011 a 2014,
Helenilson Cunha Pontes nasceu em 1972, em Santarém (PA), é advogado
tributarista e ostenta um currículo acadêmico respeitável. A despeito disso,
grande parte de produção de artigos foi publicada em jornais não científicos, o
que pouco agrega em matéria de curriculum
vitae lattes, como observa o jornalista Manuel Dutra, também natural de
Santarém, em seu blog, Jornalismo, Ciência,
Ambiente, em postagem de 16 de março de 2012, intitulada “O saber dos
nossos governantes”, que pode ser acessada pelo link abaixo:
Um
vice-governador discreto, Pontes chegou a ser cogitado como candidato ao
governo, na esteira da pantomina do governador Simão Jatene ao tratar da sua
sucessão, durante o segundo mandato, até assumir a candidatura à reeleição, conseguida
com acintosa utilização da máquina administrativa estadual e favorecida pela
fragilidade do seu principal adversário, o peemedebista Helder Barbalho, cuja
principal credencial é ser filho e pretenso herdeiro político do senador Jader
Barbalho, o morubixaba do PMDB no Pará. Como parte dos arranjos da tucanalha, a banda podre do PSDB, o
então vice-governador saiu candidato ao Senado, pelo PSD, tendo como um dos
suplentes o empresário Fernando Yamada, cuja biografia inclui também um
episódio traumático, de repercussão nacional e que, por seu status social no
Pará, causou perplexicidade: ele figurou dentre os donos de casas de câmbio
presos no Estado pela Polícia Federal, na esteira da Operação Farol da Colina.
Juntamente com Fernando Yamada foram presos também Marcos Marcelino, dono
também de consórcios de carros, caminhões e moradias, Gustavo Haber, Michel
Haber, Meg Haber, Elza Haber e José de Lima.
A
Operação Farol da Colina, na qual foi preso o empresário Fernando Yamada, o primeiro
suplente de Helenilson Pontes na disputa pelo Senado em 2014, fez parte das
investigações sobre o caso Banestado, que inclui mais de 100 inquéritos
policiais e a identificação de organizações criminosas responsáveis pela evasão
de cerca de US$ 24 bilhões em divisas. A evasão teria ocorrido por meio de
contas CC5, abastecidas por valores remetidos por pessoas físicas e jurídicas
de vários Estados, originalmente depositados em contas correntes tituladas por
laranjas, ou testas-de-ferro. Fernando Yamada teria recebido em suas contas,
monitoradas pela polícia, R$ 250 milhões entre 1999 e 2002 e transferido, no
mesmo período, R$ 130 milhões, segundo revelou, no seu Jornal
Pessoal, o jornalista Lúcio Flávio Pinto, em um
contraponto diante da cobertura da imprensa do Pará, acintosamente pífia.
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