O Sintepp, o Sindicatos dos Trabalhadores
em Educação Pública do Pará, deverá recorrer à Justiça, caso consumadas as
retaliações anunciadas pelo governo Simão Jatene, diante da paralisação dos
professores da rede estadual de ensino, em greve desde 25 de março – o corte do
ponto dos grevistas e a contratação de servidores temporários, para
substitui-los. Depois de recuar e admitir respeitar o limite de 220 horas de
aulas suplementares, conforme determina a lei, ao invés de suprimi-las
abruptamente, como originariamente pretendia, a administração Simão Jatene não
avançou no impasse do pagamento retroativo do piso salarial nacional, em vigor
desde 1º de janeiro deste ano, mas que desde então não é pago pelo governo, que
também aí desrespeita a lei e impõe, na prática, um atraso no pagamento de
salários. Como não foi decretada a abusividade da paralisação e há um recurso
impetrado contra a liminar determinando o retorno dois professores às salas de
aula, que soou graciosa porque amparada apenas na versão oferecida pelo governo
Simão Jatene e na contramão da Lei de Greve, o Sintepp irá recorrer à Justiça, se materializadas as ameaças vociferadas
pelo Palácio dos Despachos.
Na avaliação do próprio Sintepp, pelas
circunstâncias, o corte do ponto dos professores em greve seria flagrantemente arbitrário
e passível de ser revertido na Justiça. Sobre a contratação de temporários,
para além de atropelas o processo judicial, o entendimento é que se trata de um
factoide do governo, com o objetivo de tentar intimidar os grevistas. Como a
paralisação já alcança 113 municípios, de um total de 143, e a greve conta com
a adesão, estimativamente, de cerca de 90% da categoria, sequer haveria
disponibilidade de material humano para substituir os grevistas. “Podem até
pegar um punhado de laranjas, de inocentes
úteis, para tentar intimidar os trabalhadores em greve, sem conseguir, porém,
suprir a ausência deles”, avalia uma fonte do Blog do Barata, com conhecimento
de causa do modus operandi da tucanalha,
a banda podre do PSDB, da qual é ícone o governador Simão Jatene. “O que temos,
até aqui, são factoides, como parte da propaganda enganosa, ainda que o corte
do ponto possa ser consumado, considerando o desprezo pela lei e o desdém pela
Justiça por parte do governo Simão Jatene”, acrescenta a mesma fonte.
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