Reportando-se ainda ao mesmo ofício, o
advogado Walmir Brelaz observa: “Relata, ainda,
que ‘o governo do Estado, em contrapartida, informou que somente apresentaria
uma proposta de pagamento do PSPN a partir do mês de abril do ano em curso, o
que viola claramente a Lei Federal nº 11.738/2008’”. Nesse ofício, recorda
ainda o advogado, o Sintepp arremata esclarecendo: “Diante desses fatos, outra
alternativa não restou à categoria senão a deflagração da greve na rede pública
estadual de ensino. Na oportunidade, reafirma-se a disposição deste sindicato
para dar prosseguimento ao processo de negociação com o governo do Estado”.
Ao aludir ao ofício, Brelaz escancara a
balela da versão oficial, trombeteada na ação movida pelo governo Simão Jatene.
“Após a deflagração da
greve, o Estado agravado ingressou com a presente ação, argumentando, em
síntese (com base tomado do relatório da decisão agravada), que o agravado “tomou conhecimento que seria deflagrado movimento paredista pelo
requerido a partir de 25.03.2015, em reunião realizada pela Sead, Casa Civil, Seduc
e Sintepp, naquela mesma data, sendo portanto a greve deflagrada em meio a
processo de negociação, o que demonstraria flagrante violação ao art.3º da Lei
de Greve (Lei n.º 7.783/89)”, recorda. Ou seja, o governo Simão Jatene mentiu à
Justiça, ao alegar que foi surpreendido com a deflagração da greve no dia 25 de
março, quando na verdade foi previamente informado pelo Sintepp, a 20 de março,
da decisão dos professores da rede estadual de ensino sobre a paralisação,
efetivada somente cinco dias depois do ofício enviado pelo sindicato da
categoria.
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