Na ausência de propostas concretas por
parte do governo Simão Jatene – que assim repete a postura mantida em relação aos
docentes da rede estadual de ensino -, os professores da UEPA, a Universidade
do Estado do Pará, decidiram manter a greve deflagrada no dia 6 de abril. A
pauta de reivindicações dos grevistas inclui, prioritariamente, a injeção de
recursos na instituição, diante da brutal redução em investimentos e nas
despesas de custeio; revisão do PCCR, o Plano de Cargos, Carreira e
Remuneração, de 2006 e já defasado; realização de concurso público, para
admissão de professores e técnicos administrativos; e reposição das perdas
salariais, com base no piso nacional da categoria, como parâmetro para o
vencimento, sem incorporar gratificações, conforme decisão do STF, o Supremo
Tribunal Federal. A paralisação, com forte adesão dos campi do interior, tem o
massivo apoio dos alunos da UEPA.
Segundo o Sinduepa,o Sindicato dos Docentes
da Universidade do Estado do Pará, na UEPA, entre 2013 e 2015 a redução em
investimentos chegou a 89,34% e em despesas de custeio a 15,95%, o que agrava a
carência de professores e técnicos administrativos, tanto mais urgente diante
das demandas intrínsecas a interiorização da UEPA. Para além das perdas
salariais acumuladas em governos anteriores, a administração do governador
tucano Simão Jatene não concedeu o reajuste automático previsto em lei, em 1º
de abril, do que resulta a UEPA oferecer a menor remuneração aos docentes,
dentre as demais instituições de ensino superior estaduais.
O argumento inicial do governo, alegando
que o orçamento já estava definido, foi obviamente esfarinhado, diante da
reivindicação de que seja viabilizada uma suplementação orçamentária capaz de
manter a UEPA funcionando em condições minimamente viáveis. “Do contrário, a
instituição entrará fatalmente em colapso, como consequência mais imediata da
precarização do ensino e da inviabilização do trinômio inerente a suas
finalidades – a conjugação de ensino, pesquisa e extensão”, assinala uma das
lideranças da greve
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