Abaixo, a transcrição do
comunicado remetido, por e-mail, aos jornalistas da RBA, pela direção do grupo
de comunicação da família do senador Jader Barbalho:
Comunicado
aos jornalistas do Diário do Pará e DOL
Registramos a nossa
preocupação com o nível de agressividade e radicalismo de alguns jornalistas
que fazem parte da ampla minoria que tem participado das manifestações nas
entradas do prédio da RBA. Muitos desses sequer trabalham no Diário do Pará ou
no DOL e, seguramente, nada tem a perder. Já foram registrados casos de
agressões físicas e verbais a colegas, danos a veículos e bloqueios ao portão
da garagem. Todos esses atos são ilegais e serão motivos de ações penais e
trabalhistas que se fizerem necessárias. Essas atitudes ficaram registradas
pelas câmeras de segurança do prédio e mostram claramente a violência com que
alguns estão agindo. A violência e o radicalismo em nada constroem e são
frutos da falta de argumentos convincentes para atrair os que não apóiam a
manifestação. Pelo contrário, criam um clima de antagonismo desnecessário e
preocupante entre colegas. Os ataques com afirmações inverídicas contra as
empresas só trazem prejuízos a todos, sem distinção. Lamentamos esses atos.
A Direção da
RBA tem convivido democraticamente com as manifestações por serem um direito
constitucional. Entretanto, atos de violência e de vandalismo são ilegais e
demonstram o descontrole e a falta de preparo de profissionais que deveriam ser
os primeiros a evitá-los. Sem dúvida nenhuma, essas atitudes de alguns poucos
demonstram a crença de que a única maneira de conseguirem o que desejam é
através do uso da força e violência. Enquanto isso, a nossa resposta tem sido a
tolerância, o equilíbrio e a serenidade, mesmo diante de tantas inverdades,
agressões e radicalismo por parte dessa minoria.
Confirmando a
determinação da Direção em negociar, pela terceira vez em uma semana,
apresentamos uma proposta de acordo, que foi recusada ontem pelo sindicato. O
que temos visto até o momento nas reuniões que aconteceram entre representantes
do sindicato e das empresas são concessões de nossa parte sem a devida
contrapartida. Somente as empresas avançaram nas propostas de acordo.
Seguramente, a palavra negociar desapareceu do dicionário dos manifestantes que
só conhecem e admitem a palavra ceder. Desse modo, chegamos a uma impasse e
decidimos encaminhar o assunto para o Tribunal Regional do Trabalho, através do
ingresso do dissídio coletivo, que tem o poder legal de resolver a questão. Tal
medida, inevitavelmente, implicará num prolongamento da situação atual até que
venha a decisão judicial, mas não nos resta outra alternativa diante da
intransigência de alguns que, aliás, contrasta com o discurso que fazem.
Reiteramos a
nossa posição de trabalhar pela valorização cada vez maior dos jornalistas, mas
de uma forma gradual e responsável, considerando que temos muitos outros
compromissos que têm que ser honrados, não somente com colaboradores de outras
categorias, como também com fornecedores, manutenção, impostos, etc...
Para que não
restem dúvidas sobre os avanços nas posições das empresas, reproduzimos as
últimas propostas apresentadas ao sindicato, a seguir relacionadas:
- Reposição integral da inflação acumulada no período
2012-2013, pelo INPC.
- Elevação do piso da categoria para R$ 1.300,00, imediatamente,
num reajuste imediato de cerca de 30%, quase 5 vezes maior que a inflação
prevista para este ano.
- Elevação do piso da categoria para R$ 1.500,00 em
Abril/14, num novo reajuste de mais de 15%, quase o dobro da inflação prevista
para 2014.
- Acordo por dois anos ( até 2015), com a garantia da
manutenção das cláusulas e reajuste integral pelo INPC acumulado até
Abril/2014, para os que jornalistas que ganharem acima do piso.
- Concessão de coletes à prova de balas aos jornalistas que
fazem a cobertura policial.
- Manutenção de todas as cláusulas do acordo anterior.
- Garantia de emprego por 30 dias.
- Lamentamos que o radicalismo de alguns poucos tenha nos
levado a esse ponto e, mais uma vez, conclamamos aos que apóiam a manifestação
a retornarem ao trabalho imediatamente.
A Direção
Nenhum comentário :
Postar um comentário