quinta-feira, 19 de setembro de 2013

DIÁRIO DO PARÁ – Repercussão nacional da greve



        A greve dos jornalistas do jornal Diário do Pará e do DOL, o Diário Online - do grupo de comunicação da família do senador Jader Barbalho, o morubixaba do PMDB no Pará -, figurou no noticiário do portal Comunique-se, nesta última quarta-feira, 18, com direito a chamada, sob o título “JORNAL DE POLÍTICO – Redação do Diário do Pará entra em greve e critica senador proprietário do jornal”. A paralisação deverá ser deflagrada nesta sexta-feira, 20, e os jornalistas reivindicam melhores salários e condições de trabalho.
        Segue a transcrição, na íntegra, da matéria do portal Comunique-se, que também pode ser acessada pelo link abaixo:


Redação do Diário do Pará entra em greve e critica senador proprietário do jornal

Publicado em Quarta, 18 Setembro 2013 16:53
Escrito por Jacqueline Patrocinio

        Jornalistas do Diário do Pará e do Portal Diário Online decidiram parar suas atividades por tempo indeterminado em protesto por melhores condições de trabalho. A greve, que também reivindica piso salarial justo, será iniciada nesta sexta-feira, 20.
        Ao Comunique-se, o grupo revelou que vive em situação crítica, com sujeira e computadores insuficientes na redação. “Nós estamos buscando o apoio da imprensa nacional para chamar atenção para o caso. Cerca de 90% dos funcionários estão apoiando a causa”, disse um representante do movimento grevista, que pediu para que não fosse citado nominalmente nenhum integrante.
        Desde abril, o Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) tenta diálogo com a direção da Rede Brasil Amazônia de Comunicação (RBA), afiliada da Band, grupo do senador Jader Barbalho, presidente do PMDB-PA. A negociação visa cumprimento dos direitos trabalhistas, como pagamento de hora-extra.
        O Grupo RBA paga apenas R$ 1.000 brutos para repórteres, um dos salários mais baixos da categoria no Pará. Com descontos, a remuneração chega a R$ 800. Os funcionários denunciam que jornalistas são contratados ilegalmente, sem registro na carteira de trabalho.
        “Não deixaremos que a ameaça de demissão e o assédio moral voltem a calar qualquer um de nós”, afirma o grupo, em carta aberta. Os profissionais denunciam que à noite, próximo ao horário do fechamento, precisam revezar computadores porque não há nem mesmo onde sentar por falta de cadeiras e computadores suficientes.
        Na última semana, a produtora da TV RBA Cristiane Paiva, foi demitida após reproduzir no Facebook uma cópia de seu contra-cheque. A segunda demissão ocorreu logo em seguida. O repórter Leonardo Fernandes foi dispensado sem justificativa, tendo trabalhado cinco anos na empresa – dois deles sem carteira assinada.

        O assédio moral também já está se tornando mais visível no DOL, afirma o grupo. “Queremos que a família Barbalho entenda que o compromisso com a informação de qualidade não pode ser menosprezado e, com isso, se disponha a garantir um mínimo de condições decentes para que seus funcionários cumpram com sua função social de informar bem a nossa população”, finaliza o grupo. A reportagem tentou contato com a direção da empresa, que não se manifestou.

Um comentário :

Anônimo disse...

Pelos que patrocinam o site Comunique-se podemos medir a credibilidade.