sexta-feira, 27 de setembro de 2013

DIÁRIO – Blá-blá-blá, com sofismas e balelas



        Sofismas e balelas, que ao fim e ao cabo traduzem a intransigência dos Barbalho nas negociações salariais e o menosprezo que dedicam aos seus jornalistas. Esta é a conclusão na qual fatalmente se desemboca, diante do comunicado enviado por e-mail, pela direção da RBA, a Rede Brasil Amazônia de Comunicação, aos seus jornalistas. No comunicado fica evidente a intenção de criminalizar a greve dos jornalistas do jornal Diário do Pará e do DOL, o Diário Online, a pretexto das escaramuças ocorridas a quando da deflagração da paralisação, sexta-feira passada, 20, entre seguranças recrutados pela empresa e grevistas. Escaramuças que incluíram a agressão de um dos seguranças a uma jornalista, diretora do sindicato da categoria, em incidente que não tomou proporções imprevisíveis devido a interferência de Francisco Melo, diretor Financeiro da RBA, notabilizado pelo temperamento cordato e reconhecido como um interlocutor afável e de credibilidade.
        Nada é dito, no comunicado, sobre o assédio moral aos grevistas e a agressão que representaram as declarações públicas feitas pelo diretor-geral geral da RBA, Camilo Centeno, e pelo diretor de redação do Diário do Pará, permeadas por inverdades, na tentativa de desqualificar a greve. Centeno vociferou que a paralisação teria motivações políticas, visando atingir o senador Jader Barbalho, omitindo a remuneração vil e as condições de trabalho degradantes sob as quais é mantida a maioria dos jornalistas da RBA. Gerson Nogueira foi mais longe, ao declarar, com um cinismo de corar anêmico, que a média salarial dos jornalistas do grupo de comunicação dos Barbalho seria superior a R$ 2.600,00, superior a de  Salvador e Recife. Ele acabou desmoralizado por jornalistas em greve, que fizeram exibir, na página sobre a paralisação mantida no Facebook (cujo link é https://www.facebook.com/grevediarioedol?fref=ts ) os seus contracheques, anexando os respectivos crachás, para não deixar dúvida sobre a autenticidade das provas.

        A balela, no limite da calúnia e injúria, tem sido uma prática recorrente entre os Barbalho e seus prepostos. A demissão sem justa causa do jovem repórter Leonardo Fernandes, por exemplo, é justificada a partir da versão segundo a qual o jornalista teria, supostamente, ofendido a família do senador Jader Barbalho. Leonardo Fernandes, um jornalista reconhecidamente competente e sério, desmente categoricamente a versão, que não tem amparo em nenhuma prova documental ou testemunhal. Posteriormente, foi alegado que a demissão do jornalista decorreria de sua postura supostamente desidiosa, versão sepultada pelos e-mails do diretor de redação do Diário do Pará, Gerson Nogueira, elogiando Leonardo Fernandes.

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