Sofismas e balelas, que
ao fim e ao cabo traduzem a intransigência dos Barbalho nas negociações
salariais e o menosprezo que dedicam aos seus jornalistas. Esta é a conclusão
na qual fatalmente se desemboca, diante do comunicado enviado por e-mail, pela direção
da RBA, a Rede Brasil Amazônia de Comunicação, aos seus jornalistas. No comunicado
fica evidente a intenção de criminalizar a greve dos jornalistas do jornal Diário do Pará e do DOL, o Diário Online, a
pretexto das escaramuças ocorridas a quando da deflagração da paralisação,
sexta-feira passada, 20, entre seguranças recrutados pela empresa e grevistas.
Escaramuças que incluíram a agressão de um dos seguranças a uma jornalista,
diretora do sindicato da categoria, em incidente que não tomou proporções
imprevisíveis devido a interferência de Francisco Melo, diretor Financeiro da
RBA, notabilizado pelo temperamento cordato e reconhecido como um interlocutor
afável e de credibilidade.
Nada é dito, no
comunicado, sobre o assédio moral aos grevistas e a agressão que representaram
as declarações públicas feitas pelo diretor-geral geral da RBA, Camilo Centeno,
e pelo diretor de redação do Diário do
Pará, permeadas por inverdades, na tentativa de desqualificar a greve.
Centeno vociferou que a paralisação teria motivações políticas, visando atingir
o senador Jader Barbalho, omitindo a remuneração vil e as condições de trabalho
degradantes sob as quais é mantida a maioria dos jornalistas da RBA. Gerson
Nogueira foi mais longe, ao declarar, com um cinismo de corar anêmico, que a
média salarial dos jornalistas do grupo de comunicação dos Barbalho seria
superior a R$ 2.600,00, superior a de Salvador e Recife. Ele acabou desmoralizado por
jornalistas em greve, que fizeram exibir, na página sobre a paralisação mantida
no Facebook (cujo link é https://www.facebook.com/grevediarioedol?fref=ts ) os seus contracheques, anexando os respectivos crachás, para não
deixar dúvida sobre a autenticidade das provas.
A balela, no limite da
calúnia e injúria, tem sido uma prática recorrente entre os Barbalho e seus
prepostos. A demissão sem justa causa do jovem repórter Leonardo Fernandes, por
exemplo, é justificada a partir da versão segundo a qual o jornalista teria,
supostamente, ofendido a família do senador Jader Barbalho. Leonardo Fernandes,
um jornalista reconhecidamente competente e sério, desmente
categoricamente a versão, que não tem amparo em nenhuma prova documental ou
testemunhal. Posteriormente, foi alegado que a demissão do jornalista
decorreria de sua postura supostamente desidiosa, versão sepultada pelos e-mails
do diretor de redação do Diário do Pará,
Gerson Nogueira, elogiando Leonardo Fernandes.
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