domingo, 22 de setembro de 2013

DIÁRIO – Irreverência e denúncias no ato público

Grevistas na rua da Paz, ao lado do Bar do Parque.
Um dos oradores do ato público dos jornalistas.

Queima simbólica de exemplar do Diário.

Dança de grevistas: toque de irreverência.

        Em uma atmosfera de descontraída irreverência, mas pontuada por candentes denúncias sobre as degradantes condições de trabalho no grupo RBA, a Rede Brasil Amazônia de Comunicação, da família do senador Jader Barbalho, o morubixaba do PMDB no Pará, foi realizado na manhã deste domingo, 22, na Praça da República, o ato público dos jornalistas do Diário do Pará e do portal DOL, o Diário Online. Eles estão em greve desde sexta-feira, 20, por melhores salários e condições de trabalho, reivindicando, prioritariamente, um piso salarial de R$ 1.908,25, em contraposição ao atual salário inicial, de R$ 1 mil, um dos mais baixos do Pará. Os grevistas denunciam problemas crônicos como horas extras nunca pagas, computadores e cadeiras sucateados e em quantidade insuficiente, e falta até mesmo de água potável na copa e de papel higiênico nos banheiros.

        Com faixas e panfletos, os grevistas aproveitaram, a partir dos depoimentos de um vasto elenco de oradores, para esclarecer a população sobre as legítimas reivindicações dos jornalistas do Diário do Pará e do DOL e, naturalmente, denunciaram o pacto de silêncio da grande imprensa paraense sobre a paralisação. O ato público ainda incluiu uma queima simbólica de um exemplar do Diário do Pará, incinerado sob dança de uma parcela dos grevistas, no que expressou a descontraída irreverência que marcou o protesto, que se desenrolou sem nenhuma ofensa aos Barbalho. Na ocasião, os grevistas anunciaram para esta segunda-feira, a partir das 8 horas da manhã, uma nova manifestação diante do edifício-sede do grupo RBA, na avenida Almirante Barroso, em um novo protesto dos jornalistas do Diário do Pará e do DOL. Os jornalistas cobram do senador Jader Barbalho, o manda-chuva do grupo de comunicação da família Barbalho, a abertura de um canal de comunicação capaz de permitir uma efetiva negociação com os grevistas. A pauta mínima de reivindicações inclui, dentre as cláusulas pétreas, além de um piso salarial minimamente respeitável e estabilidade para os grevistas, a readmissão do repórter Leonardo Fernandes, um jovem jornalista, de reconhecida competência e seriedade, cuja demissão – sem justa causa – é atribuída a uma retaliação ao movimento.

Um comentário :

Anônimo disse...

como é que barbalhão deixa essas jornalistas gatas sem, o mínimo, a água pra beber??? que desalmado...