Igreja de São João: restauro e preservação. |
Erguida originalmente
em taipa e palha, quando foi inaugurada em 1622, a atual igreja de São João
Batista, construída no estilo tardo-barroco-italiano e cuja inauguração data de
1977, será reaberta nesta próxima quinta-feira, 3 de outubro, após obras de
restauro e conservação, iniciadas em fevereiro deste ano e cujo custo ficou em R$ 869.201,66. A reabertura da
igreja – que faz parte do acervo de obras monumentais que o arquiteto José
Antônio Landi legou a Belém – ocorrerá em ato previsto para as 19 horas de
quinta-feira e será prestigiada por Jurema Machado, presidente do Iphan, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, responsável pelas obras, e de dom Alberto
Taveira, arcebispo metropolitano. Localizado no bairro da Cidade Velha, o templo
foi tombado pelo Iphan, isoladamente, em 1941. Setenta e um ano depois, em 2012
a igreja foi tombada como parte do conjunto dos bairros Cidade Velha e Campina,
reconhecidos como patrimônio por seu valor arquitetônico, urbanístico e
paisagístico.
As
obras realizadas pelo Iphan e executadas pela construtora Link incluíram a restauração da cobertura com introdução de sub
cobertura, acessibilidade com adequação de banheiro, conservação de bancos,
pintura geral e restauração das pinturas parietais que constituem os retábulos mor e da nave. Pinturas parietais são
aquelas executadas sobre a parece; retábulos são as construções de madeira ou
pedra, em forma de painel e com lavores, na parte posterior dos altares e que
são geralmente decoradas com temas da história sagrada ou retratos de santos.
De
acordo com informações do próprio Iphan, repassadas pela Gaby Comunicação, prospecções pictóricas realizadas pelo instituto na
parede posterior da capela-mor, em 1988, confirmaram a existência das pinturas
parietais em perspectiva, mas apenas em 1996, com a abertura de novas
prospecções, foi possível constatar, sob seis camadas de pintura, o grau de
integridade do painel. “O nosso maior objetivo com essa obra é a conservação
das descobertas feitas neste período”, explica o arquiteto responsável pela
obra, Giovanni Blanco Sarquis, que contou, ainda, com os trabalhos do restaurador
João Velozo e das arquitetas Adma Santana e Dorotéa Lima, todos do Iphan.
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