Em
seguida, a transcrição, na íntegra, da matéria do portal Comunique-se, com as declarações de Camilo Centeno e que pode ser
acessada pelo link logo abaixo:
Diretor vê “motivações políticas” em greve
de jornalistas do Diário do Pará por melhores salários
Trabalhadores reunidos em frente à sede da
empresa; mobilização será mantida por tempo indeterminado (Imagem: Mídia Ninja).
Publicado em Sexta, 20 Setembro 2013 15:51
Escrito por Jacqueline Patrocinio
Jornalistas do Diário do Pará e do portal
Diário Online, da Rede Brasil Amazônia de Comunicação (RBA), pararam suas
atividades ao meio-dia desta sexta-feira, 20. Os profissionais fazem greve por
melhores condições de trabalho e piso salarial justo. A mobilização acontece em
Belém, em frente à sede do grupo de comunicação, cujo controle acionário
pertence ao senador Jader Barbalho, presidente do PMDB-PA.
Em contato com a reportagem do Comunique-se, o diretor-geral do Grupo
RBA, Camilo Centeno, afirmou que o jornal nunca deixou de repor as perdas
salariais da inflação. “Não devemos nenhum real aos mais de 800 funcionários.
Fizemos proposta de elevar o piso em 20%, mas não tivemos qualquer reposta do
Sindicato dos Jornalistas, que ainda não concluiu o Acordo Coletivo deste ano”.
Para o executivo, os profissionais estão
sofrendo pressões de agentes externos. “A greve tem motivações políticas. Estão
interessados em nos enfraquecer por enxergarem a ligação com o senador Jader
Barbalho”, afirmou. Centeno destacou o cenário de crise pelo qual vários
segmentos da economia brasileira passam, com destaque para os meios de
comunicação.
De acordo com informações dos
funcionários, o grupo RBA paga apenas R$ 1.000 brutos para repórteres, um dos
salários mais baixos da categoria no Pará. Com descontos, a remuneração chega a
R$ 800. Os jornalistas também denunciaram que precisam revezar computadores
porque não há equipamentos suficientes na redação.
Centeno assegura que a empresa está
disponível para negociações. “Vamos aguardar. Estamos e sempre estivemos abertos
a todos que nos procuram. Espero que profissionais reflitam e reconheçam que
não podemos firmar compromissos que comprometem nossa saúde financeira”, diz.
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