A manifestação de Fabrício Dias, como chefe do CPD da Alepa, merece não só registro, como também elogios. Embora tardio – porque presumivelmente dependia de autorização superior, no caso do próprio Manoel Pioneiro –, o esclarecimento sinaliza a preocupação em conferir transparência a um assunto que não pode, nem deve, ser tratado de outra forma. E que em nada desmerece o profissional certamente sério que presumivelmente é o atual chefe do CPD da Alepa.
Lamentavelmente, a postura de Fabrício Dias é habitualmente a exceção, não a regra, nas instâncias de poder no Pará – Executivo, Legislativo e Judiciário. Por um desvio de conduta institucionalizado, os eventuais inquilinos do poder resistem em entender que inexiste vilania na intenção de tirar a limpo os atos das autoridades públicas. Tirar a limpo os atos das autoridades públicas é um direito da sociedade. Em se tratando de jornalistas, trata-se de uma obrigação, por respeito aos contribuintes, eleitores e leitores.
A postura de Fabrício Dias serve de exemplo, em particular, aos que lhe são hierarquicamente superiores, no Palácio Cabanagem, recorrentes no menosprezo a explicações que devem ao conjunto da sociedade. E, sobretudo, aos contribuintes, que bancam os servidores públicos e dos quais, por isso, são patrões.
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