ALEPA – Pioneiro coonesta patifes e patifarias

A política, como bem sabemos, é a arte da conciliação. Mas nem por isso desobriga da dignidade. E porque assim é, ou pelo menos deveria ser, fica difícil, dificílimo, vislumbrar qualquer resquício de credibilidade no deputado tucano Manoel Pioneiro, o atual presidente da Alepa. Essa constatação não decorre de nenhum parti pris em relação a Pioneiro, mas da conclusão que permitem os fatos, a prática, como critério da verdade. Como se pode inferir, aliás, do episódio da exoneração e posterior nomeação de Jorge Moisés Caddah, emblemático do menosprezo de Pioneiro em relação a princípios éticos e a indispensável transparência, esta um dos pré-requisitos basilares do serviço público.

Diante dos antecedentes de Caddah, revela-se, sem retoques, o perfil de Manoel Pioneiro e o seu descaso para com algum resquício de zelo pela gestão pública. Fica claro que o atual presidente da Alepa tem compromisso, apenas e tão-somente, com as suas conveniências político-eleitorais. Preocupações ética, nem pensar! O importante é se dar bem. O povo, o contribuinte, o eleitor que se explodam! O que conta, mesmo, é ele se dar bem. E tanto é assim que não mais se vê Caddah pelo Palácio Cabanagem, após as ações judiciais ajuizadas pelo Ministério Público, nas quais ele figura como um dos réus. Mas, até onde foi possível rastrear, inexiste qualquer registro de que Caddah tenha sido defenestrado por Pioneiro. O que alimenta a suspeita de que o corrupto confesso seja, hoje, um dos ilustres fantasmas do Palácio Cabanagem, ganhando sem trabalhar, como lídimo representante da categoria de gigolô do contribuinte.