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Gilberto Martins, o procurador-geral reconduzido ao cargo: "A classe deu uma resposta a todos que tentaram manchar a imagem da instituição." |
O fortalecimento da instituição, com
melhorias das condições de trabalho das promotorias e procuradorias, inclusive
com a realização de concurso público para promotores de Justiça e servidores. Estes
são os compromissos de gestão do procurador-geral de Justiça, Gilberto Valente
Martins, 57, o primeiro promotor de Justiça a comandar o Ministério Público,
reconduzido ao cargo pelo governador Simão Jatene (PSDB), para um novo mandato
a ser iniciado em 17 de abril de 2019. Em um processo eleitoral tumultuado, na
esteira da judicialização da disputa, ele foi o mais votado da eleição da lista
tríplice, com 274 votos, seguido pelo promotor de Justiça José Maria Costa, com
250 votos, e pela procuradora de Justiça Cândida Nascimento, com 230 votos. Em
pleito que teve a participação de 97,69% dos 347
eleitores, entre 316 promotores de Justiça e 31 procuradores de Justiça, os
candidatos de oposição - prepostos de Marcos Antônio das Neves, o ex-procurador-geral, que por seu mandonismo desprovido de escrúpulos é conhecido como Napoleão de Hospício - tiveram votação pífia: a
promotora de Justiça Fábia de Melo-Furnier, a quarta-colocada, obteve 108
votos, e o procurador de Justiça Nelson Medrado, o quinto e último colocado,
vexatórios 52 votos.
Em entrevista ao Blog do Barata, Martins mantém o tom
sereno e elegante de praxe, a uma distância abissal da retórica revanchista,
apesar do tom abrasivo da disputa eleitoral, que teve um caráter plebiscitário
diante da tenaz oposição, condimentada por golpes baixos, que lhe foi movida
pelos procuradores de Justiça Marcos Antônio Neves, que o antecedeu no cargo, e
Nelson Medrado, o fiel escudeiro do ex-procurador-geral. Ele chegou a ser graciosamente
acusado por Neves de peculato, em um factoide que levianamente envolveu até sua
esposa, a arquiteta Ana Rosa Figueiredo Martins, servidora de carreira da
Prefeitura de Belém. A despeito dos lances de repulsiva baixaria, Martins entende
que a votação dos candidatos expressa o sentimento da maioria dos membros do
Ministério Público Estadual diante das eventuais ignomínias de quem lhe fez
oposição à margem de princípios éticos. “Internamente, a classe deu uma
expressiva resposta a todos aqueles que tentaram manchar a imagem de nossa
instituição, e reconheceu o trabalho que vem sendo desenvolvido nesse primeiro
mandato”, enfatiza. “A expressiva votação atribuída aos integrantes da lista
tríplice só demonstram que a classe não compactua com tal postura e acredita
nas propostas de trabalho da gestão iniciada em 2017”, reforça na entrevista ao
Blog do Barata.
Reconduzido
ao cargo de procurador-geral, após ser o mais votado da lista tríplice definida
em eleição com a participação de 97,69% dos membros do Ministério Público, como
o senhor avalia o tumultuado desenrolar do pleito?
De fato, um pequeno número de membros da instituição
tentou, sem sucesso, manchar o processo eleitoral interno no âmbito do
Ministério Público do Pará como tendo sido “tumultuado”.
O tumultuo se deu à medidas judiciais descabidas que tinham o único objetivo de
impedir a regular tramitação dos atos destinados à eleição para formação da
lista tríplice para o cargo de procurador-geral de Justiça, que nos exatos termos
da Lei Complementar Estadual nº 118/2018, deveriam ocorrer na primeira quinzena
do corrente mês de dezembro. No fim, em que pese toda a ação implementada, com
questionamentos no âmbito do CNMP [Conselho Nacional do Ministério Público] e
do Judiciário local, que tiveram que ser coibidas pelo Supremo Tribunal Federal
e pelo próprio Tribunal de Justiça do Pará, a eleição ocorreu de forma serena, tendo
obtido votação esmagadora com participação expressiva da classe, o que tornou a
vitória mais limpa, mais convincente e mais digna. Internamente, a classe deu
uma expressiva resposta a todos aqueles que tentaram manchar a imagem de nossa
instituição, e reconheceu o trabalho que vem sendo desenvolvido nesse primeiro
mandato.
Na
sua leitura, a judicialização do processo eleitoral, levada ao paroxismo, pode
reverberar negativamente na sua administração, ou o senhor acredita que a
votação que obteve e as decisões que lhe foram favoráveis em diversas
instâncias podem pacificar a atmosfera na qual submergiu o Ministério Público,
na esteira da eleição para definição da lista tríplice?
Como dito, a judicialização das questões
atinentes ao pleito interno partiu de um reduzido grupo de membros da instituição.
A expressiva votação atribuída aos integrantes da lista tríplice só demonstram
que a classe não compactua com tal postura e acredita nas propostas de trabalho
da gestão iniciada em 2017.
“A eleição ocorreu de forma serena,
tendo obtido votação esmagadora,
com participação expressiva da classe,
o que tornou a vitória mais limpa,
mais convincente e mais digna.”
De
que forma o Ministério Público pode restaurar sua imagem de fiscal da lei, após
vê-la tisnada por uma disputa eleitoral que incluiu, por vezes, acusações
torpes, embora carentes de provas fáticas, como no episódio envolvendo sua
esposa?
Somente a continuidade do trabalho
desenvolvido nesses últimos 20 meses é que poderá restabelecer a imagem da instituição
que foi levianamente manchada nesse episódio. Tenho certeza que as acusações de
cunho pessoal, sobretudo as que citam minha esposa, hão de ser apuradas e
esclarecidas, posto que lançadas com o peso da ambição daqueles que deveriam
primar pelo zelo nas suas funções.
Como
o senhor administra as graves acusações das quais foi alvo, uma das quais
envolveu inclusive sua esposa, e o que pretende fazer diante delas?
De certo, cabe a minha própria esposa
esclarecer os referidos fatos e adotar as medidas, inclusive judiciais, que
julgar necessárias para tanto. Meu nome foi envolvido, numa manobra sombria,
visando, exclusivamente, atribuir-me uma pecha
que nunca me alcançou em mais de 20 anos de Ministério Público.
“Nosso objetivo é dar continuidade
ao trabalho que vem sendo realizado,
fruto da exitosa integração entre diferentes
gerações que constroem e aprimoram
permanentemente o Ministério Público.”
Como
o tom abrasivo que permeou a sucessão no Ministério Público impediu o debate de
propostas, cabe a pergunta: quais os seus compromissos de gestão neste seu segundo
mandato como procurador-geral?
Nosso objetivo é dar continuidade ao
trabalho que vem sendo realizado, fruto da exitosa integração entre diferentes
gerações que constroem e aprimoram permanentemente o Ministério Público do Pará,
bem como do conhecimento acumulado, ao longo de nossa atuação institucional no
interior e na capital. Nesse sentido, continuaremos a defender as nossas
prerrogativas e garantias, primando pelo fortalecimento do Colégio de
Procuradores de Justiça e do Conselho Superior do Ministério Público; buscaremos
implementar, respeitando nossos limites financeiro-orçamentário, melhorias na
estrutura física e estrutural das promotorias e procuradorias de Justiça,
inclusive com a realização de concurso público para promotor de Justiça e servidores.
7 comentários :
Depois da tempestade vem a bonanca. Agora vao aposentar uma medica so por que ela e filha de uma antiga, e poe antiga nisso, procuradora geral, mesmo que ele nao tenha o tempo suficiente mas como possui vaga no novo govervo e o seu chefe quer ficar de boa com o Governador ela vai ganhar uma antecipacao da sua aposentadoria.
Após o vendaval de brigas e disputas parece que a paz reina no pais das maravilhas. Porém vem o preço dos acertos. Para ocupar uma vaga no governo atual, uma médica do MPE será aposentada a toque de caixa mesmo não tendo o tempo necessário e contando acumuladamente. Infelizmente é um resquício da influência que reina no Parquet, pois a médica é filha de ma antiga procuradora geral. Pode Herodes?
Fiquem de olho no contrato da gol Rh , cuidado Dr. Gilberto , os dois diretores q perderam o prazo da licitação querem lhe arrastar com eles
Esse Chefe é segundo informes é parente do Secretário Municipal de Saúde que todos os meses está contratando servidores com Concurso em andamento e ninguém faz nada
Explicado pq esse rapaz não sai do Drh, pq ele é bem fraquinho
Muito bem, o Brasil virou um pais do faz de conta. Por exemplo, no MP o PGJ pratica nepotismo com sua cunhada Renata Martins que apesar de pertencer a outro orgao ela que e nivel medio foi cedida para o MPE com onus e bonus de nivel superior, e manda e desmanda usando as credenciais do cunhado. Trata com indelicadeza os funcionarios mas isto so acontece por que ele tem carta branca. E naopara por ai,mais uma sobrinha vive sobre o albergue do Procurador, a Fernanda Amorim, sobrinha da sua esposa. O dia que estas coisas mudarem, eu acreditarei na existencia de justica.
Concurso so de nivel medio né? Há indicios de que is cargos de nivel superior serao transformados em cargos em comissão. É o fim
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