segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

MPE – Depois de aviltar o debate e a disputa eleitoral, Neves busca desesperadamente a sobrevida política

Neves: sob vasto leque de denúncias, busca desesperada pela sobrevida
política via candidaturas de Nelson Medrado e Fábia de Melo-Founier.


Apontado como “um personagem despido de escrúpulos”, o ex-procurador-geral de Justiça Marcos Antônio Ferreira das Neves chega a eleição do MPE, o Ministério Público Estadual, buscando desesperadamente a sobrevida política, alternativa capaz de blindá-lo diante das graves acusações as quais responde nas ações judiciais nas quais é réu, que vão de improbidade administrativa a falsidade ideológica, passando por prevaricação. Para tanto, ele se vale de prepostos, apostando nas candidaturas do procurador de Justiça Nelson Medrado e da promotora de Justiça Fábia Melo-Founier, sem abdicar dos golpes, baixos, como evidenciou ao disparar a graciosa acusação de peculato contra o atual procurador-geral Gilberto Martins, que postula a reeleição. Martins, diga-se, é protagonista de uma gestão à margem de escândalos, um contraponto a administração de Neves, pontuada por denúncias de corrupção e tráfico de influência. A acusação de peculato, esgrimida por Neves, revela-se, a piori, insustentável, com o agravante de ter o efeito de um bumerangue, ao provocar indignação, por envolver levianamente a esposa de Martins, a arquiteta Ana Rosa Figueiredo Martins, servidora de carreira da Prefeitura de Belém.
Além do silêncio cúmplice diante das baixarias do seu avalista eleitoral, o que compromete a credibilidade de ambos, também teve um efeito devastador para as candidaturas de Nelson Medrado e Fábia de Melo-Founier, e por extensão para as pretensões de Neves, a decisão do ministro Edson Fachin, do STF, o Supremo Tribunal Federal, sepultando a polêmica liminar do conselheiro Luciano Nunes Maia Freire, do CNMP, o Conselho Nacional do Ministério Público, que suspendia a eleição para definição da lista tríplice para procurador-geral de Justiça. A liminar, interpretada como resultado de um conluio da oposição com o MDB, via promotor de Justiça Armando Brasil, servia ao objetivo de transferir a escolha do procurador-geral para o governador eleito, o emedebista Helder Barbalho, que teria assumido o compromisso de nomear um nome da oposição.

Nenhum comentário :