Neves: voluntarismo de Napoleão de Hospício no rumoroso episódio de falsidade ideológica. |
Marcos Antônio Ferreira das Neves enfrenta
o constrangimento de ser réu em ação
penal ajuizada pelo Ministério Público Estadual, por falsidade ideológica,
juntamente com Ricardo André Otoni Vieira, amigo pessoal, advogado e sócio do
ex-procurador-geral, em cujo gabinete prossegue abrigado. O imbróglio é
ilustrativo do sentimento de impunidade que move o ex-procurador-geral, cujo
voluntarismo rendeu-lhe a alcunha de Napoleão
de Hospício. Na ação, Neves é acusado de coonestar uma declaração
falsa de Vieira, quando procurador-geral de Justiça. Conforme a denúncia
oferecida, na contramão do que determina o Regime
Jurídico Único dos Servidores Públicos do Estado do Pará, Neves
patrocinou a nomeação de André Ricardo Otoni Vieira, a despeito deste ser
sócio-gerente e administrador em uma das suas empresas. Vieira é acusado de
falsidade ideológica, ao omitir a condição de sócio-administrador na empresa Rota 391 Comércio Varejista de Combustíveis
Automotores e Serviços Ltda (CNPJ nº 07.580.024/0001-06), da qual era
proprietário justamente Neves.
Ao cumprir as formalidades para a nomeação,
André Ricardo Otoni Vieira declarou não participar
da gerência ou administração de empresas privadas, de sociedade civil ou de
comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário, nos termos
do que dispõe o Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos do Estado do
Pará, a Lei nº 5.810/94, em seu artigo 178, incisos VII e IX. Com base em
certidões obtidas na Junta Comercial do Estado do Pará (Jucepa), em 17 de
novembro de 2014 o Blog do Barata revelou
que André Ricardo Otoni Vieira era sócio de Marcos Antônio Ferreira das Neves na
empresa Rota 391 Comércio Varejista de Combustíveis Automotores e Serviços Ltda
(CNPJ Nº 07.580.024/0001-06). Com o agravante de figurar como
sócio-administrador, o que o impediria de ser nomeado assessor do
procurador-geral de Justiça. Em uma de suas interinidades, o
ex-procurador-geral de Justiça Manoel Santino Nascimento Júnior, decano do
colégio de procuradores, exonerou Vieira, que Marcos Antônio Ferreira das
Neves, posteriormente, voltou a nomear assessor e que hoje vive abrigado no
gabinete do ex-procurador-geral de Justiça agora réu em ação ajuizada pelo MPE,
por ser cúmplice do sócio, que atuou também como seu advogado, mesmo estando
impedido pela lei de fazê-lo.
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