Neves (à dir.) tendo ao lado Medrado: obsessão em anular a eleição da lista tríplice, após a votação que traduziu a rejeição a ambos no MP. |
A intenção inocultável com a judicialização
da sucessão do Ministério Público, transformada em obsessão pelos procuradores
de Justiça Marcos Antônio Ferreira das Neves e Nelson Medrado, é transferir do
atual governador, Simão Jatene (PSDB), para o governador eleito, Helder
Barbalho (MDB), a nomeação do procurador-geral de Justiça. Helder Barbalho
teria assumido o compromisso de nomear um nome da oposição, o que explicaria a
pretensão de Neves e Medrado de conseguirem a anulação da eleição que definiu a lista
tríplice, formada pelos promotores de Justiça Gilberto Valente Martins e José
Maria Costa Júnior, além da procuradora de Justiça Cândida Nascimento, com 274,
250 e 230 votos, respectivamente, de um total de 347 votantes, entre 316
promotores de Justiça e 31 procuradores de Justiça. Fragorosamente derrotados
no voto, Neves e Medrado apostam agora todas as suas fichas no golpe, ignorando
a vontade soberana da maioria maciça dos membros do Ministério Público, pela
qual foram rejeitados.
“É o Napoleão
de Hospício sendo Napoleão de
Hospício”, ironiza uma fonte do Ministério Público, ao comentar o golpismo
em curso, orquestrado por Neves e Medrado, com uma sucessão de recursos que
configuram a litigância de má-fé. Por isso, as críticas, às vezes contundentes,
hoje se estendem a Medrado, que de fiel escudeiro, sob o álibi de uma amizade
de mais de 20 anos, passa a ser tratado por seus críticos no MPE como
“pau-mandado” de Neves, este descrito por desafetos como “uma pessoa inescrupulosa,
com um quê de gângster de subúrbio”. “Eles denigrem a imagem da instituição,
coagem colegas reconhecidamente honestos com acusações graciosas, tratam com
leviandade a honra alheia, desdenham da Justiça, tudo na clara intenção de
instalar um clima de terror e, com isso, subjugar o Ministério Público,
intimidando quem a eles se oponha”, desabafa outra fonte.
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