Nelson Medrado,
recorde-se, é o fiel escudeiro do ex-procurador-geral de Justiça Marcos Antônio
Ferreira das Neves, o Napoleão de
Hospício, assim conhecido por seu mandonismo despido de escrúpulos. Neves
foi protagonista de uma gestão pontuada por denúncias de corrupção e tráfico de
influência, sendo réu em ações criminais por falsidade ideológica e
prevaricação, além de ser também réu em ação civil por improbidade
administrativa, ajuizada quando ainda era procurador-geral. Após servir de boy
qualificado do atual governador, o tucano Simão Jatene, ele tornou-se inimigo
figadal do seu patrono político, após não conseguir fazer seu sucessor. A
partir daí, juntamente com Medrado, Neves aproximou-se do MDB, através do
promotor de Justiça Militar Armando Brasil, de notórios vínculos com a família
Barbalho.
Medrado ganhou notoriedade ao investigar as falcatruas da Alepa, a Assembleia Legislativa do Pará, mas viu sua imagem de xerife da moralidade pública esfarinha-se no rastro da postura silente que manteve diante das falcatruas que pontuaram a gestão de Marcos Antônio Ferreira das Neves como procurador-geral, do qual, além de amigo, tornou-se aliado incondicional. "O que o [Nelson] Medrado
e o [Marcos Antônio das] Neves querem, ao fim e ao cabo, é, via TJ [Tribunal de
Justiça do Pará], rever a decisão do ministro [Edson] Fachin [do STF, que
garantiu a realização da eleição], utilizando como álibi o sistema de votação”,
resume uma fonte do Ministério Público Estadual.
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