Medrado: recurso ao Colégio de Procuradores no qual reproduz mandado de segurança impetrado. |
Nesta segunda-feira, 10, o Colégio de
Procuradores do MPE, o Ministério Público Estadual, decidirá sobre o recurso administrativo
do procurador de Justiça Nelson Medrado que, à semelhança do mandado de
segurança por ele impetrado no Tribunal de Justiça do Pará, questiona a
eleição da lista tríplice a partir da qual será nomeado o procurador-geral de
Justiça, a pretexto da ilegalidade na adoção do sistema de votação eletrônico.
A lista tríplice foi definida em eleição com a participação de 95% dos 347 eleitores
habilitados ao exercício do voto, no maior comparecimento já registrado no MPE.
A lista tríplice é constituída pelos promotores
de Justiça Gilberto Martins, com 274 votos, e José Maria Costa, com 250 votos,
além da procuradora de Justiça Cândida Nascimento, com 230 votos,
contabilizados ainda um voto nulo e um em branco. Os candidatos de oposição
registraram votação pífia: a promotora de Justiça Fábia de Melo-Furnier, a
quarta-colocada, obteve 108 votos, e Medrado, o quinto e último colocado,
vexatórios 52 votos.
O objetivo do recurso administrativo de
Nelson Medrado complementa o recurso administrativo do procurador de Justiça
Marcos Antônio Ferreira das Neves, ex-procurador-geral, rejeitado na
quarta-feira, 5, pelo conselheiro Luciano Nunes Maia Freire, do CNMP, Conselho
Nacional do Ministério Público, que é juiz do Tribunal de Justiça do Ceará. Medrado vem a ser o fiel escudeiro de Neves,
que à frente do Ministério Público do Pará protagonizou uma gestão pontuada por
suspeitas de corrupção e tráfico de influência. Também conhecido como Napoleão de Hospício, por seu mandonismo
despido de escrúpulos, Neves é réu em ações criminais por falsidade ideológica,
por coonestar uma falsa declaração de André Ricardo Otoni Vieira, o sócio que
ele nomeou assessor, e prevaricação, por utilizar PMs do Gabinete Militar do
MPE para fazer a segurança de suas empresas e da própria mulher, Lauricéia
Barros Ayres, serviço que a preço de mercado custaria em torno de R$ 100 mil.
Ele também é réu em ação civil por improbidade administrativa, por nomear
assessor, na contramão da lei, André Ricardo Otoni Vieira, sócio-administrador
de suas empresas, além de advogado e amigo pessoal.
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