sábado, 8 de dezembro de 2018

MPE – Colégio de Procuradores examina recurso de Nelson Medrado e CNMP rejeita recurso de Neves

Medrado: recurso ao Colégio de Procuradores no
qual reproduz mandado de segurança impetrado.


Nesta segunda-feira, 10, o Colégio de Procuradores do MPE, o Ministério Público Estadual, decidirá sobre o recurso administrativo do procurador de Justiça Nelson Medrado que, à semelhança do mandado de segurança por ele impetrado no Tribunal de Justiça do Pará, questiona a eleição da lista tríplice a partir da qual será nomeado o procurador-geral de Justiça, a pretexto da ilegalidade na adoção do sistema de votação eletrônico. A lista tríplice foi definida em eleição com a participação de 95% dos 347 eleitores habilitados ao exercício do voto, no maior comparecimento já registrado no MPE. A lista tríplice é constituída pelos promotores de Justiça Gilberto Martins, com 274 votos, e José Maria Costa, com 250 votos, além da procuradora de Justiça Cândida Nascimento, com 230 votos, contabilizados ainda um voto nulo e um em branco. Os candidatos de oposição registraram votação pífia: a promotora de Justiça Fábia de Melo-Furnier, a quarta-colocada, obteve 108 votos, e Medrado, o quinto e último colocado, vexatórios 52 votos.
O objetivo do recurso administrativo de Nelson Medrado complementa o recurso administrativo do procurador de Justiça Marcos Antônio Ferreira das Neves, ex-procurador-geral, rejeitado na quarta-feira, 5, pelo conselheiro Luciano Nunes Maia Freire, do CNMP, Conselho Nacional do Ministério Público, que é juiz do Tribunal de Justiça do Ceará. Medrado vem a ser o fiel escudeiro de Neves, que à frente do Ministério Público do Pará protagonizou uma gestão pontuada por suspeitas de corrupção e tráfico de influência. Também conhecido como Napoleão de Hospício, por seu mandonismo despido de escrúpulos, Neves é réu em ações criminais por falsidade ideológica, por coonestar uma falsa declaração de André Ricardo Otoni Vieira, o sócio que ele nomeou assessor, e prevaricação, por utilizar PMs do Gabinete Militar do MPE para fazer a segurança de suas empresas e da própria mulher, Lauricéia Barros Ayres, serviço que a preço de mercado custaria em torno de R$ 100 mil. Ele também é réu em ação civil por improbidade administrativa, por nomear assessor, na contramão da lei, André Ricardo Otoni Vieira, sócio-administrador de suas empresas, além de advogado e amigo pessoal.

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