Nelson Medrado: votação pífia e recalcitrância em respeitar o resultado da eleição que teve a participação de 95% dos eleitores do MP Estadual. |
A votação que definiu a lista tríplice dos
candidatos a procurador-geral do Ministério Público Estadual teve o
comparecimento de 95% dos eleitores, o maior percentual de votantes já
registrado em eleições no MPE, o que legitima, de forma incontestável, a
eleição dos promotores de Justiça Gilberto Martins, com 274 votos, e José Maria
Costa, com 250 votos, além da procuradora de Justiça Cândida Nascimento, com
230 votos, contabilizados ainda um voto nulo e um em branco. Do total de 347
votantes – somados os 316 promotores de Justiça aos 31 procuradores de Justiça
- , exerceram o direito ao voto 331 eleitores. Deixaram de votar 16 eleitores,
o que representa 4,61% dos votantes.
Os números da eleição para a definição da
lista tríplice, da qual será pinçado o procurador-geral de Justiça, são
eloquentes e falam por si, fazendo soar a golpismo o mandado de segurança impetrado pelo procurador de Justiça Nelson Medrado pretendendo anular o pleito. E também explicam a explosão de euforia da qual foi palco o
auditório do Ministério Público, a quando da proclamação do resultado da
eleição, inusitada para o padrão habitual dos circunstantes, habitualmente
contido e que não costumam exteriorizar desabridamente suas preferências. O
episódio apenas corroborou a rejeição de parcela majoritária do Ministério
Público a tudo que representam o ex-procurador-geral Marcos Antônio Ferreira
das Neves e seus candidatos, a promotora de Justiça Fábia de Melo-Furnier, a quarta-colocada, com 108 votos, e o procurador
de Justiça Nelson Medrado, o quinto e último colocado, com vexatórios 52 votos.
Contabilizados os votos,
definida a lista tríplice, esperava-se um gesto de elegância, pelo menos de
Medrado, já que Neves se notabiliza desde sempre pela falta de verniz, da qual
é irmã siamesa a ausência de escrúpulos que ostenta, um desvio de caráter que
exacerbou ao ser defenestrado do poder. Ledo engano, porém. Como Neves, por
osmose Medrado tornou-se um ghost
movido pelo ressentimento, incapaz de acatar, com a dignidade que seu passado
poderia sugerir, o fim de um ciclo, que ele próprio contribuiu para abreviar,
ao coonestar, com seu silêncio cúmplice, os malfeitos, éticos e legais, daquele
de quem tornou-se fiel escudeiro.
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