ALEPA – Sabino enquadrado na Lei Maria da Penha

Celso Sabino: ignominioso episódio de violência contra a ex-mulher.

O que esperar de um parlamentar processado com base na Lei Maria da Penha, por agredir a ex-mulher? Esta é a pergunta que não quer calar, diante do ignominioso episódio de violência doméstica protagonizado pelo deputado Celso Sabino de Oliveira (PSDB), em um escândalo devidamente abafado para não prejudicá-lo nas eleições de 2014, quando enfim conquistou o mandato parlamentar que não conseguira em 2010. Ele é filho do influente empresário Cipriano Sabino de Oliveira e irmão do ex-deputado Cipriano Sabino de Oliveira Júnior, conselheiro e ex-presidente do TCE, o Tribunal de Contas do Estado do Pará, cuja falta de pudores éticos fez a ele aderir a alcunha de Cipriano Sabido. Um típico mauricinho, Celso Sabino, sua identidade parlamentar, é auditor fiscal de carreira da Sefa, a Secretaria de Estado da Fazenda, e ficou conhecido, pelo temperamento impulsivo, como Menino Maluquinho.

Ocorrida em junho de 2014, a agressão de Celso Sabino a ex-mulher, Fabiana Pereira Sabino de Oliveira, não só coloca em xeque a postura ética, de respeito a lei, que se espera de um deputado, como esfarinha a imagem simpática exibida, para consumo externo, pelo parlamentar tucano. A revelação do escândalo, diga-se logo, está longe de se constituir em invasão de privacidade, porque não só existe uma ação judicial, como porque o episódio envolve uma personalidade pública. Na época suplente de deputado, Celso Sabino, no segundo mandato como governador do tucano Simão Jatene, de 2011 a 2014, foi catapultado para a Seter, a Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego e Renda. Depois, migrou da Seter para a Alepa, a Assembleia Legislativa do Pará, assumindo uma cadeira no Palácio Cabanagem, em vaga aberta na esteira de arranjos políticos. Enfim eleito deputado em 2014, ele reforça o prestígio político dos Sabino de Oliveira, ao lado do irmão, Cipriano Sabino de Oliveira Júnior, que cumpriu sucessivos mandatos parlamentares, antes de tornar-se conselheiro do TCE, do qual já foi inclusive presidente.