Em lugar das mudanças com as quais acenou
como candidato, ao tornar-se presidente do Remo Pedro Minowa protagonizou uma
sucessão de escândalos, o mais vistoso dos quais a venda de Rony ao Cruzeiro
(MG), em transação na qual, inexplicavelmente, doou 100% dos direitos
econômicos sobre o jogador, que seriam do clube, ao empresário do atacante,
Hércules Júnior. Na versão que varre os bastidores, mas carece de provas,
Minowa teria sido coagido a abdicar dos direitos econômicos do jogador na
esteira de uma chantagem, perpetrada a partir de uma gravação comprometedora
para o cartola azulino. A transação, recorde-se,
foi consumada sem nenhuma consulta à Diretoria Jurídica do Remo. Não por acaso,
os três integrantes do Conselho de Futebol – André Cavalcante, Carlos Gama e
Heitor Freitas – fizeram contundente críticas ao atual presidente, de corpo
presente, na reunião do Condel que decidiu pelo afastamento temporário de
Minowa, por este revertido, valendo-se de uma liminar obtida na Justiça.
Depois disso, na
primeira partida da decisão da Copa Verde, contra o Cuiabá, em Belém, o público
abrigado no Mangueirão foi estimada pela Polícia Militar em 50 mil pessoas, mas
o borderô apontou pouco mais de 34 mil pessoas. O prejuízo do Remo, com a
evasão de renda, foi estimado em R$ 450 mil pelo ex-diretor de Segurança,
coronel Dario, em denúncia formalizada junto ao Condel, na qual responsabilizou
diretamente Minowa pelo ocorrido. De acordo com o ex-diretor de Segurança,
Minowa determinou a troca da empresa que confeccionava os ingressos por outra,
mesmo tendo conhecimento da ausência dos itens de segurança no produto
oferecido pela nova contratada.
Dentre as decisões de Minowa lesivas ao
Remo é citado o rompimento unilateral do contrato com a Acesso Mais
Tecnologia Ltda, em presa de Goiânia, expondo o clube ao ônus de uma multa
rescisória de R$ 500 mil. Uma decisão discutível, sucedida pela assinatura de
contrato com a Conexxus, empresa que tem como representante em Belém um
certo Eduardo Guizzo. Consta ainda, em denúncias encaminhadas ao Condel, que
Minowa, na administração da Nação Azul, rompeu contrato com a empresa M Cubo
Soluções Ltda, a qual o Remo pagava 7,5% dos recursos apurados, substituída
pela Espaço Vip Assessoria em Comunicação Ltda, empresa que embolsará 30% do
clube e cujo representante em Belém também é o tal Eduardo Guizzo. Chegou ainda ao
conhecimento do Condel que os pagamentos dos associados da Nação Azul, em
cartão de crédito, eram feitos na conta pessoal do indefectível Eduardo Guizzo.
2 comentários :
Cê explicou quase tudo Barata...
Faltou dizer que a empresa que administrava o Nação Azul e era de propriedade desse tal de Eduardo Guizo, era fantasma.
Verdade. Faltou só esse "detalhe".
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