Custódio: carente de credibilidade, após o desmentido dos jogadores. |
Mas no imbróglio sobre o destino de Pedro
Minowa, há um nó por desatar. Pelo estatuto remista, na possibilidade de
destituição do presidente, o sucessor natural é o vice-presidente, Henrique
Custódio, que se licenciou do cargo por seis meses, alegando sentir-se alijado por
Minowa. Sua posição, porém, não é exatamente confortável. A comissão designada para
apurar as irregularidades denunciadas propõe, em seu relatório, uma vexatória
advertência, por escrito, a Custódio e Fábio Bentes, ao lado da desmoralizante suspensão, por
180 dias, de Minowa e Zeca Pirão,
este ex-presidente, e de 60 dias a Cláudio Jorge, ex-diretor-geral. Mas, se a
eventual sanção sofrida não ultrapassar o limite da advertência por escrito,
inexiste qualquer obstáculo legal que impeça Custódio de tornar-se presidente,
se Minowa for defenestrado. Como a questão não é só legal, mas também ética,
a opção pelo vice-presidente soa fatalmente temerária.
Se for advertido, falece autoridade moral
em Custódio para comandar um clube da tradição do Remo, com o agravante da
agremiação se encontrar em situação de insolvência financeira, o que exige
dirigentes com um mínimo de credibilidade. Mesmo se passar incólume pelo crivo
do Condel, conspira ainda contra ele um episódio constrangedor, que esfarinhou
irremediavelmente sua credibilidade. Às vésperas da partida decisiva contra o
Paysandu, pela Copa Verde, após
anunciar à imprensa que os salários dos jogadores azulinos tinham sido pagos, Custódio foi categoricamente desmentido pelos próprios atletas, que para tanto
convocaram uma coletiva, com a presença do técnico Cacaio.
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