Pedro Minowa: gestão desastrosa que ameaça a sobrevivência do Remo. |
É a sobrevivência do Clube do Remo, uma
instituição centenária do futebol paraense e brasileiro, ou o início do fim,
com a permanência de Pedro Minowa como presidente, em gestão cuja inércia,
ausência de transparência e falta de credibilidade agravaram a crise financeira
herdada de administrações passadas, daí resultando uma situação de virtual
insolvência. Este é o cenário sob o qual o Condel, o Conselho Deliberativo do
Leão Azul, se reúne na noite desta segunda-feira, 22, para decidir sobre a
destituição, ou não, do atual presidente, Pedro Minowa, protagonista de uma
gestão calamitosa, pontuada por episódios nebulosos, jamais esclarecidos, e
recorrentes suspeitas de corrupção. É emblemática, da extensão da crise – que é
não só financeira, mas também de credibilidade –, a postura de um sólido
empresário, que se dispõe a colaborar com o Remo, desde que a devida aplicação dos
recursos eventualmente injetados no clube seja monitorada pelo ex-presidente
e grande benemérito Ubirajara Salgado. Um respeitado médico, Salgado é um dos
cardeais azulinos, compondo o seleto elenco de lideranças históricas do clube
remista, com cuja história recente seu nome se confunde. A situação é desoladora
para um clube de massas, que tem uma das maiores torcidas da Amazônia, no
rastro da paixão despertada pelo futebol.
Uma alternativa contemplada no relatório da comissão encarregada de apurar as denúncias de irregularidades na atual administração do Remo, a destituição de Minowa, diga-se logo, não
é tarefa fácil. A proposta nesse sentido precisa ser aprovada pelo Condel e
referendada pelo Assembleia Geral, pelo voto de dois terços dos associados em
dia, além dos sócios remidos. Seja como for, dissemina-se, com a rapidez de
fogo em rastilho de pólvora, a convicção de que a determinação de Minowa em se
manter como presidente representa, para o Remo, ficar à mercê do abraço do
afogado que, no desespero, leva junto para a morte quem tenta salvá-lo. Diante
da inépcia do atual presidente, mantê-lo no cargo significará a sentença de
morte para o Remo, diante da extensão da crise e da incapacidade da atual
administração em aplacá-la, avaliam fontes do próprio Condel, ouvidas pelo Blog do Barata. Essas fontes convergem para a avaliação de
que, por isso, no âmbito do Conselho Deliberativo, a atmosfera entre os
conselheiros é predominantemente adversa a Minowa. O desgaste da atual
administração, acentuam ainda essas fontes, é imensurável, diante da sucessão
de trapalhadas, no limite da improbidade, sem que o atual presidente e sua entourage revelem efetivo empenho em
buscar alternativas para a crise insolúvel na qual submergiu o Remo. Depois da intervenção
branca dos cardeais do clube, às vésperas do clássico contra o arquirrival
Paysandu, pelo jogo de volta da semifinal da Copa Verde, quando foi atualizado
o pagamento dos salários até meados de abril, os jogadores e funcionários
remistas não voltaram a ver a cor do dinheiro. Daí o recente boicote dos
jogadores aos treinos, como protesto pela falta de pagamento dos salários, e o
desapreço pelo clube por parte dos seus funcionários, traduzido na desídia que
tem como combustível o desalento de quem acumula contas a pagar porque não
recebe o que lhe é divido. “A situação é insustentável”, resume uma respeitada
liderança remista, em off. “É o Clube do Remo ou Pedro Minowa!”, acrescenta,
enfático, o que permite entrever o clima de polarização que medra com vigor no
Condel.
Um comentário :
Tem que tirar esse irresponsável e inescrupuloso dito "presidente". Japonês desonesto e mentiroso! Sem vergonha e totalmente despreparado!
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