terça-feira, 30 de junho de 2015

PSM – Zenaldo, entre o cinismo e a balela compulsiva

Zenaldo Coutinho: cinismo recorrente e balelas no horário nobre da TV.

Como um lanceiro vulgar, que mesmo flagrado alega inocência, em seu recorrente cinismo o prefeito tucano Zenaldo Coutinho foi à televisão nesta segunda-feira, 29, em sucessivas inserções, inclusive no horário nobre, para tentar justificar o colapso da saúde pública em Belém e a tragédia anunciada que foi o incêndio no Pronto-Socorro Municipal Mário Pinotti, o PSM da travessa 14 de Março. Candidato natural à reeleição, preliminarmente Zenaldo agride o decoro ao promover a pilhagem ao erário para protagonizar um claro proselitismo eleitoral antecipado, ao anunciar providências que deveria ter tomado tão logo aboletou-se no Palácio Antônio Lemos. Naquela altura ele obviamente já tinha conhecimento do caótico legado de seu antecessor e aliado político, o ex-prefeito Duciomar Costa (PTB), o nefasto Dudu, mas apostou na prestidigitação midiática, via propaganda enganosa. Daí sucedeu-se uma administração pontuada por evidências de corrupção e repulsivamente indiferente ao clamor popular.
Pior, muito pior, nas inserções publicitárias – que ele não teve a decência de caracterizar como tal -, foi Zenaldo pretender terceirizar prerrogativas intransferíveis, ao atribuir ao governo federal a responsabilidade pelo caos da saúde pública em Belém. E sugerir como alternativa a parceria com o governo Simão Jatene, que sequer cumpre com suas responsabilidades, como ilustram o sucateamento da segurança pública, a precarização da rede estadual de ensino e o abandono doloso da saúde pública no Pará, em uma política da terra arrasada, cujo colorário são índices sociais pífios. O prefeito tucano de Belém, porém, não parou por aí. Com o cinismo dos meliantes, ele ainda se permitiu desfilar uma avalanche de balelas, levando suas mentiras ao paroxismo, por exemplo, quando afirmou ter mandado consertar os elevadores do PSM da 14 de Março, na contramão do que denunciam, há muito, médicos, enfermeiros e demais funcionários do Pronto-Socorro Municipal e ecoa o noticiário da grande imprensa paraense.

Mas o quem esperar de um vagabundo profissional, travestido de político, que jamais teve um mísero emprego e fez carreira, e acumulando um respeitável patrimônio, como gigolô do erário? Nada, absolutamente nada, que é o que oferece a Belém Zenaldo, emblematicamente alcunhado de Zenada. No máximo, no máximo, o prefeito tucano proporciona a lição segundo a qual a cidade necessita – e com urgência – de muito mais do que o aparente bom-tom. Até porque a fantasia de bom ladrão não mais ilude o eleitor. A prática, que é efetivamente o critério da verdade, nos ensina que, como no caso do escorpião da fábula, é da natureza do larápio o malfeito e a patranha.

3 comentários :

Anônimo disse...

Não duraram 24 horas a ira apoplética do grupo Liberal sobre o prefeito Zenaldo em relação à saúde em Belém. Bastou apenas um domingo de verão. Na segunda feira quando todos voltaram aos trabalhos, principalmente bancos e agências de publicidade, para que a tormenta desaparecesse e tudo retornasse à calmaria. Como num passe de mágica a “reprimenda” do domingo foi revogada e as inserções na TV, nas rádios e no jornal apareceram massivamente. Usual no comércio dizer o patrão ao funcionário: quem sempre manda é o freguês, afinal de contas é ele quem paga a conta.

Anônimo disse...

Há bastante tempo o jornal ligado e parceiro dos tucanos, é a tábua de salvação do prefeito de Belém e do governo do Estado. Quando acontece um mal feito, eles rapidamente correm para as redações do grupo onde são “entrevistados” e começam inserções de “explicações” de “justificativas” sobre os assuntos em pauta. O povo passa a ser apenas, um leitor, um espectador ou um telespectador das baboseiras explicadas. Quem sempre ganha com isto é o grupo de comunicações que fatura em muito e de várias maneiras.

Anônimo disse...

Somente um escriba muito bem pago pelo governo do Estado como aluguel do que escreve é capaz de acreditar em histórias da Carochina e como tal repassa-a ao público. Acreditar que logo após o incêndio do PSM da 14, o Zenaldo pediu ajuda financeira ao governo federal e não a recebeu, é apenas exercitar a bajulação não gratuita. Pensar que somos tolos, que apenas através de um telefonema a União imediatamente faria um depósito na conta da prefeitura de Belém, é abusar de nossa inteligência que não é paga nem pelo governo estadual e nem pelo municipal.