terça-feira, 30 de junho de 2015

TJ – Hiato na impunidade dos bandidos togados

Rosileide Filomeno: impunidade que tisna a credibilidade da Justiça.

A prisão da desembargadora aposentada Ana Tereza Sereni Murrieta representa um saudável hiato na rotina de impunidade que blinda os bandidos togados do TJ do Pará, cuja atmosfera de licenciosidade moral e ética o transformou em uma casa de tolerância sem prostitutas. Nada mais ilustrativo dessa rotina de impunidade que a juíza Rosileide Filomeno, diante das comprometedoras evidências que tisnam a credibilidade da magistrada, que em 31 de janeiro de 2007 julgou improcedente a ação popular sobre o contrato travestido de convênio entre a Funtelpa, a Fundações de Telecomunicações do Pará, e a TV Liberal, afiliada da TV Globo, além de excluir do processo o ex-governador Almir Gabriel. O simulacro de convênio, recorde-se, é aquele pelo qual a Funtelpa cedida sua rede de repetidoras para a TV Liberal levar sua programação ao interior do Pará e ainda era obrigada a pagar um aluguel à emissora do grupo de comunicação da família Maiorana, de estreitos e notórios vínculos com a tucanalha, a banda podre do PSDB. O contrato travestido de convênio foi celebrado ainda no primeiro mandato do ex-governador tucano Almir Gabriel e rendeu aos Maiorana R$ 37 milhões ao longo de 10 anos, em valores ainda por atualizar. O último pagamento foi de R$ 467 mil, em valores da época. Diante da ruptura do simulacro de convênio, pelo governo da petista Ana Júlia Carepa, os irmãos Maiorana ingressaram na Justiça com uma ação reivindicando uma indenização de mais de R$ 3 milhões, em valor a ser também atualizada, a pretexto de suposta “manutenção” feita nas repetidoras da Funtelpa.

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