Getúlio, que se recusava a admitir a deposição, já tivera sua posição antecipada pelo jornal Última Hora. “Só morto sairei do Catete”, proclamara, irredutível, em uma declaração que serviu de manchete à edição de 24 de agosto de 1954 do Última Hora, jornal identificado com o getulismo e que revolucionou a imprensa brasileira, inclusive elevando o padrão salarial dos jornalistas, o que também atraiu o ódio dos barões da comunicação de então. Para a edição extra, sobre o suicídio de Getúlio, Samuel Wainer optou por repetir a manchete da edição do dia 24, “Só morto sairei do Catete”, acrescentando acima dela o antetítulo: “Ele cumpriu a promessa” (foto).
Longe de um blefe, como se viu, tratava-se de uma decisão inarredável. Getúlio cumpriu o que prometera ao dar um tiro no coração, em seu quarto no Palácio do Catete, no Rio, na época a capital do Brasil. O gesto desesperado e dramático embutiu uma dignidade pessoal comovente, que deixou aparvalhados todos aqueles que até a véspera combatiam Getúlio.
Longe de um blefe, como se viu, tratava-se de uma decisão inarredável. Getúlio cumpriu o que prometera ao dar um tiro no coração, em seu quarto no Palácio do Catete, no Rio, na época a capital do Brasil. O gesto desesperado e dramático embutiu uma dignidade pessoal comovente, que deixou aparvalhados todos aqueles que até a véspera combatiam Getúlio.
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