Impressiona, na candidatura de Juvenil, o que ela traduz subliminarmente, ao evidenciar o desdém do ex-governador Jader Barbalho (foto) não só em relação ao eleitor, mas também com o que há de mais louvável em sua biografia política, que é o seu apreço pela ordem democrática. Goste-se ou não, é impossível esquecer, desconhecer ou enterrar como indigente o inegável empenho do ex-governador, hoje deputado federal e candidato ao Senado, com o restabelecimento da democracia no Brasil.
As novas gerações, que usufruem do bônus da democracia, desconhecem os percalços e incertezas que permearam o processo de restabelecimento da ordem democrática, deflagrado pela “abertura lenta, gradual e segura” do governo do general Ernesto Geisel, em um tenso jogo de pressões e contra-pressões. Um processo, recorde-se, que se desdobrou com a anistia ampla, geral e irrestrita materializada pelo general João Batista Figueiredo, o último dos presidentes do regime dos generais, e o resgate de eleições livres e diretas para governador, em 1982. Um processo que culminou com a vitória de Tancredo Neves no colégio eleitoral, em 1985, quando o ex-presidente derrotou o ex-governador paulista Paulo Maluf, o candidato da ditadura militar, já nos seus estertores. Mas que só veio a se consolidar, sepultando o temor de uma nova intervenção da caserna na vida política, com a eleição como presidente, em 1989, de Fernando Collor, defenestrado do Palácio do Planalto por corrupção, via impeachment, em um processo doloroso, mas que serviu para consolidar a democracia brasileira. Além de atualizar a agenda econômica, com a abertura da economia, Collor teve também o mérito de extinguir o tenebroso SNI, o Serviço Nacional de Informação, ícone da intolerância da ditadura militar.
As novas gerações, que usufruem do bônus da democracia, desconhecem os percalços e incertezas que permearam o processo de restabelecimento da ordem democrática, deflagrado pela “abertura lenta, gradual e segura” do governo do general Ernesto Geisel, em um tenso jogo de pressões e contra-pressões. Um processo, recorde-se, que se desdobrou com a anistia ampla, geral e irrestrita materializada pelo general João Batista Figueiredo, o último dos presidentes do regime dos generais, e o resgate de eleições livres e diretas para governador, em 1982. Um processo que culminou com a vitória de Tancredo Neves no colégio eleitoral, em 1985, quando o ex-presidente derrotou o ex-governador paulista Paulo Maluf, o candidato da ditadura militar, já nos seus estertores. Mas que só veio a se consolidar, sepultando o temor de uma nova intervenção da caserna na vida política, com a eleição como presidente, em 1989, de Fernando Collor, defenestrado do Palácio do Planalto por corrupção, via impeachment, em um processo doloroso, mas que serviu para consolidar a democracia brasileira. Além de atualizar a agenda econômica, com a abertura da economia, Collor teve também o mérito de extinguir o tenebroso SNI, o Serviço Nacional de Informação, ícone da intolerância da ditadura militar.
Um comentário :
PERPLEXIDADE! Bem a perplexidade é o sentimento que me aflige de uma forma pesada ao ler tal artigo, escrito pelo até então Perfeito Blogueiro Barata. Meu caro e ainda admirável escritor,você fala sobre uma participação efetiva do ex governador no processo de abertura do Sistema político social e econômico do País, transcorrido nos últimos 30 anos; período que se dá pelo que sabe de 1981/82 em diante, onde pelo que se pode levantar também, o atual Deputado Federal não aparece em momento algum que marque as lutas pelo reestabelecimento do Sistema Democrático nesta Nação. O que é público e muito notório, é a escalada incontrolável de uma carreira política extremamente permeada de improbidades e ilicitos de toda ordem, clientelista como ninguém, nepotista atávico, expoliador da coisa pública,caracterizado por práticas eleitorais sem nominação coronelistas pode-se afirmar. Então como, caro Barata, como alguém com toda essa trajetória aviltada por tanta falta de compromisso com a sobrevivência e os caminhos do povo dessa terra pode receber a fama de defensor do proceso de reabertura da Democracia, como?
Postar um comentário