
Wainer acrescenta, em seu testemunho sobre aquele trágico 24 de agosto de 1954, que depois de uma parada diante do Última Hora, em uma espécie de endosso à linha editorial do jornal, a manifestação prosseguiu, com a massa quebrando os símbolos do antigetulismo e procurando Carlos Lacerda, que teve de esconder-se e, mais tarde, refugiar-se por algum tempo no exterior. “O único (jornal) a circular foi o Última Hora, que vendeu quase 800 mil exemplares”, recordou em suas memórias Wainer. “A oficina não parou de trabalhar. Foram 20 horas rodando sucessivas edições. O povo sequer esperava que os exemplares chegassem às bancas – arrancava-os dos caminhões distribuidores, ávidos por notícias sobre a tragédia”, relembrou.
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