Diante da cruel realidade com a qual nos defrontamos, escancarada pelas CPIs da Pedofilia do Senado e da própria Alepa, a Assembléia Legislativa do Pará, soa a escárnio a farsa da indignação provinciana, a pretexto do folhetim do horário nobre da TV Globo, “Passione”, relacionar o Pará a exploração sexual de menores. O mote, para o mise-en-scène de inspiração claramente eleitoreira, foi o capítulo da telenovela exibida na noite de segunda-feira, 13, pela TV Liberal, afiliada da TV Globo no Estado, mostrar uma cafetina vendendo a um fazendeiro do Pará a neta, Kelly, adolescente e virginal, interpretada pela jovem atriz Carol Macedo (foto, contracenando com Daisy Lúcidi, esta no papel da avó cafetina).
A farsa da pretensa indignação, encenada da tribuna do Palácio Cabanagem, não resiste, sequer, a uma tímida auditoria. O que merece repúdio não é exatamente a passagem da trama de Silvio de Abreu que colocou o Pará novamente em triste evidência. Repúdio merece, sim, mas é o silêncio cúmplice dos representantes do status quo face, por exemplo, a miséria histórica na qual patina o grosso da população do Marajó, um tradicional reduto de fazendeiros, a maioria indiferente aos índices sociais pífios. É a miséria secular dos nativos que torna a região terreno fértil para a exploração sexual de mulheres e menores.
No capítulo desta terça-feira, 14, Kelly, a adolescente virginal, conseguiu se desvencilhar do pau-mandado do fazendeiro pedófilo. Ao qual, para sorte da jovem personagem, faltou a truculência dos seguranças do Ronaldo Maiorana. Eles, jamais, perderiam a viagem. Até porque, acionando algum juiz amigo, qualquer contencioso seria resolvido com cestas básicas.
A farsa da pretensa indignação, encenada da tribuna do Palácio Cabanagem, não resiste, sequer, a uma tímida auditoria. O que merece repúdio não é exatamente a passagem da trama de Silvio de Abreu que colocou o Pará novamente em triste evidência. Repúdio merece, sim, mas é o silêncio cúmplice dos representantes do status quo face, por exemplo, a miséria histórica na qual patina o grosso da população do Marajó, um tradicional reduto de fazendeiros, a maioria indiferente aos índices sociais pífios. É a miséria secular dos nativos que torna a região terreno fértil para a exploração sexual de mulheres e menores.
No capítulo desta terça-feira, 14, Kelly, a adolescente virginal, conseguiu se desvencilhar do pau-mandado do fazendeiro pedófilo. Ao qual, para sorte da jovem personagem, faltou a truculência dos seguranças do Ronaldo Maiorana. Eles, jamais, perderiam a viagem. Até porque, acionando algum juiz amigo, qualquer contencioso seria resolvido com cestas básicas.
5 comentários :
Hahahahaa.... Muito bom! é isso mesmo. Mas, como novela é novela, o serviçal do fazendeiro do Pará é um pateta, sem força para impedir a fuga.
Mesmo destino não teve a pobre coitada q. ficou a mercê, anos e anos, do tarado SEFFER.
Barata:
Por que a imprensa não mais acompanhou o desenrolar do processo por pedofilia do empresário de Barcarena, Antônio Carlos Vilaça.
O mesmo teve a sua prisão preventiva revogada por intermédio de HC, qur teve como Relator o Desembargador Raimundo Holanda (processo 2o. grau nº 2010.3014.1787 - TJE).
Aliás, cumpre destacar, que o empresário não ficou um único dia na cadeia ou penitenciária, pois, aguardou o julgamento do HC, todo o tempo nas dependências do hospital Beneficiente Portuguesa.
Por que a imprensa esqueceu o caso?
Pedófilos daqui, inclusive, se é verdade que tem um que tem tudo a ver com um certo hospital metropolitano, melhor que fique longe da ala infantil.Um artista, esse sim!
Pedofilia (0 a 8 anos). Isso seria mais aliciamento para exploração sexual.
Anônimo das 15:26, a imprensa não acompanhou mais outros casos de pedofilia como o do Corregedor da Guarda Municipal. Alguém sabe o que aconteceu com ele? Ainda está preso? Já foi julgado? Enfim, quero notícias sobre esse caso que arrepiou tanta gente, afinal, o acusado era corregedor e se espera que um corregedor, no mínimo, seja íntegro, ético e tenha moral.
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