Em 1982, embora compelido a apoiar escancaradamente as candidaturas de Oziel Carneiro para o governo e de Jarbas Passarinho para o Senado, ambos do PDS, a legenda de sustentação parlamentar do regime militar, nem por isso Romulo Maiorana (foto) fechou as portas para os candidatos do PMDB. Enquanto perdurou a coexistência pacífica, tanto Jader Barbalho, candidato ao governo, quanto Hélio Gueiros, que postulava o Senado, tinham suas idas e vindas noticiadas por O Liberal. Na versão do próprio Gueiros, durante uma rodada de uísque na Romanza, um sofisticado sítio, no qual Romulo Maiorana reunia aos sábados os amigos, em almoços que se estendiam pela tarde, o patriarca dos Maiorana revelou a determinação em apoiar financeiramente - na surdina, para não ferir suscetibilidades - os dois principais candidatos do PMDB. No caso, Jader Barbalho e Hélio Gueiros.
Razões sentimentais e vínculos históricos atavam Romulo Maiorana a Jader e Hélio. Este tinha raízes no PSD, o Partido Social Democrata, que no Pará se confundia com o baratismo, a vertente que floresceu em torno do ex-governador Magalhães Barata, tio de dona Déa, mulher de Romulo. Jader Barbalho teve sua formação política permeada pelo mapa de crenças dos baratistas, incluso seu pai, o jornalista Laércio Barbalho. O radicalismo crescente da campanha de 1982 acabou por colocar Romulo Maiorana e Hélio Gueiros em rota de colisão. Abrasivo e inescrupuloso, quando sob o domínio da ira, Gueiros radicalizou, recordando nas páginas do recém fundado Diário do Pará, o passado de Romulo e dona Déa, com revelações constrangedoras e/ou picantes. Romulo morreu sem reatar com Gueiros, supostamente por ter sido atropelado pelo câncer que o matou. Mas dona Déia e os filhos, surpreendentemente, se reconciliaram com aquele que fora, antes de 1982, um dos cardeais do Repórter 70, a prestigiada coluna de O Liberal, juntamente com o ex-vice-governador Newton Miranda. Romulo era o responsável pelas Curtinhas, breves notas, que ele condimentava com a verve e o poder de síntese dos bons jornalistas. Na época, Hélio Gueiros e Newton Miranda estavam com seus direitos políticos cassados pelo regime militar, o que não inibiu Romulo Maiorana de tê-los ao seu lado, em O Liberal, em uma evidência da força do legado do baratismo, que impregnou a formação do MDB, depois PMDB, no Pará. A quando da reconciliação com os Maiorana, Gueiros era o governador, eleito com o decisivo apoio de Jader Barbalho, com o qual viria a romper posteriormente, comprando, a peso de ouro, o apoio de O Liberal.
Razões sentimentais e vínculos históricos atavam Romulo Maiorana a Jader e Hélio. Este tinha raízes no PSD, o Partido Social Democrata, que no Pará se confundia com o baratismo, a vertente que floresceu em torno do ex-governador Magalhães Barata, tio de dona Déa, mulher de Romulo. Jader Barbalho teve sua formação política permeada pelo mapa de crenças dos baratistas, incluso seu pai, o jornalista Laércio Barbalho. O radicalismo crescente da campanha de 1982 acabou por colocar Romulo Maiorana e Hélio Gueiros em rota de colisão. Abrasivo e inescrupuloso, quando sob o domínio da ira, Gueiros radicalizou, recordando nas páginas do recém fundado Diário do Pará, o passado de Romulo e dona Déa, com revelações constrangedoras e/ou picantes. Romulo morreu sem reatar com Gueiros, supostamente por ter sido atropelado pelo câncer que o matou. Mas dona Déia e os filhos, surpreendentemente, se reconciliaram com aquele que fora, antes de 1982, um dos cardeais do Repórter 70, a prestigiada coluna de O Liberal, juntamente com o ex-vice-governador Newton Miranda. Romulo era o responsável pelas Curtinhas, breves notas, que ele condimentava com a verve e o poder de síntese dos bons jornalistas. Na época, Hélio Gueiros e Newton Miranda estavam com seus direitos políticos cassados pelo regime militar, o que não inibiu Romulo Maiorana de tê-los ao seu lado, em O Liberal, em uma evidência da força do legado do baratismo, que impregnou a formação do MDB, depois PMDB, no Pará. A quando da reconciliação com os Maiorana, Gueiros era o governador, eleito com o decisivo apoio de Jader Barbalho, com o qual viria a romper posteriormente, comprando, a peso de ouro, o apoio de O Liberal.
Um comentário :
que homem elegante!
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