quarta-feira, 15 de setembro de 2010

PEDOFILIA – O mérito da CPI da Alepa

Ao fim e ao cabo, em um criterioso balanço, a CPI da Pedofilia da Alepa ultrapassou as expectativas, ao ser turbinada pela denúncia de envolvimento em crime de pedofilia contra o ex-deputado estadual Luiz Afonso Seffer, ex-líder do DEM, que renunciou ao mandato para driblar a cassação do mandato. Condenado pela Justiça a 21 anos, sob a acusação de ter abusado de uma menina, dos 9 aos 13 anos da menor, período no qual a garota morou na casa do parlamentar, Sefer recorre da sentença em liberdade e hoje é candidato a um novo mandato de deputado estadual pelo PP, com o aval do deputado federal Gerson Peres, um dinossauro da política paraense, que conseguiu sobreviver ao fim da ditadura militar, a qual serviu com fidelidade canina. Nas atuais eleições, ele atrelou o PP a coligação Acelera Pará, pela qual a governadora petista Ana Júlia Carepa é candidata à reeleição.
Nem mesmo João Carlos Vasconcelos Carepa, o Caíca, irmão da governadora petista Ana Júlia Carepa, foi poupado pela CPI da Pedofilia da Alepa. Ele acabou condenado pela Justiça a 15 anos, sob a acusação de ter abusado sexualmente de uma menina, dos 11 aos 13 anos da garota. A vítima, da qual ele é padrinho e que o chamava de “tio”, vem a ser filha de uma prima da mulher de Caíca, que recorre da sentença em liberdade. Um mutirão familiar garantiu a Caíca dispor de um dos mais respeitados e caros advogados criminalistas do Pará, Américo Leal, mas não há qualquer registro de interferência indébita da governadora petista Ana Júlia Carepa destinada a poupar o irmão. O que vazou, a respeito da primeira reação da governadora diante da acusação de pedofilia contra o irmão, foi o relato de um choro convulsivo de Ana Júlia Carepa.

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