segunda-feira, 27 de setembro de 2010

ELEIÇÕES – Os feudos de Ana e Heliana

Foi sob esse cenário que dona Ana Maria e a doutora Heliana consolidaram seu prestígio na administração Simão Jatene. Durante a campanha de 2002, dona Ana Maria fez a sua parte injetando ânimo no marido, sem abrir mão de estar ao lado dele em todos os momentos, como prescreve o tradicional papel da mulher dedicada e sempre a postos para proteger o companheiro. Dessa forma, independentemente da condição de primeira-dama, ela reforçou suas credenciais, tornando-se avalista inconteste da indicação de parentes para cargos estratégicos na administração do marido.
Já a doutora Heliana monitorou, com a ferocidade de um pitbull, os bastidores da campanha tucana, na qual acabou desempenhando um papel vital ao ir à televisão, no horário eleitoral gratuito, sepultar a versão petista de que fora abandonada pelo ex-marido em circunstâncias dolorosas, quando descobriu-se com um câncer de mama. Com isso, neutralizou o marketing da baixaria esgrimido pelo PT, ao oferecer um testemunho – público e insuspeito – da dignidade pessoal do ex-marido. A versão trombeteada pelos petistas de que Jatene abandonara a esposa com câncer, com o agravante de trocá-la por uma mulher mais nova, era cochichada bem antes da campanha de 2002 por amigas e colegas de trabalho de Heliana. Mas a indignação destas não prosperou, não se sabe se porque esvaziada pelos fatos ou como conseqüência do poder de sedução que fatalmente adere ao eventual portador da caneta que nomeia e demite.

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