ALEPA – Jorge Caddah, um capítulo à parte

O promotor de Justiça que participa das investigações sobre as fraudes na folha de pagamento da Alepa revela também que a participação de Jorge Moisés Caddah (foto), na apuração dos ilícitos, se constitui em um capítulo à parte. Ele é descrito como um competente técnico de informática, mas com graves antecedentes criminais, como ter cumprido prisão por três meses, no rastro de fraudes eleitorais. Depois de uma passagem pela Prefeitura de Ananindeua, no primeiro mandato do prefeito peemedebista Helder Barbalho – filho e pretenso herdeiro político do pai, o ex-governador Jader Barbalho, o morubixaba do PMDB no Pará -, Caddah foi introduzido na Alepa na administração do ex-deputado Domingos Juvenil como presidente da Casa.

No Palácio Cabanagem, Caddah ganhou visibilidade menos por seus méritos profissionais e mais por protagonizar um caliente affaire com a advogada Maria de Nazaré Rodrigues Nogueira, a célebre Naná. Procuradora da Alepa, ela é ex-mulher do jornalista Walter Guimarães, que mantém uma coluna de amenidades no Diário do Pará, o jornal do grupo de comunicação da família do ex-governador Jader Barbalho. Depois de responder pela área de convênios na gestão do hoje senador tucano Mário Couto como presidente da Alepa, ela presidiu a comissão de licitações do Palácio Cabanagem nos quatro anos da administração de Domingos Juvenil na presidência da Casa. Ao lado dos mexericos, por protagonizar com Naná o que foi etiquetado de “amor bandido”, Caddah comandou um centro de processamento de dados paralelo ao legalmente previsto no organograma da Assembléia Legislativa do Pará, trabalhando diretamente com o presidente da Alepa de então, Domingos Juvenil. Exonerado pelo novo presidente da Alepa, o deputado tucano Manoel Pioneiro, ele foi posteriormente nomeado diretor de Informática, pelo próprio Pioneiro, a pedido do deputado Parsifal Pontes, líder do PMDB. Caddah, recorde-se, foi secretário de Parsifal Pontes quando o parlamentar do PMDB era prefeito de Tucuruí.