sábado, 14 de fevereiro de 2009

PEDOFILIA – A jazida pedofílica do Estado do Pará

Tony Navegantes*

O nosso Pará, terra de belezas exóticas, de fauna e flora invejada no globo, de riquezas hídricas e minerais incalculáveis, de gente trabalhadora, hospitaleira e honesta. Este mesmo lugar começa, novamente, ganhar notoriedade nacional. Não pelos requisitos supramencionados, e sim, pela descoberta de uma nova “jazida”. Desta vez não de minério. Mas de podridão e imoralidade. “Jazida” esta, denominada de pedofilia.
Pedofilia, prática de perversão sexual, na qual a atração sexual de um individuo adulto está dirigida primariamente para crianças pré-púberas ou não. Onde o dicionário Aurélio classifica-o como uma parafilia (distúrbios piscossexuais) representada por desejo forte e repetido de praticas sexuais e de fantasias sexuais com crianças, ou seja, uma patologia sintomática que transforma o ser humano em um monstro psicopata. Tão ou mais perigoso que um serial killer (matador em serie)
O estado do Pará que já foi destaque, mundialmente, pelas mortes brutais e a violência no campo, pelos direitos humanos violados através dos inúmeros relatos de trabalho escravo e com o caso da menina presa em cela masculina, dentre outros casos congêneres. Agora ganha destaque devido uma nova modalidade que vem corroendo famílias e dilacerando vidas. O abuso sexual em crianças, ou como se convencionou a chamar, pedofilia.
Não que o abuso infantil, seja um crime dos tempos hodiernos, porém com a instalação da CPI na Assembléia Legislativa do Pará, verificou-se que o problema é mais agudo e prevalente do que se imaginava.
Segundo alguns estudiosos e investigadores do assunto, a dissoluta “jazida” pedofílica, encontra-se disseminada em todos os municípios do estado. Urge afirmar que os maiores focos ocorrem nos lares, às vezes ao lado da polícia e até nas escolas.
No caso do Pará, após a instalação da CPI, o que mais chocou a sociedade foram os envolvimentos de políticos, empresários e pessoas ligadas às autoridades. Mesmo sabendo que a todos é dado o direito da presunção da inocência, os indícios das acusações são contundentes. Dá-se a impressão que a máscara caiu.
Parecia que tínhamos chegados ao fundo do poço, após escândalos como mensalão, corrupção, cuecão, propinoduto, sonegação, tráfico de influência, etc. Atos corriqueiros, até certo ponto banalizados, por muitos. Percebemos, agora, que o poço é bem mais fundo. Ou como diz o ditado popular “a coisa avacalhou de vez”.
O que a CPI no Pará descortinou, acaba envolvendo o bem jurídico de maior valor na sociedade. O patrimônio vida. O que deveria ser resguardado, veementemente pelas autoridades, manifestou-se vilipendiado por quem deveria protegê-lo. Estão destruindo o que há de mais belo na humanidade. A pureza de uma criança.
A inversão de valores assume um grau muito elevado. Já não conseguimos discernir o bandido do mocinho. Abusar sexualmente de uma criança é inaceitável. Muito pior quando os criminosos são entes que criam leis.
No caso do Pará, em que autoridades de alta patente envolveram-se em casos de pedofilia, concluímos que alguns “humanos” em nada se igualam a um animal (o animal por instinto protege sua cria), e a tese de que somos seres evoluídos, não passa de ledo engano. Se todo animal inspira ternura, o que houve, então, com os homens? Já interrogava Guimarães Rosa.
Diante do fato em tela, se faz necessário uma remissão aos ensinamentos do grande mestre Rui Barbosa, que dizia: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.
Mesmo cético, perante a CPI da pedofilia na Assembléia Legislativa do Pará, prefiro acreditar que a verdade prevalecerá, e que, o espírito de humanidade de alguns membros da Comissão, sobressairá ao corporativismo. Pois como diz um provérbio antigo “não há bem que sempre dure, nem mal que sempre se ature”.

* Tony Navegantes é como se identifica o internauta autor deste comentário transformado em postagem. O internauta se apresenta como administrador e acadêmico de direito.

2 comentários :

Anônimo disse...

“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.
ESTE TRECHO ALUDIDO A RUI BARBOSA, ME FEZ LEMBRAR DE ALGUNS COMENTARIOS AQUI POSTADOS QUE O ANONIMO DIZIA QUE NA CASA CIVIL, ALGUNS CONFRADES AO LEREM OS COMENTARIOS DE CRITICAS ,DENUNCIAS, ETC, RIAM, RIAM MUITO...ACHO QUE AGORA NÃO MAIS....
LUCIA

Anônimo disse...

Uma coisa é certa, com todos os trapalhadas desse governo, pelo menos vemos finalmente, ser exposta as nossas mazelas centanarias.é a chance de limpeza.Acredito que ogoverno de Ana Julia, nesse sentido avançou porque nao é possivel esconder nada.O perigo é so ficar por aí.A postura de Ana Julia deve ser de deixar as coisas tomarem seu curso natural, digo natural no sentido real, nao no sentido de se dar novamente um passo para tras.