sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

MEMÓRIA – Indícios que alimentam o ceticismo

O ceticismo sobre a sinceridade da campanha Esse patrimônio é meu, a despeito da nobre causa que possa representar a defesa da revitalização do Teatro Escola São Cristóvão, é turbinado pelo silêncio sobre as ameaças a outros bens do patrimônio cultural arquitetônico de Belém. Aqueles que cultivam esse ceticismo observam, por exemplo, que a campanha Esse Patrimônio é meu foi deflagrada sem incluir um mero levantamento preliminar de outros bens arquitetônicos, marcos de uma época, que ameaçam desaparecer, deteriorados pelo tempo e vítimas do abandono, sob a indiferença oficial.
A argumentação não deixa de soar pertinente. Tanto quanto é procedente a observação que, sob a administração de Edílson Moura da Silva, a Secult deve uma manutenção condigna ao Teatro Waldemar Henrique, relegado ao abandono, com vidros de janelas quebrados, cadeiras danificadas e cortinas rasgadas. Tanto quanto deve as adaptações exigidas pelos teatros Maria Silvia Nunes, na Estação das Docas, e da Estação Gasômetro, no Parque da Residência, cujas deficiências estruturais foram apontadas em um memorável artigo do jornalista e escritor Edyr Augusto Proença, em fins de 2006. Autor, diretor e produtor teatral, por coincidência Edyr Augusto é o mentor intelectual do grupo Cuíra, epicentro da mobilização em defesa da revitalização do Teatro Escola São Cristóvão.

4 comentários :

Anônimo disse...

O Edyr precisa dar uma puxada de orelha no pessoal.se é pra fazer, faz direito, ne?

Anônimo disse...

Amigos, a participação do Cuíra, se limita a ser local da realização de reuniões a favor da revitalização do São Cristóvão, bem como a favor da causa. Se Esther Sá não foi loquaz na medida do que se necessitava em informações, que hoje estão nos jornais, é algo a ser discutido com ela, apenas. O Grupo Cuíra já tem preocupações terríveis em manter seu espaço, de maneira independente. No mais, o agradecimento ao Barata por dar apoio à causa e sim, é correto pensar na idéia inteira da campanha, não resumida ao TSC, mas é necessário também que outras vozes, muitas outras, mais poderosas, do que os artistas remanescentes após tantos anos de fúria contra si, se levantem.
Abs
Edyr Augusto

Anônimo disse...

Melhor informação
Agora tenho a informação inteira. O movimento do selo, o tal selo, é de uma arquiteta chamada Cláudia e há também um blog de um rapaz chamado Marcos. Essas pessoas procuraram a Esther Sá, por conta do sucesso de seu espetáculo sobre a vida de Iracema de Oliveira, abnegada dos Pássaros Juninos, que tinham no TSC, sua casa. Chamaram sua atenção para o TSC, que estava aos escombros. Esther, loquaz ou não, chamou os artistas e por isso, o barulho todo, específicamente pelo teatro. Creio que quanto ao resto, deve seguir a campanha da arquiteta Cláudia, que imagino precisar do apoio de muitas outras pessoas. E por favor, a turma do Teatro entrou nessa por uma causa justa, o Teatro São Cristóvão. Quanto às outras providências urgentes, no Gasômetro, WH e Nunes, na Estação das Docas, nada posso dizer.
Abs
Edyr Augusto

Anônimo disse...

Edyr Augusto, com esse esclarecimento, nos sentimos mais tranquilos e acredito que o Barata tambem.É preciso que se faça um movimento para salvar patrimonios importantes como esse e a imprensa, seja qual for precisa estar tambem nesse propósito.Criticando , informando,debatendo e revelando.
Essa fúria da qual voce fala precisa acontecer em Belem, estamos perdendo nossas fortalezas.Quanto aos demais locais que sao ditos aqui, voce pode fazer sim, algo.Voce e todos.Absolutamente todos.