A situação na qual desembocou a Fábrica Esperança é emblemática da tendência dos petralhas aboletados no Palácio dos Despachos em levar sua estultícia ao paroxismo. A reinserção dos egressos do sistema penal é um projeto de expressiva relevância social, pela alternativa que sinaliza em uma sociedade exaurida pelas seqüelas da pobreza, frequentemente resvalando para a miséria, fatalmente associadas a escalada da criminalidade. Por isso mesmo é também um projeto caro ao CNJ, o Conselho Nacional de Justiça, que inclusive deflagrou o programa Começar de Novo. A perspectiva de uma bela e profícua parceria, capaz de repaginar a imagem de inépcia e trapalhadas do atual governo, é assim estupidamente menosprezada. O que fatalmente sugere uma espécie de, por assim dizer, autismo político, que mantém Ana Júlia Carepa refém de disputadas periféricas e desconectadas da realidade em seu entorno, com uma avalancha de demandas, algumas com prioridade que não comporta o imobilismo do êxtase improdutivo, como se estivesse no governo a passeio.
Mais deprimente que isso só contemplar como verossímil a versão que prospera nos bastidores, associando o descaso para com o destino da Fábrica Esperança a uma retaliação a deputada petista Regina Barata, que não é filiada a nenhuma das tendências do PT e cuja independência frequentemente irrita o núcleo duro – ou burro, como querem alguns – do governo. Até onde se sabe, Regina Barata indicou a nova diretora geral, Simone Barata da Silva, e ainda ganhou uns poucos cargos, sem maior relevância, inclusive salarialmente. Mas a importância social da Fábrica Esperança não comporta a pretensão de utilizá-la como instrumento de revide político, tanto mais porque, no caso, envolve um contencioso de consumo interno do PT. O Pará não merece isso. E menos ainda os internos e egressos do sistema penal, juntamente com suas famílias, na busca desesperada para fugir dos guetos da criminalidade, das quais somos todos vítimas, no frigir dos ovos. Se procede essa versão, o fracasso da Fábrica Esperança pode até levar ao naufrágio eleitoral de Regina Barata, mas esta fatalmente vai morrer agarrada aos seus eventuais algozes, porque com ela perecerá também a perspectiva estimulada nos desvalidos de tudo. Inclusive da esperança, condição sine qua non para o apreço à vida – a sua e a dos outros. E o ônus desse espetáculo macabro recairá fatalmente no PT, no imaginário dessa massa de preteridos.
Mais deprimente que isso só contemplar como verossímil a versão que prospera nos bastidores, associando o descaso para com o destino da Fábrica Esperança a uma retaliação a deputada petista Regina Barata, que não é filiada a nenhuma das tendências do PT e cuja independência frequentemente irrita o núcleo duro – ou burro, como querem alguns – do governo. Até onde se sabe, Regina Barata indicou a nova diretora geral, Simone Barata da Silva, e ainda ganhou uns poucos cargos, sem maior relevância, inclusive salarialmente. Mas a importância social da Fábrica Esperança não comporta a pretensão de utilizá-la como instrumento de revide político, tanto mais porque, no caso, envolve um contencioso de consumo interno do PT. O Pará não merece isso. E menos ainda os internos e egressos do sistema penal, juntamente com suas famílias, na busca desesperada para fugir dos guetos da criminalidade, das quais somos todos vítimas, no frigir dos ovos. Se procede essa versão, o fracasso da Fábrica Esperança pode até levar ao naufrágio eleitoral de Regina Barata, mas esta fatalmente vai morrer agarrada aos seus eventuais algozes, porque com ela perecerá também a perspectiva estimulada nos desvalidos de tudo. Inclusive da esperança, condição sine qua non para o apreço à vida – a sua e a dos outros. E o ônus desse espetáculo macabro recairá fatalmente no PT, no imaginário dessa massa de preteridos.
2 comentários :
E pelo sobrenome da Diretora, vê-se que a Deputada tratou logo de indicar uma parente sua. Oh, povo que só tem parente competente!
Barata,
Que essa deputada indica mal as pessoas para exercer a função pública, isso é não é novidade.
Um amigo médico que trabalha na Sespa-Demétrio Medrado conta cada disparate dos diretores indicados pela deputada e pior ainda da assistente de direção , uma psicóloga implicante,grossa, que até com os médicos procura confusão,persegue os colegas, totalmente inadequada para o cargo.
E ainda oportunista pois sempre serviu a tucanalha, se agarrando sempre a quem está no poder para amealhar as vantagens, sem produzir.
Dizem que por causa dela ninguém lá vai votar no PT, os servidores estão contando os dias para a eleição chegar a botar ela para correr.
Deputada, ninguém merece!
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