Jader Barbalho está onde sempre se manteve, ostentando o mesmo perfil de político populista e perseguido pelos recorrentes questionamentos em torno da sua evolução patrimonial, estigmatizado, aparentemente para todo o sempre, pela pecha de corrupto. Difícil será, para Almir, explicar o porquê de voltar para os braços daquele a quem, até passado recente, tanto malsinava. “Neste palanque não sobe corrupto”, vociferava o ex-governador tucano, a cada comício, enquanto foi governador, apresentando-se como vestal, paradigma de suposta moralidade pública. Por isso, a pergunta que não quer calar: quem mudou, Jader ou Almir?Por conta disso, ao pretender apresentar como uma terceira via a pré-candidatura ao governo do deputado peemedebista Domingos Juvenil (foto), presidente da Assembléia Legislativa, tal qual faz na entrevista concedida ao Diário do Pará, Almir parece vaguear entre a desfaçatez pura e simples e uma espécie de delírio lisérgico. “O Juvenil vai para o segundo turno. Vai tirar o Jatene”, trombeteia, fazendo uma profissão de fé na vitória do pré-candidato do PMDB, sem esquecer de fustigar o ex-governador tucano Simão Jatene, pelo qual se diz traído e que tornou-se o alvo de seu rancor insepulto. “Vários jornalistas e cientistas políticos disseram que a terceira via era uma fantasia minha, mas hoje se tornou realidade. Fico feliz com isso”, acrescenta Almir, revelando-se um entusiasmado cabo eleitoral do deputado Domingos Juvenil, naturalmente omitindo a vida pregressa do parlamentar do PMDB.
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