Um político reconhecidamente sagaz, ao intuir a pretensão de Alacid Nunes (na foto, o segundo da esq. para a dir., ainda jovial), em engessá-lo, na veleidade de protagonizar uma governança compartilhada, Jader Barbalho, sem alarde, tratou de cooptar a bancada fiel ao ex-governador na Assembléia Legislativa, valendo-se para tanto das benesses do poder. Poucos foram os parlamentares alacidistas que se mantiveram fiéis ao seu patrono político, como Célio Sampaio, um ex-taxista, e Aldo Almeida, um talentoso jornalista, apaixonado pela política e pelas mulheres - ambos já falecidos. Os demais trataram de se aconchegar ao jovem governador, que assim, sem alarde, esfarinhou o prestígio político do coronel que fora decisivo para sua eleição. Em um primeiro momento Alacid reagiu em tom cáustico, vociferando acusações de corrupção contra Jader, em suas andanças pelo interior, mas sem obter a repercussão que aparentemente esperava conseguir.
Hábil, Jader tratou de ignorar as diatribes desfechadas por Alacid, até para não repercuti-las e conferir relevância ao ex-aliado. Ao final do seu mandato, Jader abdicou da idéia de sair candidato à Câmara Federal ou ao Senado, para assim poder comandar sua sucessão, em 1986, possivelmente por não confiar no seu vice, Laércio Franco, um alacidista histórico, ao qual, porém, jamais hostilizou. Com a utilização acintosa da máquina administrativa estadual, Jader elegeu o peemedebista Hélio Gueiros governador e tornou senadores, com a força do seu prestígio eleitoral, Jarbas Passarinho, o adversário de 1982, e Almir Gabriel, então no PMDB e a quem fizera prefeito biônico de Belém, sucedido, já em eleição direta, por Fernando Coutinho Jorge, este também do PMDB. Jader ainda faria de Coutinho Jorge senador e ministro de Estado do Meio Ambiente, para depois vê-lo migrar para o ninho tucano, após as eleições de 1994, nas quais Almir Gabriel tornou-se governador do Pará, pelo PSDB, com o apoio de Hélio Gueiros, ex-governador e na época prefeito eleito de Belém, pelo PFL, o Partido da Frente Liberal.
Hábil, Jader tratou de ignorar as diatribes desfechadas por Alacid, até para não repercuti-las e conferir relevância ao ex-aliado. Ao final do seu mandato, Jader abdicou da idéia de sair candidato à Câmara Federal ou ao Senado, para assim poder comandar sua sucessão, em 1986, possivelmente por não confiar no seu vice, Laércio Franco, um alacidista histórico, ao qual, porém, jamais hostilizou. Com a utilização acintosa da máquina administrativa estadual, Jader elegeu o peemedebista Hélio Gueiros governador e tornou senadores, com a força do seu prestígio eleitoral, Jarbas Passarinho, o adversário de 1982, e Almir Gabriel, então no PMDB e a quem fizera prefeito biônico de Belém, sucedido, já em eleição direta, por Fernando Coutinho Jorge, este também do PMDB. Jader ainda faria de Coutinho Jorge senador e ministro de Estado do Meio Ambiente, para depois vê-lo migrar para o ninho tucano, após as eleições de 1994, nas quais Almir Gabriel tornou-se governador do Pará, pelo PSDB, com o apoio de Hélio Gueiros, ex-governador e na época prefeito eleito de Belém, pelo PFL, o Partido da Frente Liberal.
Em 1994, recorde-se, Gueiros estava rompido com Jader Barbalho, com o qual se reconciliaria, retornando ao PMDB, após ver o filho, o então vice-governador Hélio Gueiros Júnior, o Helinho, também do PFL, menosprezado e hostilizado por Almir Gabriel, a quem Hélio ajudara a eleger-se governador. Em 1998, já no PMDB, Hélio Gueiros e Helinho disputaram, respectivamente, o Senado e a Câmara dos Deputados, sendo atropelados, porém, pelo rolo compressor tucano, supostamente turbinado pelo dinheiro obtido com a privatização da Celpa, as Centrais Eletricas do do Pará S/A. Hoje sucateada, a Celpa foi adquirida pelo grupo Rede Energia S/A, com sede em São Paulo e que tem por objetivo declarado a participação acionária em empresas, controladas e coligadas, diretas e indiretas, atuantes em atividades de geração, comercialização e distribuição de energia elétrica.
Um comentário :
Égua, essa foto me deu medo. O passado não está tão distante.
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