Pelas
graves denúncias nele embutidas, o pedido de impugnação da candidatura de Marcos
Antônio Ferreira das Neves, por Ricardo Albuquerque da Silva, ultrapassa os
limites da mera querela eleitoral. O que emerge, do pedido de impugnação, é a
torpe manipulação das prerrogativas do cargo de procurador-geral de Justiça por
um candidato, mesmo licenciado do cargo, esfarinhando a já parca credibilidade
do Ministério Público do Estado do Pará. São denúncias feitas por quem, em
tese, tem conhecimento de causa, que é um procurador de Justiça.
Tão
cioso dos cuidados com a imagem da instituição, espera-se que o colégio de
procuradores acione a corregedoria do Ministério Público do Estado do Pará para
apurar, com rigor, as denúncias e punir, se for o caso, Marcos Antônio Ferreira
das Neves. Ou o próprio autor das denúncias, Ricardo Albuquerque da Silva, se
as acusações deste não forem comprovadas.
Isso
é o mínimo que se espera, depois do MPE acionar o governador tucano Simão
Jatene, que mobilizou a PGE, Procuradoria-Geral do Estado, na graciosa ação
judicial que impõe, na prática, a censura ao Blog
do Barata, proibido de
criticar o Ministério Público Estadual. Uma lambança pateticamente acatada por
um obscuro juiz substituto, Luiz Gustavo
Viola Cardoso, cuja liminar, que reproduz a falta de substância da ação
ajuizada pela PGE, faz dele não um magistrado que inspire respeito, mas um
palhaço togado, capaz de engolir goela abaixo a lambança subscrita pelo
procurador-geral do Estado, Caio Trindade, e pelo procurador Ricardo Seffer, os
cães amestrados de Simão Preguiça, o
governador cuja alcunha é emblemática do seu jaez. Da maioria dos doutos
procuradores de Justiça, nada se tem a acrescentar, diante do que foi revelado
pelo pedido de impugnação da candidatura de Marcos Antônio Ferreira das Neves.
Os fatos falam por si e revelam a que ficou reduzida a instituição, depois de
tomada de assalto pela escumalha que hoje nela dá as cartas, notabilizando-se
como cúmplices retroativos da ditadura militar.
Um comentário :
Caro Barata, quanto as informações trazidas na reportagem, tenho a esclarecer:
1) Não sou cão e não gostaria de assim ser chamado, ainda que em tom de metáfora;
2) Também não sou amestrado por quem quer que seja, especialmente pelo governador que sequer votei, como é do seu conhecimento!
Sou amestrado apenas pela minha própria consciência, a qual está bastante tranquila com a certeza de que estou apenas cumprindo minha função pública como advogado do Estado e de suas instituições.
Sds,
Ricardo Sefer
Postar um comentário