No Pará, da omertà da tucanalha, a lei só favorece os corruptos. |
No
exato momento em que o Pará é refém da escalada da criminalidade, o governo
Simão Jatene, a pedido do MPE, o Ministério Público Estadual, ocupa a PGE, a
Procuradoria Geral do Estado, na canhestra tentativa de reprimir a liberdade de
expressão, ao impor a censura ao Blog do Barata, sob o
aval do TJ do Pará, o Tribunal de Justiça do Estado. O MPE, que deveria cumprir
o seu papel constitucional de fiscal da lei, cobrando providências contra o
sucateamento de setores vitais da administração pública estadual – como
saneamento básico, saúde pública e segurança pública -, revela-se pateticamente
preocupado em varrer para debaixo do tapete suas mazelas, justamente quando se
desenrola o processo eleitoral da instituição.
Não
por acaso a graciosa liminar do juiz substituto Luiz Gustavo Viola Cardoso, proibe,
na prática, que o Blog do
Barata critique o MPE,
impiedoso com as transgressões a lei por parte das demais instituições, mas
condescendente com os seuas deslizes éticos na matéria. O álibi para tanto é
uma pretensa campanha de “satanização” supostamente movida contra o Ministério
Público Estadual pelo Blog do Barata. Trata-se,
claramente, de uma litigância de má-fé, na contramão até de entendimento do
STF, o Supremo Tribunal Federal.
Nessa
marcha da insensatez, em um Pará conflagrado na esteira da escalada da
criminalidade, que contamina até o aparato repressivo e da qual brotam bandidos
fardados e a paisana, o governo do Estado e o Ministério Público Estadual
negligenciam sua missão constitucional, ocupando-se da missão pouco nobre de impor
a censura ao Blog do Barata, na contramão da própria
Constituição Federal, como cúmplices retroativos da ditadura militar. O povo
que se dane!, devem raciocinar os doutos e probos procuradores de Justiça que
endossam a lambança; o governador reeleito Simão Jatene, o Simão Preguiça, entre uma pescaria e outra; o procurador-geral do
Estado, Caio Trindade, na sua fixação servil de chegar ao desembargo; o
procurador Ricardo Nasser Seffer, que tisna sua biografia ao prestar-se a subscrever
a ação ajuizada pela Procuradoria-Geral do Estado, o que um colega seu
recusou-se a fazer; e o juiz Luiz Gustavo Viola Cardoso, cumprindo o papel de
boy qualificado da máfia togada.
Não
recordo de nenhum precedente, pelo menos a partir da redemocratização, do
Estado do Pará acionar judicialmente um jornalista, com o objetivo de
censurá-lo, ao impedir que critique as instituições que deveriam preservar o
ordenamento jurídico democrático. O script
da lambança sugere uma versão provinciana de “O Grande Ditador”, o clássico
de Charles Chpalin que satiriza Hitler. Lamentavelmente, trata-se da realidade.
Uma patética realidade.
Um comentário :
Isso com certeza é manobra do Napoleão de Hospício e dos seus comparsas que não suportam conviver com o contraditório e não toleram quando alguém expõe as mazelas de sua péssima gestão a frente do Ministério Público do Estado, que infelizmente, tornou-se um órgão totalmente inoperante e comprometido com as "elites" que governam o pobre Estado do Pará. Quem irá nos defender ...???
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