Segue
abaixo a reprodução, na íntegra, da reportagem revelando a falcatrua na qual se
envolveu Geraldo Neves Leite:
Denunciados por fraude no Corpo de
Bombeiros ainda não foram exonerados e seguem trabalhando
Acusados
de envolvimento em esquema fraudulento de autos de vistoria seguem trabalhando,
inclusive o subcomandante Carlos Bacelar Martins
Mais de um mês depois de serem denunciados
pelo Ministério Público Estadual (MPE) pelos crimes de improbidade
administrativa, corrupção, formação de quadrilha e advocacia pública, membros
do Corpo de Bombeiros, entre eles o subcomandante Carlos Bacelar Martins, ainda
não foram exonerados de suas funções, conforme sugestão feita pelo MPE na
denúncia.
O comandante da corporação, Antônio Dias, disse que
está aguardando a decisão da Justiça e alegou que, antes disso, ele não pode
tomar nenhuma decisão.
Segundo o promotor de Justiça que presidiu o apuratório
das denúncias, Carlos Fábio Monteiro, o grupo é suspeito de envolvimento em
esquema de venda de autos de vistoria do Corpo de Bombeiros para o
funcionamento de estabelecimentos privados.
As investigações tiveram início em dezembro do ano
passado, com a deflagração da operação “Agni”, quando foram cumpridos mandados
de busca e apreensão no Comando Geral do Corpo de Bombeiros, nas empresas e
residências dos envolvidos.
Nesta quinta-feira (3), o comandante do Corpo de
Bombeiros informou que o coronel Carlos Bacelar Martins ainda está exercendo a
função de subcomandante e que ele foi afastado das vistorias técnicas em
edificações, assim como os demais envolvidos, os tenentes-coronéis Andrey
Barbosa, Fernando Paiva, Josemar Souza e Mauro Marcelo Lima e o militar Paulo
Tarso Martins.
“Nós estamos aguardando a decisão da Justiça. Não
podemos sair por aí exonerando pessoas só porque elas foram denunciadas”, disse
Antônio Dias.
O promotor Fábio Monteiro ficou surpreso ao saber que o
coronel Bacelar ainda é o subcomandante do Corpo de Bombeiros. Ele disse que o
Ministério Público fez o seu papel, recebeu a denúncia, apurou e ofereceu
denúncia, inclusive com o pedido de afastamento dos investigados.
Segundo Monteiro, todo o material apreendido durante a
operação foi submetido a exame pericial pelo Instituto de Criminalística (IC) e
o resultado, segundo Carlos Fábio, “foi tenebroso e coloca em risco a vida da
população”.
De acordo com o promotor, as investigações comprovaram
que o subcomandante do Corpo de Bombeiros é o chefe do bando. Os militares
criaram empresas especializadas em elaborar projetos para a obtenção do auto de
vistoria. “A pessoa que fazia o projeto era a mesma que assinava o auto de
vistoria dos empreendimentos”, disse Carlos Fábio.
Exonerado
O tenente Geraldo Neves Leite, um dos
denunciados pelo MPE, tinha pedido exoneração há mais de dez anos, depois de
ter sido aprovado em concurso para juiz. Atualmente, ele é o titular da Vara da
Infância e Juventude na Comarca de Altamira, no Estado do Pará. A informação é
de ex-colegas de corporação, que ficaram surpresos com a fotografia dele
divulgada pelo MPE à imprensa.
Nenhum comentário :
Postar um comentário